Arena Iate Clube

Projeto da Arena Recife-Olinda no bairro do Cabanga

Um estádio com marina. Era mesmo um sonho…

O projeto da Arena Recife-Olinda foi o primeiro a ser apresentado oficialmente pelo governo de Pernambuco, em 29 de maio de 2007. O estádio ficaria no bairro de Salgadinho, em Olinda. O entrave foi o alto valor para as desapropriações, com R$ 100 milhões do orçamento total de R$ 335 milhões apenas para este destino.

Antes de ser deixado de lado, o projeto desenvolvido pelo arquiteto Múcio Jucá, do escritório PTZ, ainda foi estudado para ser implantado em Jiquiá ou no Cabanga.

Cabanga…? Exatamente. Como na imagem acima, ainda exposta no site oficial da PTZ (veja AQUI). A ideia era que a arena multiuso fosse erguida onde hoje funciona o 14º Batalhão Logístico e Depósito Regional de Subsistência da 7ª Região Militar.

Esta arena não vai sair do papel. Mas não dá para negar que o visual seria belíssimo.

Já o trânsito na região ficaria além do caótico.

Estamos a 2.977 km do sucesso

Mapa, com a distância entre Recife e Porto Alegre: 2.977 quilômetros

Internacional, o clube de maior transformação do país nesta década. Um time que, apesar da tradição, estava à margem do Grêmio. O Colorado cansou de ver o maior rival conquistar títulos nacionais e internacionais na década de 90. O campeonato estadual era o único consolo. Então, como sair daquela mesmice e voltar a ser rolo compressor dos anos 70, quando o Inter conquistou nada menos que três edições do Brasileirão?

Começou com uma gestão voltada à fidelidade do seu torcedor. Acima de tudo, com a fidelidade do seu sócio. Finalmente um programa de sócio-torcedores saía do papel de forma sustentável, com medidas comuns em nossa economia. Como o uso do cartão de crédito para pagar mensalidades. Débito automático. Medidas simples que estenderam o número de sócios para o interior gaúcho.

Não é por acaso que o número de sócios do Internacional ultrapassou a barreira dos 100 mil cadastrados, em dia. Gente suficiente para proporcionar uma renda mensal de R$ 3,5 milhões. Dinheiro reinvestido no time profissional e nas categorias de base. Uma engrenagem que rendeu ainda mais dinheiro.

De acordo com a consultora financeira Crowe Horwath, o Inter foi o clube brasileiro que mais arrecadou com a negociação de atletas para o exterior entre 2003 e 2008. O clube ganhou R$ 250 milhões no período – R$ 33 mi a mais que o segundo colocado, o São Paulo. Com um futebol se fortalecendo como bola de neve, chegaram os títulos.

O apelido de “Interregional”, por causa da falta de títulos além da fronteira, sumiu do mapa. Libertadores e Mundial em 2006, Recopa em 2007 e Copa Sul-americana em 2008. Nesta quarta, o time vermelho entrará num Beira-Rio com lotação esgotada precisando de um simples empate para conquistar o bi da Libertadores. Em cinco anos, o clube saiu do ostracismo para se tornar uma potência.

Há quem considere tudo isso coincidência. Eu considero consequência. Fica a dica para que este modelo implantado em Porto Alegre seja trazido para o Recife. Estamos a 2.977 quilômetros do sucesso. Não é tão longe quanto parece.

A cor de minerva

Diario de Pernambuco: 16/08/2010. Capa do caderno de esportesPela primeira vez em 96 anos de história, o clube famoso pela união das cores encarnado, branco e preto cedeu e optou por uma 4ª cor.

Azul.

Esqueça a Fita Azul.

Essa cor, para o Santa Cruz, representa o céu.

Algo bem distante para quem está no fundo do poço em um buraco que parece não ter fim.

Jogando com o uniforme celeste, que foi utilizado de forma pioneira pelo Uruguai há exatamente 100 anos, em 15 de agosto de 1910, o Tricolor virou Quadricolor.

O Santinha venceu na Série D e lançou, desde já, um verdadeiro sucesso de vendas.

A camisa azul já começou a ser vendida. O modelo, que custa R$ 149, foi confeccionado numa parceria da Penalty com a Cavalera. É a segunda versão. A primeira saiu em 2009.

A partir de agora, todos de azul. Todos de esperança renovada… Um olhar para o céu, seguido de agradecimento. E a ordem já foi dada: o time vai vestir essa camisa celeste até o fim da Série D. Tomara.

Acima, a capa do Diario de Pernambuco desta segunda-feira. Veja a reportagem AQUI.

Fluzão quer atravessar a Antártida

Taça Antártida, título do Fluminense em 1923, numa disputa de tiroO Fluminense montou um timaço.

Fred, Conca, Deco, Belletti, Emerson Sheik… Além de Muricy Ramalho comandando a equipe no Brasileirão.

A arrancada na Série A já está acontecendo. Após 14 rodadas, o Flu soma 32 pontos e lidera com quatro de vantagem. Vai ganhando e empolgando.

A receita é clara: dinheiro, cash, faz-me rir. A origem é mais conhecida ainda: Celso Barros, presidente da Unimed e fanático pelo Tricolor Carioca.

Desde 1998, quando a Unimed começou a patrocinar o clube, o Fluminense já recebeu cerca de R$ 200 milhões, segundo o jornal carioca Extra (veja AQUI).

Na média, sem considerar a correção monetária e o aumento da cota, o número chega a incríveis R$ 15,3 milhões em 13 temporadas.

Finalmente, os reforços de peso estão dando resultado ao clube, que sonha em repetir o feito de 1984, quando conquistou o seu único título brasileiro. O troféu se juntaria à galeria que conta com a inacreditável Taça Antártida. Já a identificou na foto?

É isso mesmo, um pinguim! Vitória numa competição de tiro em 1923. Bizarro, não?

Saravá!

Série D-2010: Santa Cruz 2 x 0 Potiguar. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Foi uma verdadeira sessão de descarrego. Sal grosso para todos os lados. Começando com a estreia da camisa azul… Era o primeiro sinal de mudança.

Fim do primeiro tempo no Arruda. No martírio, um empate sem gols entre Santa Cruz e Potiguar, que ainda não havia somado um ponto sequer nesta Série D.

O Tricolor perdeu pênalti (Brasão), mandou bola na trave (Paulo César) e perdeu gol feito (Jackson). E ainda cricou outras boas oportunidades. Mas a bola não entrou.

Um desespero que já durava dois anos. Eram três derrotas e seis empates jogando no Mundão pelo campeonato brasileiro, em suas várias divisões.

Para piorar, Cristiano Alagoano deixara o Confiança em vantagem diante do já classificado CSA, em outro jogo decisivo pelo grupo 4. O time sergipano subia para 8 pontos, deixando a Cobra Coral, a uma rodada do fim da primeira fase, com 6.

Situação complicadíssima. Os 25 mil torcedores já estavam numa tensão sem limite. Difícil entender como sempre dava errado. Uma profusão de “Por que?”

Será que existe mesmo um sapo enterrado aqui!?

Veio o segundo o tempo e o melhor domingo do Santa nos últimos tempos. Aos 23, Joelson mandou para as redes. Começava a festa tricolor. Aos 45 minutos, Élvis completou a vitória, por 2 x 0. De pênalti, para exorcizar de vez a quizila coral.

Em Aracaju, Alisson virou o jogo para o líder CSA. Aquele cenário pessimista de uma hora antes já era. O Santa chegou a 8 pontos, três a mais que o Confiança. Basta um empate em Maceió, no próximo domingo. Certamente com invasão coral…

Antes desta tarde, a última vitória em casa pelo Brasileiro havia sido em 20 de julho de 2008, diante do mesmo Potiguar. O placar? O mesmo 2 x 0.

Não é por acaso que, enfim, acharam os sapos do Arruda…

Equação da Patativa

EquaçãoNa noite de sábado, o Treze bateu o Fluminense/BA por 2 x 1 e deu sobrevida ao Central, que jogaria no dia seguinte. E neste domingo, o Alvinegro de Caruaru fez a sua parte (finalmente) e ganhou dos sergipanos do River por 5 x 2. Misto de alegria e dúvida no Lacerdão.

Motivo: o time pernambucano chegou aos quatro pontos, mas permaneceu em 4º lugar no Grupo 5 da Série D.

Matemática para a classificação na próxima e última rodada: vencer o Flu em Feira de Santana e torcer para que o River, em casa, não ganhe do já classificado Treze, cuja liderança também já está garantida. Conta bem simples, não?!

Vale lembrar que o Central, o time mais imprevisível do estado, conseguiu exatamente esta equação na última rodada do Pernambucano, quando avançou à semifinal…

Dos canaviais para a arquibancada

Diario de Pernambuco: 15/08/2010. Caderno de esportes. Arte: Jarbas Domingos/Diario de PernambucoAcredite se quiser, mas as 42.214 cadeiras da arena pernambucana para a Copa do Mundo serão feitas a partir da cana-de-açucar. Zona da Mata!

É um plástico 100% renovável.

Há décadas, o produto era feito a partir do petróleo. A Braskem, braço petroquímico da Odebrecht, que lidera o consórcio do estádio, desenvolveu  o biopolietileno após cinco anos de pesquisa.

A arena em São Lourenço da Mata será a primeira do mundo com este tipo de assento.

Leia a reportagem completa sobre a sustentabilidade do estádio pernambucano – em mais um ótimo trabalho de arte do diagramador Jarbas Domingos – clicando AQUI.

Passatempo pernambucano

Federação Pernambucana de Futebol (FPF)A 16ª edição da Copa Pernambuco vai começar em setembro. Ao contrário de outras copas estaduais, a versão pernambucana não classifica para absolutamente nada. Não vale vaga na Série D do Brasileiro e muito menos um lugar na Copa do Brasil.

O torneio existe apenas para movimentar os clubes do interior no segundo semestre e os elencos numerosos dos clubes da capital. Mas a competição – com a chancela da Federação Pernambucana de Futebol (FPF) – está aí e já volta com o show de estádios vazios e jogos de baixo nível técnico.

Atual bicampeão, o Santa Cruz poderá se tornar o primeiro clube a vencer a copinha por três vezes seguidas. O Sport, por sua vez, busca igualar o recorde do antigo Recife, que ganhou quatro edições, sendo a última delas há oito anos.

O Náutico ainda luta pela primeira conquista, após os vices em 2003 e 2007. Já o interior que voltar a erguer a taça após cinco anos. Então, vamos à nova enquete.

Qual é o seu grau de interesse na Copa Pernambuco?

Gosta, moderado ou nenhum? Vote!

Campeões da Copa Pernambuco

  • 4 – Recife (1996, 1997, 2000 e 2002)
  • 3 – Sport (1998, 2003 e 2007)
  • 2 – Vitória (1995 e 2004) e Santa Cruz (2008 e 2009)
  • 1 – Ypiranga (1994), Porto (1999), Central (2001) e Salgueiro (2005)

Maior que o Santa Cruz

Uma leve pausa no campo esportivo. Se bem que a ideia do post partiu de uma frase de um jogador de futebol… Nesta semana, o atacante tricolor Brasão usou uma camisa azul – que ele mandou confeccionar – com a frase “Nada é maior que o Santa Cruz”.

Certamente, os astrônomos duvidam disso. Veja o vídeo abaixo e tire as suas dúvidas.

A estrela final é a VY Canis Majoris, a maior já catalogada na categoria hipergigante.

Imagine uma aeronave voando a 900 km/h. Ok. Pois seriam necessários 1.100 anos para dar uma volta completa. Somente…

Hora de desenterrar os fantasmas

Diario de Pernambuco: 15/08/2010. Capa do caderno de esportesA capa ao lado está na edição deste domingo do Diario de Pernambuco. No alto, a novidade, com o novo “distintivo” do caderno Superesportes. Na imagem rasgada em toda a página, a “zica” do Santa Cruz.

Brasão – sempre ele – deu a dica. Insinuou que enterraram sapos no gramado do Mundão. Então, nada como uma foto da obra que reformou o estádio no ano passado, para receber o jogo da Seleção Brasileira.

Será que alguém enterrou ali? Improvável.

Com sapo enterrado, cabeça de burro, gato preto, escada, espelho quebrado ou sei lá o que mais, a verdade é que o Tricolor precisa vencer o Potiguar no Arruda, a partir das 16h.

São dois anos, ou nove jogos, sem uma vitória sequer em campeonatos brasileiros em casa!

Vai com fé, Santinha… O povão te espera.

Leia a reportagem completa sobre o jogo decisivo da Cobra Coral neste domingo AQUI.