24 de abril de 2024
Foto: Agência Brasil

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Por Talita de Souza/Correio Braziliense

Nova rodada de pesquisa eleitoral encomendada pelo BTG Pactual apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue à frente dos opositores na corrida presidencial, com 41% da preferência dos eleitores. No levantamento, publicado nesta segunda-feira (11/7), o presidente da República Jair Bolsonaro (PL) aparece em segundo lugar, com 32% das intenções de voto.

Desde a última pesquisa feita pela FSB, em 27 de junho, Lula perdeu dois pontos percentuais da intenção de votos e Bolsonaro, um ponto. A variação, no entanto, está dentro da margem de erro prevista no levantamento anterior de dois pontos percentuais.

A pesquisa, que entrevistou 2 mil pessoas por telefone entre sexta-feira (8/7) e domingo (10/7), tem taxa de confiança de 95% e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09292/2022.
Ciro Gomes (PDT) aparece com 9% das intenções de voto, seguido por Simone Tebet (MDB) com 4% e André Janones (Avante), com 3%. Pablo Marçal (Pros), Felipe D’Ávila (Novo) e Vera Lúcia (PSTU) registraram 1%, cada um. José Maria Eymael, Sofia Manzano, Luciano Bivar e Leonardo Péricles não pontuaram. Outros 4% afirmaram que não votariam em nenhum presidenciável, 2% afirmaram que irão anular ou votar em branco e 2% disseram ainda não ter decidido. 

O levantamento foi realizado depois das últimas mudanças feitas pelo governo de Bolsonaro, como as mudanças na proposta de emenda à Constituição (PEC) 1/2022, conhecida como PEC das Bondades, que prevê o aumento do Auxílio Brasil para R$ 600 e uma série de benefícios para outros setores de trabalhadores, e a queda no preço dos combustíveis, movimentos ocorridos na última semana.
A intenção de votos de Bolsonaro na pesquisa estimulada mostra que a opinião dos eleitores não mudou com o pequeno alívio econômico da última semana. Na pesquisa espontânea, o presidente reúne menor apoio do que na estimulada: 30% dos entrevistados o escolhem, ante a 40% que preferem o adversário petista.

No entanto, a avaliação do governo federal demonstrou melhora. O índice de pessoas que classificam a gestão Bolsonaro como ótima/boa subiu de 29% para 32%, enquanto a opinião de que o governo é ruim/péssimo diminuiu de 50% para 47%. As taxas são as melhores desde o início das pesquisas da FSB, em 21 de março.

Para o sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa, Marcelo Tokarski, as medidas feitas pelo governo ainda não refletiram vantagem na candidatura de Bolsonaro. “A população está menos pessimista com a inflação e menos crítica ao governo, mas isso ainda não parece ter sido suficiente para alterar o quadro eleitoral. Resta saber se essa melhora continuará e, em caso positivo, se pode ou não favorecer o Bolsonaro”, disse ao publicar a pesquisa.

Em um eventual segundo turno entre o mandatário e o petista, Lula venceria as eleições com 53% dos votos, contra 37% de Bolsonaro. 

Maioria dos eleitores de Lula e Bolsonaro afirmam que decisão de voto não mudará 

Para 86% dos entrevistados que apoiam Bolsonaro, não há chance de mudança de voto até o pleito, em outubro. Taxa semelhante ocorre entre os apoiadores de Lula: 84% afirmam que não há chance de votar em outro candidato.

No entanto, uma porcentagem deixa aberto o caminho para mudança de pensamento: 15% dos eleitores do petista dizem que podem votar em outro presidenciável, ante a 14% de Bolsonaro.

A pesquisa mostra que, caso o voto seja mudado, Bolsonaro seria a terceira opção dos eleitores (10%). Lula aparece como preferência na substituição (19%), seguido por Ciro Gomes (17%). Outros 20% afirmam que não sabem em quem votarão se mudarem de opinião.

Bolsonaro também é o candidato que tem mais eleitores que dizem “não votar de jeito nenhum” nas eleições de 2022: 58% não escolheriam o presidente. Ciro aparece em segundo lugar entre os rejeitados (49%), seguido por Lula (44%).

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