Missão Luanda

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Sete missionários e dois sacerdotes da Obra de Maria se dividem no trabalho de catequese e evangelização em Luanda, em Angola. Ao contrário da Missão de Dombe, em Moçambique, a Missão de Luanda tem uma situação bem mais privilegiada. Por estar na capital, dispõe de melhores condições de trabalho. Com uma sede própria, instalada no bairro Lar do Patriota, os missionários contam com uma infraestrutura com água encanada e energia elétrica. Também dispõe da ajuda população, que frequenta às cerimônias religiosas diariamente e colaboram com as atividades da casa e doações. Cerca de 140 membros externos fazem parte da Obra de Maria em Angola.

“Aqui nunca falta nada, graças a Deus”, resumiu a serva da Obra em Luanda, Severina Joana Luz Gomes, responsável pela administração. Doações chegam sempre. Quase todos os dias. Desde alimentos, material de limpeza e objetos para casa. É com essas doações que os missionários sobrevivem e ajudam os mais necessitados. Severina diz que a presença dos dois sacerdotes é muito importante para a missão. “Eles dão mais credibilidade. A missão sem padres, normalmente não vai para frente por passar mais dificuldades financeiras para funcionar”, comparou.

O dia a dia na missão de Luanda é cheio de tarefas. Cada um dos membros tem uma responsabilidade. “Tentamos dividir de forma igualitária”, explicou a serva. Os padres cuidam das obrigações religiosas, celebram missas na casa e também em cinco capelas ligadas à Obra de Maria. Realizam sacramentos como batizados, casamentos, comunhões e unção aos enfermos. “É um esforço grande, mas gratificante. A gente vê que o povo precisa muito do nosso trabalho”, falou o padre Erivaldo de Melo, líder religioso da Obra de Maria no continente africano.

No entanto, o sacerdote comentou que faltam missionários para atuar na África. “São poucas as pessoas que se interessam e daquelas que vêm, só fica uma pequena parte”, lamentou. Ele lembrou que a casa de Luanda já recebeu missionários que iriam permanecer um ano, mas só conseguiram ficar 30 dias. “É preciso muita força de vontade. Uma decisão amadurecida”, acrescentou.

Algumas cerimônias ganham destaque na Obra de Maria em Luanda. A missa celebrada às 11h aos domingos é muito frequentada. São quase 1,5 mil pessoas. Gente que vem de todas as partes da cidade. Palmira Ricardo, 49, que mora no bairro de Prenda, lado contrário do Lar do Patriota. “Venho recarregar minhas baterias. Saio mais leve e feliz”, assegurou. O cenáculo, evangelização porta a porta, é realizado pelos missionários Melina e Ademir.. Eles levam a palavra de Deus para as comunidades.

Na sede, também há atendimento médico voluntário nas quintas-feiras. Há uma clínica médica, uma cardiologista e uma fisiatra. A maioria das pessoas procura o serviço para as crianças, geralmente vítima da malária. “Quando detectamos casos que precisam de maior cuidado, encaminhamos para o posto de saúde ou hospital”, explicou a médica Natividade Cadete, uma das que trabalha como voluntária.

A sede está sendo ampliada para abrigar novas salas para atendimento médico e cursos profissionalizantes. Atualmente, já existe uma sala para aulas de informática, mas a intenção é promover outros cursos. As apostilas são pagas. O material anual custa cerca de seis mil kwanzas (uma média de R$ 120). Os alunos têm noções básicas e mais avançadas.

Conheça os missionários:

1 – Ademir Antônio de Lima, 38 anos, natural de Caruaru, no Agreste pernambucano, onde trabalhou 13 anos como motorista antes de ir para África. Faz atividades de evangelização, toca violão, canta nas cerimônias e realiza cenáculos junto à mulher, Melina Vieira.

2 – Marta Kiaiza Tchicolomuenho, angolana da Província de Uíge, 23 anos, perdeu os pais aos três meses de vida. Está há seis anos na Obra de Maria. Desenvolve trabalhos de evangelização, canta durante as cerimônias e ajuda nas tarefas domésticas da casa.

3 – Melina Vieira, 35 anos, natural de Caruaru, casada com Ademir, está na África desde maio de 2016. Formada em Recursos Humano. É responsável pelos cenáculos, orações realizadas porta a porta nas comunidades ligadas às paróquias da Obra de Maria.

4 -Padre Erivaldo Arruda de Melo, 41 anos, natural de Itambé, Mata Norte de Pernambuco , ordenado sacerdote em 26 de dezembro de 2004, está na Obra de Maria em Angola há cinco anos. Responde como líder religioso da obra no continente africano.

5 – Maria Aurora, 70 anos, angolana, única idosa do grupo. Foi funcionária da Casa Civil na Secretaria Geral da Presidência da República da Angola, onde trabalhou na casa do ex-presidente até se aposentar. . Entrou como missionária externa em 2012.

6 – Cláudia Delfina Reais, 24 anos, nasceu em Luanda. Está na comunidade desde 11 de novembro de 2012.
7 – Padre José Agripino de Brito Filho, 32 anos, natural de Surubim, no Agreste de Pernambuco, é sacerdote desde. Está na Angola há três anos. Trabalha com a catequese de jovens e crianças nas paróquias ligadas à obra.

8- Severina Joana Luz Gomes, angolana, 59 anos, funcionária pública aposentada, na Obra de Maria desde 2009, acompanhou a chegada dos primeiros missionários. É serva da casa atual, reponsável pela administração.

9 – Severino Silva de Souza Júnior, 33 anos, pernambucano de Machados, está na África há oito meses. Também atua com trabalhos de evangelização na casa. Recentemente acompanhou grupos de peregrinações para a Terra Santa. (não aparece na foto)

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