No início de 1930, os leitores do Diario de Pernambuco veriam nas páginas do jornal seguidos anúncios de um óleo lubrificante que tinha como símbolo uma marca de boa sorte. O azar é que a cruz dentada também foi adotada quase ao mesmo tempo pelos nazistas como emblema. Uma coincidência que obrigou a The Anglo-Mexican Petroleum Company Limited a abandonar de vez a Swastika. O partido alemão liderado por Adolf Hitler acabou transformando a suástica em sinônimo de perseguição e mortes.

Instalada no Brasil desde 1913, a The Anglo-Mexican Petroleum Company Limited também mudou de nome e adotou uma nova logomarca. Como tornou-se Shell, passou a usar a concha no lugar da suástica em 1933, mesmo ano que o Partido Nazista assumiu o emblema e, dois anos depois, utilizá-lo oficialmente como símbolo oficial do próprio estado alemão.

Quando o nazismo passou a figurar cada vez mais nas páginas do Diario, seus leitores já estavam familiarizados com a simbologia prévia da suástica. De paz, virou uma triste marca da guerra.