Antes da televisão e da internet, a revista O Cruzeiro rivalizava com o rádio a primazia de levar informação para os lares brasileiros. Se não tinha a instantaneidade das ondas curtas, apresentava como vantagem um grande volume de textos e imagens – muitas imagens – que criaram uma tendência no país. A saga dos clicadores de Rolleiflex está documentada no livro “As origens do fotojornalismo no Brasil: um olhar sobre o Cruzeiro”.

Lançado em 2013, o álbum reúne o olhar dos profissionais que ajudaram a trazer ao país o conceito de informação retratada em cliques. No seu auge, a revista chegou a contar com 20 fotógrafos no seu time, contratados para registrar não só os bastidores do poder, mas também o surgimento de Brasília, as vitórias nas Copas, os conflitos mundiais na Guerra Fria ou as aventuras na selva em companhia dos irmãos Villas-Bôas.

De 1928, quando foi criada, até a sua última edição, em 1975, a revista O Cruzeiro fez história. Retratou um país que queria ser moderno. E que tinha esperança.