BChoque de 220 volts

PMPEO Batalhão Mathias de Albuquerque, mais conhecido como Batalhão de Choque, é uma unidade de elite da Polícia Militar de Pernambuco. Segundo a descrição no site oficial da PM, o BPChoque é “treinado para atuar em eventos que envolvam multidões. Por seu trabalho nos estádios de futebol, shows, presídios, reintegrações de posse, operações especiais, e outras ações envolvendo multidões em todo o Estado, o Batalhão de Choque obteve conceito nacional”.

Infelizmente, esse conceito nacional vem se deteriorando há mais de um ano. Três episódios recentes deixaram não só o Choque como o futebol pernambucano marcados por atos antidesportivos (amplamente divulgado pela imprensa do Sudeste).

Jogador adversário detido, técnico adversário detido, presidente adversário detido… Por mais que a Polícia tenha explicações sobre todas as prisões (e tem mesmo), a repercussão tem sido horrivel. O Náutico, que já perdeu 2 mandos de campo por isso, volta a ser ameaçado com a mesma punição nesta reta final do Brasileiro, após mais uma polêmica nos Aflitos. Confira os episódios abaixo.

  • Lori Sandri é detido pelo tenente Rodrigo Maciel. Treinador pagou multa de 30 salários mínimos em 6 parcelas17 de junho de 2007 – Sport 2 x 2 América/RN (Ilha do Retiro)

O tenente Rodrigo Maciel prendeu o técnico do América, Lori Sandri, que havia sido expulso e saído de campo gesticulando para árbitro. Ele discutiu com o PM e acabou sendo levado algemado até a delegacia de plantão na Ilha.

O técnico aceitou a proposta do Ministério Público, em um acordo firmado no Juizado Especial do Torcedor (Jetep), e pagou uma multa de R$ 11,4 mil para não responder processo por desacato, desobediência e resistência à prisão.

  • André Luís é detido após desacato nos Aflitos1º de junho de 2008 – Náutico 3 x 0 Botafogo (Aflitos)

Após receber o vermelho, o zagueiro botafoguense André Luís ficou descontrolado. Ao invés de descer para o vestiário, ele voltou para o banco de reservas, onde chutou uma garrafa plástica para as sociais – atingindo um torcedor -, e ainda fez gestos obscenos para a torcida timbu.

Além disso, ofendeu a aspirante a oficial Lúcia Helena, que deu voz de prisão ao atleta. A sua condução para fora do campo foi tumultada, e o presidente do time carioca, Bebeto de Freitas, também acabou sendo detido pelo mesmo motivo. No dia seguinte, o STJD denunciou os 2, além do Náutico e da FPF.

  • Confusão na entrada do vestiário do Vitória. Spray de pimenta?1º de novembro de 2008 – Náutico 1 x 0 Vitória (Aflitos)

O técnico do Vitória, Vágner Mancini, acusa a PM (7 policiais) de ter entrado no vestiário no intervalo para dar voz de prisão ao goleiro Viáfara, que teria xingado um policial durante a marcação do pênalti. O capitão Washington de Souza diz que dois PMs foram até a porta do vestiário, para pedir moderação ao jogador.

No final da partida, nova denúncia. Agora, a PM teria jogado spray de pimenta no vestiário baiano. Fato negado por Lúcia Helena, que voltou a trabalhar em jogos de futebol. “Não aconteceu nada. Se tivesse sido dada a voz de prisão, o goleiro estaria preso. Ninguém jogou gás também. Eles estão blefando”, disse a aspirante.

Fotos: Arquivo/DP

4 Replies to “BChoque de 220 volts”

  1. Polícia truculenta e despreparada essa de PE, que se mete com gente que trabalha.
    Jogadores e técnicos não são marginais, eles deviam fazer a segurança de modo certo, pagamos impostos tbm pra ter segurança e não pra a própria policia aparecer.

  2. GOSTARIA DE RECEBER EM MEU E-MAIL A CANÇÃO DO BATALHÃO DE CHOQUE!

    OBRIGADO!

  3. Se xingar juiz fosse  motivo de prisão ,deveriam prender estádios inteiros!!!Acho que essas atitudes da PM-PE se deve a complexo de inferioridade do Pernambucano, que acha que seu time vencer uma partida de futebol vai resolver os males locais. A PM seria muito mais eficiente se tivesse prendido os sujeitos que vão aos estádios por motivos de rixa de gangue. Mas não, preferem aparecer em episódios lamentáveis como esse.   

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