Ainda bem que não era domingo

Pernambucano-2010: Sport 1 x 1 Náutico

Um dos piores clássicos que já vi na Ilha do Retiro.

Uma arbitragem fraca, sem pulso, conivente.

Dois times longe de um primor técnico.

O Sport com uma falta de articulação no meio-campo que irrita qualquer um. Que faz o torcedor sair do estádio sem outro assunto para conversar.

O Náutico com um time de meninos, com sete jogadores da base em campo. O que não é sinônimo de qualidade. Para isso, falta muito ainda. Era uma equipe remendada.

Um técnico experiente, mas sem ousadia alguma para mexer na equipe, mantendo 3 zagueiros por mais 30 minutos de prorrogação se fosse o caso neste sábado.

O outro, interino, contava os minutos para deixar a área técnica, consciente de que o elenco timbu não reunia forças.

Um empate justo. No placar, 1 x 1. Mas até os gols mostram o baixo nível da partida.

O primeiro, depois de uma linha de impedimento absurdamente mal feita pela zaga alvirrubra, mesmo com o lançamento (um “balão”, na verdade) de Dutra. Na hora de finalizar, Wilson teve o seu mérito. Mas o time não embalou.

Depois, uma cobrança de falta de Hamilton, que em 2009 vestia a camisa do Sport. Com o uniforme do Náutico – e também com a braçadeira de capitão, por causa da ausência de Carlinhso Bala -, o volante abusou da pegada forte, mas também ficou marcado com o gol de falta. Mas “daquele” jeito, né…

Num frango de Magrão! Os gigantes também falham, Magrão. E mais de uma vez, como no caso do paredão leonino, que já não havia ido bem na última quarta.

No fim, uma expulsão pra cada lado, numa situação mal dirigida pelo árbitro Carlos Costa, que até ali não sabia o que era cartão amarelo. Acho que ele nem levou.

E ficou nisso. Com vaias, é claro 😕

Confesso que ficou um cheiro de “Série C”. Ainda está cedo, ok. Mas só o fato de temer isso já é preocupante. Dos dois lados, é bom ressaltar.

Ainda bem que o jogo foi no sábado. Rubro-negros e alvirrubros não mereciam perder um domingo no Recife com uma partida tão fraca.

Foto: Ricardo Fernandes/DP

Liga dos Campeões da Guanabara

Taça Guanabara 2010: Botafogo x VascoA Taça Guanabara é uma das competições regionais mais tradicionais do Brasil. E olhe que nem tem o peso de um campeonato estadual.

A competição, criada em 1965, corresponde ao primeiro turno do Campeonato Carioca  (cujo segundo turno é chamado de Taça Rio).

Neste domingo, Vasco e Botafogo vão decidir o título no Maracanã.

O Botafogo, do técnico Joel Santana, busca o bi. Em 2009, diante de 70 mil pagantes, a Estrela Solitária venceu o modesto Resende por 3 x 0. Nesta temporada, o time tentará o seu 6º título.

O Vasco, do artilheiro Dodô, não conquista a Taça Guanabara desde 2003. Curiosamente, aquele ano marcou, também, o último titulo estadual do Gigante da Colina. Ao todo, o Vasco já venceu a disputa em 11 oportunidades.

Liga dos Campeões da UefaO maior campeão da Taça Guanabara é o Flamengo, com 18 títulos. O Flu tem 8 (veja a lista completa AQUI).

Ok… Histórico apresentado. Agora, falando da taça (literalmente), será que mais alguém achou o modelo parecido com outro troféu, muito mais tradicional e criado em 1955? 😯

A “versão 2010” da Taça Guanabara foi criada pelo escultor Kiko Azevedo. O troféu pesa 7 quilos e é todo banhado de prata (saiba mais AQUI).

Já o troféu da Liga dos Campeões da Uefa, cujo modelo atual (um pouco maior) foi concebido em 1967, foi criado pelo joalheiro suiço Jörg Stadelmann. Também é todo de prata, mas pesa 8 quilos e tem 74 cm (veja mais AQUI).

Campeões do além

Erro na lista de campeões da Copa do Brasil no site da CBF

O site da CBF passou por um processo de modernização no fim de 2009. No entanto, os ajustes aconteceram apenas no layout do portal. A falta de cuidado com o histórico das competições nacionais é impressionante.

Como se já não bastasse os erros nos nomes dos clubes (o Sport, por exemplo, é “Sport Clube Recife”), a CBF vai além e de divulga, de forma inacreditável, listas com campeões nacionais do além.

Na Série B de 1990, por exemplo, o campeão Sport aparece como vice, no lugar do Atlético-PR, vencido na decisão daquele ano. Em 1991 aparece como “não disputado”! Vá dizer isso para a torcida do Paysandu… E o vice-campeão de 2008 não foi o Avaí, mas o Santo André! 😯

Mas é no histórico de campeões da Copa do Brasil que a situação piora… Basta ver o print screen acima. Criada em 1989, a competição nunca registrou um bicampeonato consecutivo. Algo que hoje é até impossível, aliás, já que o campeão não disputa a edição seguinte, por causa da Taça Libertadores.

Pois é. Segundo o site da Confederação Brasileira de Futebol, o tetracampeão Grêmio seria, na verdade, hexa! Mais um hexa fajuto… E olhe que no caso do Tricolor Gaúcho ele teria “conquistado” todos os títulos do mata-mata entre 1994 e 1997!

Somente na imagem deste post são 3 erros.

1) Em 1995, o campeão foi justamente o Corinthians, que venceu o Grêmio no Olímpico.

2) Em 1996 a história é ainda pior, pois os dois finalistas estão errados. A final foi Palmeiras x Cruzeiro, e o título ficou com o time de Belo Horizonte.

3) Mais uma final invertida, agora em 1998. O campeão foi o Palmeiras.

Vou dar uma ajudinha aos organizadores do site da CBF… A seguir, sites com as listas corretas: AQUI, AQUI e AQUI.

É simples. Basta querer.