A reportagem abaixo foi publicada no dia 29 de março de 2013, mas o texto continua atual e vale a pena ler de novo, até porque o personagem retratado sempre é interpretado no cinema. O Jesus Cristo da vez há dois anos era o ator português Diogo Morgado, atração do seriado norte-americano The Bible. Foi o mote para contar toda a história do Rei dos Reis na telona, aventura iniciada ainda na época do cinema mudo. Em 1899, o mago francês Georges Meliés, criador dos primeiros efeitos especiais na então caçula sétima arte, já interpretava Jesus caminhando sobre as águas. Se o novo veículo ajudava a propagar a história de Cristo, os líderes religiosos implicaram com o que seria um sacrilégio. Tanto que na Inglaterra uma lei foi aprovada proibindo se mostrar o rosto de Jesus nas produções.
O professor da UFRJ André Leonardo Chevitarese, especialista em história do cristianismo, foi o entrevistado e ajudou a dar o contexto histórico. Autor do primeiro de três livros que tratam de todas as produções envolvendo Cristo no cinema, ele já pregava, em 2013, que o mundo estava se voltando ao fundamentalismo. Vivemos mesmo em um mundo bem diferente de tudo o que ensinou o homem de Nazaré, mas vamos seguir com fé.