Aprendendo a mexer com cash

Bola de dinheiro

Ao todo, o Sport tem 72 jogadores com contrato assinado, de acordo com o Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Contratos profissionais, com atletas a partir das categorias juvenil e júnior (veja AQUI). De todos eles, o maior contrato vigente é justamente o do atacante Ciro, até 5 de agosto de 2013.

Não por acaso, o contrato dele tem a maior multa rescisória do Leão, com valores de R$ 20 milhões para clubes brasileiros e R$ 40 milhões para times estrangeiros. Algumas sondagens do exterior teriam chegado a R$ 10 mi no ano passado!

A multa, porém, é apenas um parâmetro para as negociações, que quase sempre são abaixo do valor estipulado. De qualquer forma, acredita-se que a possível venda dos direitos econômicos da revelação leonina chegue a pelo menos metade, se for no Brasil.

Como se sabe, o craque afirmou, em entrevista ao repórter André Albuquerque, do Diario de Pernambuco, que o Palmeiras o sondou recentemente (veja AQUI).

Independentemente do desfecho dessa negociação, a primeira dúvida é:

Será que o Sport vai conseguir vender o atacante Ciro por mais de R$ 3,5 milhões?

O valor pode parecer baixo para as pretensões rubro-negras. No entanto, o número já seria um recorde em Pernambuco. A maior transação aconteceu há 12 anos.

O país cresceu economicamente, a moeda ganhou força, as cotas de patrocínio dos clubes aumentaram, mas venda do meia Jackson, hoje no Santa Cruz, ainda é um marco. Curiosamente, aquela negociação foi justamente entre Sport e Palmeiras…

Segunda dúvida:

Os clubes do Recife não sabem negociar ou o nível dos atletas revelados é baixo?

Vendas milionárias de Pernambuco (valores em Reais, em vigor desde 1994)

  • Top 5

3.500.000 – Jackson (meia), do Sport para o Palmeiras, em 1998
2.200.000 – Bosco (goleiro), do Sport para o Cruzeiro, em 2001
2.100.000 – Gilmar (atacante), do Náutico para o Guingamp (França), em 2009
2.000.000 – Daniel Paulista (volante), do Sport para o Rapid (Romênia), em 2008
1.800.000 – Fumagalli (meia), do Sport para o Al-Rayyan (Catar), em 2007

  • Top 10

1.750.000 – Leonardo (atacante), do Sport para o Cruzeiro, em 2001
1.500.000 – Juninho Pernambucano (meia), do Sport para o Vasco, em 1995
1.500.000 – Juninho Petrolina (meia), do Sport para o Atlético-MG, em 1998
1.500.000 – Cleber Santana (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 2004
1.300.000 – Pantera (atacante), do Santa Cruz para o Compostela (Espanha), em 1996

  • Top 20*

1.300.000 – Chiquinho (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.200.000 – Carlinhos Bala (atacante), do Santa Cruz para o Cruzeiro, em 2006
1.100.000 – Moacir (volante), do Sport para o Corinthians, em 2010
1.000.000 – Russo (lateral-direito), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.000.000 – Edson (lateral-esquerdo), do Sport para o Corinthians, em 2000
1.000.000 – Grafite (atacante), do Santa Cruz para o Grêmio, em 2001
1.000.000 – Wellington (atacante), do Náutico para o TSG Hoffenheim, em 2008

*Nota-se que para completar o top 20 ainda faltam três negociações milionárias…

5 Replies to “Aprendendo a mexer com cash”

  1. Uma coisa e certa o sport e o unico time de pernambuco que sabe criar jogadores. do top 10 8 são do sport…
    isso teria que servir como exemplo para os outros times de pernambuco.
    na minha opinião ciro so vai sair do sport por 5 milhões…
    e @ guilherme… chamar gfrafite de craque e fogo… grafitte foi para frança num time muito fraco… e foi artilheiro da bundesliga somente porque cobrava penalties…

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  3. Em tempo, outro bom exemplo é Graffite. Desde os tempos de Santa Cruz, este rapaz mostrou que tem futebol demais.
    Hoje, disputou uma Copa do Mundo e foi artilheiro da Bundesliga. Vendido por 1 milhão de reais.
    Só vamos conseguir fazer boas negociações quando começarmos a vender jogadores diretamente para Europa. Não adianta transacionar com clubes brasileiros. Somos, nós Nordestinos, para os clubes do Sul  o que eles, os clubes do Sul, são para Europa.
    Veja o exemplo de RAmires. Saiu do Cruzeiro por 17 Milhões. Em pouco mais de 1 ano na Europa, já estão oferecendo quase 54 milhões pelo seu passe.
    Ou vendemos diretamente para Europa, como fazem os times do Eixo, ou vamos morrer nos contentando com essas transações ridículas que fazemos atualmente.
    É só comparar a diferença. Como um jogador mediano (muito mediano) como Daniel Paulista é vendido por 2 milhões de Reais para um time Ucraniano e um quase craque como Graffite é vendido por 1 milhão de REais (em dinheiro de hoje, quase os mesmos 2 milhões de Daniel Paulista)??

  4. Sem dúvida, os clubes não sabem negociar. Veja Juninho Pernambucano. Fazendo uma rápida atualização monetária, percebe-se que, em dinheiro de hoje, ele teria sido vendido por pouco mais de míseros 4 milhões de reais. Estamos falando de um jogador que disputou Copa do Mundo.
    Não sei qual a razão disto. Talvez, a necessidade de dinheiro do clube, talvez o olho grande de alguns dirigentes.
    Particularmente, acho Ciro um bom jogador. Nada mais, nada menos do que isso. Se fosse diretor de CLube não pagaria mais do que 6 milhões pelo seu futebol. No entanto, o garoto desfruta/desfrutou de uma mídia fabulosa e o SPORT parece que não sabe valorizar isso.
    Até um tempo atrás, o presidente-incompetente do SPORT fazia questão de coloca-lo na prateleira sempre que um rumor de negociação surgia (se é que todos aqueles clubes chegaram a se interessar pelo garoto. Particularmente, acredito em notícias plantadas pelo próprio presidente para “dar uma valorizada”). E a cada negociação “frustrada” o garoto vai se desvalorizando, o seu futebol vai caindo de produção e o SPORT vai perdendo a chance de fazer um bom caixa.
    Sinceramente, por 3,5 milhões Ciro não é vendido. O presidente é maluco, mas tem juízo. Sabe que a torcida não o perdoará (se é que ele tem perdão). Como não acho que nenhuma clube pague um valor acima deste por Ciro atualmente, então concluo que o recorde da venda de Jackson permanecerá.

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