Apesar de ter sido lançado em 2010, o livro Basta de histórias! A obsessão latino-americana com o passado e as 12 chaves do futuro, do jornalista argentino Andrés Oppenheimer, colunista do jornal norte-americano Miami Herald, é uma excelente referência para quem se preocupa com a educação no Brasil. Incomodado com as bravatas dos nossos líderes latino-americanos, Oppenheimer levou cinco anos para conhecer experiências educacionais na Finlândia, China, Índia, Coreia do Sul, Cingapura e Israel. Nestes países, ele viu modelos de valorização do professor e preocupação com a inserção global do aluno, com a incorporação do inglês como segunda língua desde cedo e parcerias com instituições estrangeiras, atraindo os melhores cérebros para formar novos gênios no novo cenário produtivo deste milênio. São todas nações que, como o Brasil, enfrentaram ou enfrentam ainda problemas de inserção social e econômica de uma enorme faixa da sua população, mas que resolveram adotar a educação como prioridade, mais do que um lema de segundo mandato.
As histórias das andanças de Oppenheimer nestes países estão descritas em 392 páginas e só fazem reforçar a necessidade de uma rediscussão da educação no Brasil. Na Finlândia, por exemplo, ser professor é sinônimo de status social e, de cada dez candidatos, apenas um consegue ser admitido na Escola de Educação da Universidade de Helsinque. Os melhores formarão outros melhores. O argentino também percorreu instituições e conversou com autoridades do seu país, chilenas, mexicanas, venezuelanas, peruanas, colombianas e uruguaias, além das brasileiras. O panorama no nosso continente é que estamos satisfeitos e não precisamos nos abrir para o mundo.
O legal é que a editora Objetiva disponibilizou, em PDF, as 56 primeiras páginas do livro, com o prólogo e o primeiro capítulo. Ficou interessado?
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