Por pouco, Carcará

Pernambucano-2010: Salgueiro 1 x 1 Sport

Os 4.822 torcedores que foram ao estádio Cornélio de Barros quase viram o fim de uma longa invencibilidade do Sport.

Desde 26 março de 2008, o Rubro-negro não perde um jogo no Campeonato Pernambucano. Aquele revés também aconteceu numa quarta-feira à noite. Também no Sertão. Serrano 1 x 0.

Desta vez, o Leão perdia do Carcará (time bem armado e raçudo) por 1 x 0, com um gol de um ex-prata da casa da Ilha (Heider). Aos 36, Ciro, nascido em Salgueiro, empatou, fechando o 1 x 1. No fim, o time da casa ainda teve a chance do desempate.

Um sufoco daqueles! Mas o Sport volta para o Recife como o único invicto do Estadual de 2010, e estende a sua marca geral para 32 partidas. Está longe do recorde ainda. Que pertence ao próprio clube: 49 jogos, entre as edições de 1997 e 1999.

Deixando a invencibilidade um pouco de lado, o Sport volta como líder isolado.

Mas foi por muito pouco…

O Carcará vai dar trabalho. Não venceu a partida, mas convenceu.

Aplausos para todos, 3 pontos para o Timbu

Pernambucano-2010: Náutico 2 x 1 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/DP

O primeiro clássico pernambucano do ano.

Os tricolores passaram por cima do alto valor cobrado pelo Náutico no clássico e foram em peso aos Aflitos. Ainda bem. Não gosto nada da ideia de “torcida única”.

Os corais não saíram felizes, naturalmente. Mas aplaudiram o esforço do time.

O Tricolor jogou com um atleta a menos durante 85 minutos…

Com apenas 5 minutos, a empolgação do Santa Cruz começou a ir embora com a expulsão do zagueiro Alex Xavier. Dois cartões amarelos em tão pouco tempo é surreal.

O Náutico, que não tem nada a ver com isso, procurou se aproveitar da vantagem numérica no Clássico das Emoções. Mas teve bastante dificuldade, diga-se. Viu o Santa perder chances, mas teve a sua e mandou ver, com Dinda, numa bela conclusão.

No 2º tempo, o artilheiro Joelson mostrou que está mesmo no seu “ano”. Ele perdeu o pênalti? Perdeu. Mas foi lá no rebote e marcou o seu 6º gol, assumindo a artilharia isolada. Festa do Povão em Rosa e Silva.

Naquele momento, um empate seria justo? Sim.

Lembre-se: no futebol, a justiça passa longe dos gramados.

Ithamar que o diga. Já ouviu falar dele? Muitos alvirrubros sequer o conheciam. Pois o meia-atacante timbu concluiu um rápido ataque de pé em pé e foi pra galera.

Alvirrubro 2 x 1! E foi só o primeiro do ano…

Foto: Helder Tavares/DP

Supertime da Ilha

Não, não é o time de 2010.

Mas, de fato, foi um supertime mesmo, em 1975. Ano que marcou o fim de um jejum do Sport, que estava há 12 anos sem conquistar o Estadual. A música “Supertime da Ilha”, que marcou época, é do Quinteto Violado (veja a letra AQUI). A música embala o vídeo produzido por Robert Mocock, da SportNet. Confira abaixo.

Leia mais sobre o título pernambucano do Rubro-negro em 1975, que completará 35 anos em 10 de agosto deste ano, AQUI.

R$ 40…? Inviável

Árvore de dinheiroQuantos tricolores terão coragem de ir aos Aflitos na noite desta quarta?

Uns 1.500?

No máximo.

Vão pagar R$ 40 para assistir ao Clássico das Emoções… Caro? Bastante.

Se a carga for toda vendida, o Timbu teria uma receita de R$ 60 mil apenas com a torcida adversária. Se…

O Náutico sai ganhando com esse aumento? Era necessário?

Acredito que não. Só expõe o clube e dá o crédito para uma retaliação no preço do bilhete no jogo do returno, no Arruda.

Caso a torcida coral não apareça em peso em Rosa e Silva, a arrecadação do Alvirrubro diante do Santa Cruz deverá ser baseada apenas nos 10.000 bilhetes da campanha Todos com a Nota, do governo do estado.

Tenso. 😯

E custa nada lembrar que em 2 jogos nos Aflitos o clube arrecadou apenas R$ 103.599. Para se ter uma ideia, o Central apurou R$ 132.090 apenas na partida contra o Sport, no Lacerdão. Preço do bilhete para os rubro-negros: R$ 20. Foram vendidos 6.156.

Futebol sem receita é um verdadeiro tiro no pé.

Rivalidade sim, mas com responsabilidade econômica.