Desigualdade futebolística

Cash!Após seis meses de negociações, o Clube dos 13 bateu o martelo e aceitou a proposta da Rede Globo para a transmissão do Brasileirão no próximo triênio (2009/2011). No acordo divulgado na quarta-feira, a emissora pagará a bagatela de R$ 1,4 bilhão no período, para as transmissões em TV aberta, fechada e pay-per-view.

Os valores para os times ainda não foram divulgados, mas caso seja mantida a proporção atual (com vários subgrupos), o Sport ganharia R$ 16,3 milhões, enquanto o Náutico receberia R$ 7,4 milhões. Para chegar a esse dado, basta calcular a divisão de cotas em relação à Série A deste ano, que custou R$ 314,9 milhões.

Como não foram revelados maiores detalhes sobre a futura distribuição da verba, nem mesmo por temporada, tomei então a liberdade de calcular em 3 partes iguais para os próximos anos. Assim, o valor anual seria de R$ 466,6 milhões, um aumento de 48,19%.

2008 – No bolo deste ano, até mesmo os clubes que estão fora da elite receberam parte da verba, pois no acordo do C-13 todos os integrantes da entidade (são 20 associados) têm direito a uma parte do montante. Segundo a norma, no primeiro ano fora da elite, o clube recebe 50% (no caso do Corinthians, na Série B).

A partir da segunda temporada longe da Série A, esse número cai para 25% (Bahia, na B, e Guarani, na C). Fora do C-13, o Alvirrubro precisou lutar bastante para subir em 2008 a sua cota de R$ 3,4 para R$ 5 milhões. De acordo com o presidente timbu, Maurício Cardoso, parte do aumento veio através de uma reunião entre o ex-superientende do clube, Marcelo Sangaletti, e o ex-presidente do Internacional, Fernando Carvalho (de grande influência no Clube dos 13).

“Projeção” das cotas de transmissão pela TV da Série A em 2009* (entre parênteses, o valor de 2008)

R$ 31,1 milhões (R$ 21 mi) – São Paulo, Flamengo, Corinthians (50%), Vasco e Palmeiras
R$ 26,6 milhões (R$ 18 mi) – Santos
R$ 22,2 milhões (R$ 15 mi) – Grêmio, Internacional, Cruzeiro, Atlético-MG, Fluminense e Botafogo
R$ 17 milhões (R$ 11,5 mi) – Bahia (25%)
R$ 16,3 milhões (R$ 11 mi) – Sport, Guarani (25%), Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Portuguesa e Vitória
R$ 7,4 milhões (R$ 5 mi) – Figueirense e Náutico
R$ 5 milhões (R$ 3,4 mi) – Ipatinga

* Trata-se apenas de uma livre especulação…

Obs. Santos e Bahia foram avaliados de formas distintas. O primeiro nem foi considerado “top” nem segundo escalão (mais por sua tradição do que por sua torcida), e por isso ficou numa categoria isolada. Já o segundo foi um dos fundadores do Clube dos 13, em 1987.

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