O dia D

A cerimônia de posse do desembargador Bartolomeu Bueno como presidente do Conselho Deliberativo começa exatamente agora. Será o primeiro passo da simbólica transição oficial para que secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho, assuma o Santa Cruz no próximo dia 7 de outubro.

FBC já trouxe a luz. Falta agora trazer um bom futebol para o time.Uma gestão que mesmo sem começar de direito, já havia começado de fato, há vários dias. E com força.

A luz voltou ao Arruda.

Tricolores voltaram. Outros apareceram pela primeira vez. Todos dispostos a ajudar.

O Mais Querido precisa de ajuda. O biênio de FBC não será nada fácil.

De cara, a primeira edição da Série D (não acredito em virada de mesa) e a missão de que o time não pode ficar mais do que um ano nessa competição.

A dívida chega a R$ 60 milhões. Auditorias. Reestruturação. Esperança.

A responsabilidade de FBC será enorme. Para muitos tricolores, ele é a última esperança.

Bom trabalho, presidente.

Efeito que desafiou Zoff

Aproveitando o assunto do post anterior, esse aqui irá relembrar o lance que marcou a carreira do lateral-direito Nelinho, conhecido pelos chutes fortíssimos. Completou 30 anos no último dia 24 de junho o antológico gol contra a Itália, na Copa do Mundo de 1978, durante a disputa pelo 3º lugar.

A Azzurra vencia por 1 x 0, no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, quando, aos 19 minutos do 2º tempo, Nelinho desferiu um chute incrível pelo lado direito da intermediária. A bola viajou com um efeito inacreditável, vencendo o goleiro Zoff. No final, o Brasil venceu por 2 x 1 e ficou com o bronze, além do título de “Campeão Moral“. Confira no vídeo abaixo.

Você pode ver mais dados sobre a Copa de 78, que terminou com o primeiro título da Argentina, clicando AQUI.

Histórias da bola

Quatro craques do passado. Quatro histórias que se cruzaram pelos gramados em grandes clássicos do futebol brasileiro.

O "Doutor Sócrates". Política, medicina e futebol, muito futebolPonta-esquerda nato, Paulo César Caju infernizava as defesas. À noite, curtia a glória em alto estilo...Um foi médico, ativista político e craque. O nome dele? Curtinho: Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. Dos gols de calcanhar pelo Timão até a luta pela democracia no país, em 1984. Dos estudos em Ribeirão Preto até os excelentes artigos na Carta Capital.

O segundo comandou as noites cariocas nos anos 70. De cabelo pintado de acaju, idéias avançadas para a economia do futebol da época e sempre polêmico. E isso tudo sem deixar de jogar muito bola. Paulo César Caju era o cara.

Nelinho, o Canhão do MineirãoNo início, as camisas de goleiro com as cores azul ou amarelo eram motivo de chacota. Mas o padrão virou a marca registrada de Raul. E que hoje está na modaJá o terceiro era o dono do lado direito do Mineirão. Não importava a camisa. Azul e estrelada, como a do Cruzeiro, ou alvinegra, como a do Atlético. Bola parada era sinônimo de míssil. Certeiro. Nelinho cansou de marcar golaços que faziam o Mineirão balançar.

O último defendeu o quanto pôde a camisa do clube mais popular do país. O Flamengo, a partir de sua chegada, coincidentemente, decolou. Decolou até Tóquio. Onde ganhou o mundo. O goleiro Raul Plassmann evitou a alegria de muitas torcidas.

Sócrates, hoje com 54 anos, Paulo César Caju, 59, Nelinho, 58, e Raul, 64, estarão reunidos a noite desta terça-feira na Spirit Music Hall, nos Aflitos, onde participarão da mesa debates Toque de Classe, com futebol, cerveja e boas histórias.