O bandeirão não será nosso

Média de público do Nordestão

Clássico das Emoções nos Aflitos, neste sábado. Alvirrubros e tricolores voltavam a se enfrentar após a semifinal do Pernambucano. Naquela ocasião, Carlinhos Bala deu a vitória ao Náutico, também nos Aflitos, e classificou o Timbu para a decisão.

O título pernambucano não veio e tempo passou. Bala nem está mais em Rosa e Silva. Aproveitando o time misto do rival, o Santa Cruz buscava sair da sina de empates no Campeonato do Nordeste. Não saiu. O clássico terminou empatado em 1 x 1.

Um jogo oficial em um torneio regional. O público? Apenas 2.238 torcedores. Eu não lembro de outro público tão pequeno em um clássico no Recife em um jogo de profissionais. É uma pena. No Arruda, o Santa não tem feito muito diferente. Os dois clubes seguem entre os últimos na média de público do regional (gráfico).

O Santa Cruz tem apenas a 11ª média, enquanto o Náutico está em 13º lugar. O vencedor do prêmio Torcida Mais Fanática, promovido pela TV Esporte Interativo, vai ganhar o maior bandeirão do Nordeste (veja AQUI). Mas não deverá ser nosso…

1990, a escassez de gols

Poster oficial da Copa do Mundo de 1990A Copa da África está salva.

O recorde mais ingrato das Copas é mesmo do Mundial da Itália.

Realizada há 20 anos.

Uma competição repleta de empates insossos.

Apesar da primeira fase econômica, a Copa na África do Sul engrenou no mata-mata.

A dois jogos do fim, a competição “precisava” de mais três gols para superar a infeliz marca de 1990, como o blog já havia informado (veja AQUI).

Graças ao ótimo jogo entre alemães e uruguaios, neste sábado, acabou o temor. Com os cinco gols na disputa pelo 3º lugar, com a medalha de bronze para os germânicos, o Mundial chegou a 144 gols em 63 jogos, com uma média de 2,28.

Mesmo que a decisão no Soccer City acabe em um empate sem gols, a média já está garantida em pelo menos 2,25.

Em 1990 o índice foi 2,21. Ufa!

Paul, o invicto

Copa do Mundo de 2010: Uruguai x Alemanha

O polvo Paul, que vive em um aquário na cidade alemã de Oberhausen, havia acertado todos os seis resultados da mannsfhaft na Copa do Mundo de 2010. Até mesmo a surpreendente derrota para a Sérvia ainda na primeira fase…

Para este fim de semana, o polvo escolheu a Alemanha como a vencedora da disputa pelo 3º lugar. Era a senha para a derrota do Uruguai. Mas Paul teve que ter muita confiança no palpite, pois o jogo deste sábado em Port Elizabet foi muito acirrado.

Antes da partida que reuniu cinco títulos mundiais, os torcedores charrúas até provocaram: “Prato especial da noite: polvo grelhado à uruguaia”.

A revelação alemã, Thomas Müller, que foi um sério desfalque na semifinal contra a Espanha, abriu o placar. Cavani empatou logo depois. No início do segundo tempo, Forlán marcou mais um belo gol no Mundial e encostou na artilharia, com 5 gols. Era a virada celeste. Mas Jansen empatou logo depois, em uma falha do goleiro Muslera.

A dez minutos do fim, Sami Khedira virou novamente, 3 x2. Agora era a Alemanha em vantagem. Aos 47, Forlán acertou a trave. Não teve jeito. Paul, que tem dois anos e meio, segue invicto! Para o domingo, então, cresce a chance da Espanha conquistar o inédito título mundial. É o palpite de Paul.

Miroslav Klose? Pode ficar tranquilo, Ronaldo. O recorde de 15 gols em Mundiais é do Fenômeno. É brasileiro. Essa, nem o polvo… 

Alemanha na disputa pela medalha de bronze:

1934 – Alemanha 3 x 2 Áustria
1958 – Alemanha 3 x 6 França
1970 – Alemanha 1 x 0 Uruguai
2010 – Alemanha 3 x 2 Uruguai

Foto: Fifa

Reprise bronzeada

Medalha de bronzeUruguai e Alemanha decidem o 3º lugar da Copa do Mundo da África do Sul. Para os alemães, o jogo não vale muita coisa. Para a Celeste, seria a melhor colocação além dos títulos mundiais de 1930 e 1950.

O jogo será uma reprise em plena sessão de sábado.

Em 20 de junho de 1970, charrúas e germânicos entraram em campo no estádio Azteca, na Cidade do México, também na disputa pela medalha de bronze.

A vitória foi alemã, com um gol de Overath. Confira o compacto abaixo, de sete minutos.

Prévia das boas… Assim como em 1970, a decisão aconteceu no dia seguinte.

Fúria econômica e histórica

Copa do Mundo de 2010: Espanha 1 x 0 Alemanha

Em 1954, a Alemanha foi campeã do mundo com um ataque arrasador.

Foram 25 gols em apenas seis jogos, com uma média impessionante de 4,16. Foi a única vez na história que um campeão superou a marca de quatro gols por partida.

Média de gols dos campeões mundiaisCom o formato atual, com uma campanha de sete jogos, o campeão teria que fazer 29 gols para obter a mesma média. Sem dúvida, é uma missão bem complicada…

Ainda mais numa entressafra de gols como nesta Copa de 2010 (veja AQUI). O resultado poderá ficar mais evidente caso a Espanha conquistar o título inédito.

Com apenas sete gols marcados (sendo cinco de David Villa), a Fúria precisa balançar as redes holandesas pelo menos quatro vezes para não ter o pior ataque da história.

Chegando a 11, a Espanha pelo menos “dividiria” o posto com o Brasil, que fez apenas 11 tentos na campanha do tetra, em 1994, com uma média de 1,57.

A atual média espanhola é de 1,16! O futebol de toque de bola pode impressionar pela beleza… O time pode até finalizar bastante, tanto que lidera a lista na África do Sul, com 103 chutes… Mas falta “algo”, pois gol mesmo a Espanha não fez até aqui.

Com 12 gols, a Holanda pode ficar despreocupada. Se for campeã, mesmo nos pênaltis após 120 minutos de 0 x 0, a Laranja Mecânica não será a recordista negativa.

Curiosidade: a Alemanha pode ter o recorde de gols de um campeão do mundo, mas o recorde absoluto numa Copa do Mundo pertence à Hungria, que fez 27 gols em cinco jogos (5,4), também no Mundial de 1954. Mas o time de Puskas acabou com o vice…

Fotos: Fifa

Agradeça a ele

Aldyr Garcia Schlee, criador do uniforme verde e amarelho do BrasilSe você é apaixonado pela Seleção Brasileira, apesar dos baques nos dois últimos Mundiais, a “culpa” é exclusivamente deste senhor ao lado.

Ex-craque? Treinador? Não. Desenhista.

Aldyr Schlee, hoje aos 75 anos e morador de Pelotas, no interior gaúcho.

Em 1953, com apenas 19 anos, ele desenhava lances esportivos e fazia caricaturas para jornais pelotenses. Até que viu um concurso do jornal carioca Correio da Manhã e se inscreveu.

Era algo bem “simples”: a escolha do novo uniforme da Seleção Brasileira. A ideia era esquecer o padrão branco, após o vice-campeonato mundial em 1950, em um Maracanã repleto. Foi demais.

Pois não é que Aldyr Schlee, hoje um escritor, enviou um croquis com o modelo de uma certa camisa amarela com gola verde, além do calção azul e meias brancas?

O gaúcho foi o criador do uniforme Canarinho, o vencedor entre os 201 trabalhos inscritos. Hoje, a camisa é sinônimo absoluto de futebol.

Um história assim merecia mesmo virar filme. Virou um documentário, produzido neste ano em 16mm pela RBS, afiliada da TV Globo de Porto Alegre. Confira o trailer abaixo.

Obrigado, Schlee!

 Post com a colaboração da gremista Iasmine Eidewein