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O Nordeste está vivendo um fenômeno de banditismo, o de assaltos a banco com urso de armamento pesado e de explosivos (dinamite) que remete, apesar dos historiadores discordarem da comparação, aos tempos do cangaço. Na quarta-feira, duas agências em Machados, cidade do Agreste a 105 quilômetros do Recife, com 15 mil habitantes, foram os mais recentes alvos de grupos que não são páreo para a polícia. O fato, de tão comum, poderia ter se tornado mais um registro nas páginas de Local do Diario de Pernambuco. Mas os repórteres Anamaria Nascimento e Ed Wanderley levantaram as informações para apresentar um mapa – literalmente falando – do impacto destas ações violentas nas cidades nordestinas além das regiões metropolitanas.

É o que destaca o texto da matéria principal, em relação a Pernambuco:

Somente este ano, a Secretaria de Defesa Social (SDS) registrou 17 roubos e furtos a caixas eletrônicos com explosivos e o foco é o interior, onde os criminosos acreditam terem mais chances de fuga. Justamente por isso, concentram quatro em cada cinco crimes do tipo. Para se ter uma ideia, na capital, que registra o maior contingente de tentativas de roubo a bancos (nove em 2014), nenhuma envolveu explosivos. Na RMR, apenas três casos do gênero foram registrados.
Em Inajá, no Sertão pernambucano, foram dois casos. Em um deles, um PM foi morto. “A dinâmica desses grupos é agir, principalmente, nas divisas com outros estados. Na maioria das vezes, eles se articulam fora do local onde o crime acontece e, em seguida, migram para outro lugar, o que dificulta a investigação”, disse o gestor do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), Nelson Souto.

Cangaço quadro