Série A com horário olímpico

É inacreditável o novo horário que inventaram (ou reinventaram) para o futebol brasileiro. Por causa do guia eleitoral, que começou nesta semana, alguns jogos do Brasileirão marcados para as próximas quartas-feiras começarão às 22h. Isso mesmo, 22h. Esse, aliás, já foi o horário da partida Náutico 1 x 3 Fluminense, ontem à noite, nos Aflitos. Um horário ingrato para qualquer um envolvido na partida: jogadores, imprensa e, acima de tudo, o torcedor.

Trata-se de um horário que proíbe o torcedor com menos recursos de ir a um jogo. Seja pela falta de segurança do Grande Recife, ou pelo horário que a partida acabará: meia noite. O relógio já aponta o início do dia seguinte quando o torcedor começa a deixar o estádio, para caminhar alguns quarteirões até a parada de ônibus mais próxima, onde ainda irá esperar por um ônibus (num horário com menos coletivos nas ruas). Tem como um panorama assim não afastar a torcida do estádio?

E tudo isso apenas para que o jogo seja televisionado depois da novela. Alguém pode argumentar que antes do guia os jogos começavam às 21h45. Começavam sim, mas já era um absurdo. Mas o jogo da TV também já começou às 21h30, variando de acordo com a novela. E a desculpa é a mesma de sempre, a de que os clubes assinaram um contrato com uma rede de TV e precisam cumprí-lo. É verdade. Mas me impressiona saber que o torcedor comum nunca é levado em consideração nessa situação.

ISSO NÃO EXISTE.

Um jogo de futebol começando às 22h… Parece até o horário dos Jogos Olímpicos da China.

Antes fosse…

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