Profissionais da saúde desenvolvem trabalho árduo em Moçambique

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O movimento é grande no pequeno hospital, localizado ao lado da missão da Obra de Maria, em Dombe, em Moçambique. Sem assistência médica mais próxima, a população vizinha recorre à unidade de saúde para emergências. Na época de verão, entre novembro e março, uma média de 150 pessoas são atendidas por dia. Dessas, 100 geralmente sofrem consequências da malária.

Nesta quarta-feira, enquanto o Diario de Pernambuco estava no hospital, a dona de casa Rosa Elias, 26, aguardava atendimento para o filho de apenas um mês. “Há dois dias, ele vomita e tem febre e quando faz xixi, chora com dor”, explicou a mulher para o técnico em medicina Manoel Domingos, 26, que trabalha desde o fim do mês passado no lugar. Segundo ele, o bebê estava com malária.

O teste rápido para identificar a doença é feito na mesma hora no hospital. O técnico em medicina diz que os recém-nascidos e os idosos sofrem mais em consequência da doença. “Eles têm imunidade mais baixa e desidratam rapidamente”, observou.

 

Irmã Mirian dos Santos alerta para grande número de casos de doenças sexualmente transmissíveis. Foto: Teresa Maia/DP                                                                                                                               Além de problemas com a malária, a população de Dombe sofre com doenças sexualmente trasmissíveis e tuberculose. “Geralmente a mulher tem apenas um parceiro, mas o homem possui várias esposas, pois aqui em Moçambique predomina a poligamia. Situação que acaba favorecendo a contaminação da população com o vírus da Aids ”, comentou a irmã Mirian dos Santos, da Congregação Pequenas Missionárias de Maria Imaculada que trabalha juntamente com a Obra de Maria, no continente africano.

O hospital também atende e acompanha mulheres gestantes. Mas vez por outra, acontecem partos na área rural. No último dia 30 de setembro, a enfermeira Fernanda Silva, da Obra de Maria, saiu às pressas para socorrer uma adolescente de 14 anos que sentia dores para dar à luz o seu segundo filho. Quando Fernanda chegou à localidade de Nhakutondora, o bebê já estava quase nascendo. “Foi tudo muito rápido. Coloquei um saco plástico nas mãos para segurar o bebê com a placenta e cortei o cordão com a ajuda de uma lâmina. Depois a levamos para o hospital. Graças a Deus, tudo terminou bem”, contou. O bebê está sendo chamado de Gilbertinho em homenagem ao presidente e fundador da Obra de Maria, Gilberto Barbosa.

Parto de Gilbertinho foi realizado na área rural. Garoto ganhou nome em homenagem ao fundador da Obra de Maria. Foto: Teresa Maia/DP

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