Entrevista – Gilberto Gomes Barbosa

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Como se faz para se tornar um missionário na África?
Na verdade todo mundo tem uma missão a cumprir. Penso que cada um está nesse mundo de passagem. Portanto, cada um tem a sua missão. A Obra de Maria dá uma oportunidade principalmente aos jovens para fazer um caminho de conhecimento. Mas é preciso ter o desejo de servir e muita generosidade. Candidatos têm que passar por etapas de formação. Na primeira fase, por um ano, depois por mais dois anos. Com a experiência e compreensão clara de que alí é sua missão, a pessoa faz a sua primeira consagração, recebe a primeira medalha, assina um termo de adesão por mais cinco anos. E a partir daí, se torna Obra de Maria para sempre.
Os desafios são grandes. Não se consegue sozinho fazer um gesto concreto, principalmente na África, onde as necessidades são imensas.

O que o senhor diz sobre a necessidade de ajudar as pessoas?
Certa vez, um jornalista na Itália fez uma pergunta a madre Teresa de Calcutá, religiosa católica, hoje santa, que dedicou toda sua vida aos pobres na Índia. Então, o jornalista indagou qual seria uma atitude mais nobre para ela? Madre Teresa, que tinha amizades com reis e rainhas, disse que era fazer o bem. E o jornalista insistiu, mas a senhora acha mesmo que os hospitais e obras sociais que a senhora tem ajudado, vão resolver a situação da miséria no mundo? Ela deu um sorriso e respondeu: eu nunca pensei nisso. Tudo que faço é apenas uma gota de água no oceano. Mas se não fosse essa minha parte, o oceano teria uma gota a menos. O oceano é feito de todas as gotas que caem do céu. Assim, o mundo é feito e tem que ser transformado. Por menor que seja, cada um precisa fazer sua parte.

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