População mais esperançosa com novos governos

Posted on

Moçambique e Angola são países marcados por longas administrações presidenciais. Desde que obteve independência de Portugal, Moçambique foi governado por três mandatários. Todos ligados ao Partido da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que em 1964, lutou contra o colonialismo português. O primeiro presidente, Samora Machel, ficou por 11 anos no poder até falecer. O segundo, Joaquim Chissano, permaneceu por 19 anos e o terceiro, Armando Guebuza, por 15. O atual chefe do executivo, Felipe Nyusi, está no cargo desde 15 de janeiro de 2015.
Apesar das dificuldades financeiras, Moçambique tenta recuperar os estragos provocados nos quase 38 anos de guerra civil entre os anos de 1975 até 2013. Em maio do ano passado, o governo fechou um convênio de cooperação técnica com a China para reconstruir estradas e realizar outras obras públicas no país. Assim, Maputo e Pequim fecharam três acordos de cooperação quanto à capacidade produtiva, à criação de zonas e parques industriais e também entre empresas públicas ligadas ao petróleo.

Já em Angola, o país esteve sob o comando de três partidos tradicionais: Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Frente Nacional de Libertação da Angola (FNLA) e a União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita). O MPLA era o partido do ex-presidente José Eduardo dos Santos, que ficou 27 anos no poder. Também é o partido do atual presidente, João Lourenço, eleito em setembro passado. Desde a sua posse, ele promoveu exonerações e nomeações importantes. Fazendo jus o slogan de sua campanha “Melhorar o que está bem e corrigir o que está mal”. Uma reestruturação do governo. A população acredita nas mudanças.

No quadro econômico, foi estabelecido um plano onde se contempla 136 medidas a serem aplicadas dentro de seis meses. Dentre elas, a promoção da dinamização da bolsa de valores, uma vez que a bolsa não funcionava como instrumento para as empresas buscarem financiamentos. O plano também prevê uma reestruturação do varejo e de políticas de gestão. Até a própria oposição é a favor das mudanças, implementadas pelo presidente.

Angola também enfrentou a polêmica envolvendo a Sonangol, companhia responsável pela exploração de petróleo e gás natural do país, que esteve sob comando da filha do ex-presidente, Isabel dos Santos. No dia 15 do mês passado, Isabel foi afastada e nomeado Carlos Saturnino, que era secretário de Estado dos Petróleos para assumir o controle da petrolífera. Na administração do ex-presidente também havia um monopólio de outros setores como o de telecomunicações e de exploração de cimento, que era concentrado nas mãos de um grupo empresarial que também trocado.

O escândalo político no Brasil repercutiu bastante na economia em Angola. Muitas obras foram paradas. Agora, o governo aposta na privatização de algumas empresas públicas para atrair financiamentos. Não há indicação de quais setores serão privatizados, mas a expectativa é grande.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.