Jogo do ano

Chapadão do Araripe, em Araripina

Araripina x Sport, o jogo mais aguardado do ano.

A afirmação é do diretor de futebol do Bode do Sertão, Walmy Bezerra, que também ocupa o cargo de secretário de esportes do município.

“O Sport é o carro-chefe do Pernambucano. Esse é o jogo que todo aqui estava esperando em 2010. A nossa torcida está empolgada e vai lotar o estádio”, garante.

Ele fala sério. Para o jogo de domingo, no Chapadão do Araripe, a expectativa é de um público é de 7.000 torcedores, um número 20,5% maior que o atual recorde do estádio (5.805), registrado em 31 de janeiro, quando o Araripina perdeu do Náutico por 2 x 1.

Mas o estádio não estava lotado naquela tarde? Estava. 😀

Mas, como a primeira frase do texto deixa claro, a partida deste domingo já mexe com o município a 690 km do Recife. Então, o que fazer?

Será montada uma arquibancada provisória. No gol à direta das cabines de imprensa, onde havia apenas o alambrado, foi retirado todo o entulho da barreira para a montagem de uma arquibancada tubular, com mais 1.000 lugares.

Todos os ingressos deverão ser vendidos antecipadamente.

Em 6 partidas como mandante no Estadual, o Bode do Sertão levou 28.362 torcedores ao seu estádio, com uma média de 4.727. Se o público chegar mesmo à casa dos 7 mil torcedores, a média local subirá para 5.051 pessoas. Nada mal para um estreante.

Mais. Existe uma motivação extra para tanta euforia. Na terra do gesso só se fala em acabar com a invencibilidade de 38 jogos do Leão no Estadual (desde março de 2008).

“Queremos a vitória para escapar de vez da zona de rebaixamento. Essa chance de acabar com a invencibilidade do Sport animou ainda mais a cidade. O time deles vem com alguns desfalques e, como vamos jogar em casa, acho que temos a chance de fazer história”, completou Bezerra.

O clube vem se preparando para esta partida desde 7 de janeiro, quando começou a construir uma cabine especial para a Rede Globo, que vai transmitir a partida contra o Rubro-negro ao vivo (como o blog havia antecipado AQUI).

É o berro do bode.

Pós-trauma

Vasco - O sentimento não pode parar!

Favorito na final da Taça Guanabara, o Vasco acabou sendo superado pelo Botafogo.

Logo o Botafogo… O mesmo time que o Gigante da Colina havia massacrado por 6 x 0 na fase classificatória, em pleno Engenhão, casa da Estrela Solitária.

No domingo, diante de 80 mil pessoas no Maracanã, Botafogo 2 x 0.

Os dias seguintes a uma frustração desse porte costumam ser nebulosos no futebol.

Não adianta discursos de motivação, bicho extra numa próxima vitória, papo furado de “levantar a cabeça” etc.

O grupo assimila o golpe. Geralmente, assimila demais!

O Sport que o diga em 2009. A eliminação na Libertadores, de forma dramática, nos pênaltis, acabou com a temporada rubro-negra. O time não se encontrou mais. Aquela adrenalina vista na disputa continental sumiu na Série A. O sangue secou nas veias dos jogadores. Veio o rebaixamento, na lanterna.

E o que dizer do Santa Cruz, que após o primeiro rebaixamento, em 2006, engatou a pior sequência da história do futebol brasileiro…? 😯

Agora, o mesmo acontece com o Vasco da Gama. Pelo menos o primeiro sinal.

Quatro dias depois após o vice na Guanabara, o time cruz-maltino entrou em São Januário para jogar a partida de volta da 1ª fase da Copa do Brasil, contra o Sousa/PB.

O time do Rio havia vencido em João Pessoa por 2 x 1. Na noite de quinta-feira, o time estaria desfalcado de algumas peças. Todos de ressaca.

Inclusive os torcedores.

As bilheterias do estádio registraram a venda de apenas 593 bilhetes.

O público total foi de 1.294 torcedores, sendo 701 não pagantes…

Dos 66 jogos no Pernambucano, 28 tiveram menos de 593 pagantes (veja AQUI). Porém, aqui ainda existe a promoção do Todos com a Nota. Assim, o menor público no Estadual foi de 1.717 pagantes, no jogo Sete de Setembro 1 x 0 Salgueiro.

Fica claro que um clube do tamanho do Vasco não pode ter um público tão pequeno, mesmo que tivesse perdido o Mundial. Como já perdeu, inclusive. Duas vezes.

A ressaca em São Januário foi gigante. Do tamanho da colina.