Consciência Negra

Nesta segunda-feira é comemorado no Brasil o Dia da Consciência Negra. Aqui em Luanda, o Movimento Apostolado para a Promoção da Mulher Angolana na Igreja Católica na África (Promaica) faz um trabalho de empoderamento feminino nas comunidades carentes. Fundado em 3 de agosto de 1990, a Promaica tem representantes nas 18 províncias de Angola, atuando em 34 paróquias da diocese de Luanda. Somente no bairro Benfica, o programa atende a 340 mulheres com idades entre 18 e 35 anos e a partir dos 35 anos.

A Promaica tem a missão fundamental de levar a mulher a assumir o seu papel na sociedade, trabalhando a sua valorização por meio da evangelização e catequese, bem como da formação para a liderança.
As integrantes do movimento fazem um trabalho de orientação porta a porta, aconselhando outras mulheres que estão com problemas familiares, conjugais e trabalhistas. Promovem ainda ações sociais nas comunidades como visita à pessoas doentes, em situação de vulnerabilidade, presos, prestam apoio, oferecendo orientação a outras mulheres que residem nessas áreas.

As mulheres africanas desempenham um papel fundamental na economia. Nas áreas rurais, são elas quem vão para “machamba”, trabalho na roça. Também são responsáveis por pegar água e lenha para cozinhar. Nas urbanas, elas também assumem muitas vezes o comando das finanças da casa. São pai e mãe ao mesmo tempo.

Outro problema está na violência contra a mulher. A África do Sul é o país onde há número maior de registros de estupros contra mulheres no continente africano. Mais de cem mulheres abusadas sexualmente por dia em Joanesburgo. Um
dado alarmante é que apenas uma a cada 13 vítimas sul-africanas denunciam o estuprador. Segundo pesquisa realizada em 2010, dois terços dos autores dos crimes confessaram ter abusado das mulheres por acreditarem que era seu direito.

 

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