O homem mais blindado da Odebrecht

Arquiteto Daniel Fernandes, responsável pelo projeto da Arena Pernambuco. Foto: Target Consultoria/divulgação

Acima, o homem que desenhou o futuro do futebol pernambucano em 2014… Em tese.

De seu escritório em São Paulo, na Vila Olimpia, o arquiteto paulistano Daniel Fernandes vai escrevendo o seu nome no cenário que se apresenta para o futebol brasileiro.

Após a vitória da Odebrecht na licitação do estádio, coube ao arquiteto, da Fernandes Arquitetos Associados, projetar a Arena Pernambuco, orçada em R$ 532 milhões.

Com um projeto moderno e grandioso, o arquiteto acabou sendo blindado pela construtora. A articulação para conseguir uma entrevista demorou semanas, mas saiu.

A clara intenção era evitar o vazamento de qualquer detalhe do estádio.

Confira no Diario de Pernambuco a entrevista por e-mail (condição estabelecida pela Odebrecht) com Daniel Fernandes clicando AQUI.

Entre outras perguntas via web, está o questionamento do blog sobre o fato da Arena Pernambuco ser bem parecida com o Estádio Nacional de Varsóvia, na Polônia, palco da abertura da Eurocopa de 2012 (veja a imagem AQUI).

Ele reconheceu que são semelhantes…

2014, confirma

Urna eletrônica

Eleições de 2010.

Neste domingo, o país escolhe os seus governantes para os próximos quatro anos. Essa votação em massa vai refletir diretamente no futuro do esporte no Brasil.

Presidente e governadores eleitos terão uma missão: preparar todo o terreno organizacional para o Mundial de 2014. Investir, evitar corrupção e cumprir prazos.

Eleito como uma das 12 subsedes da Copa, Pernambuco terá um papel importante neste gigantesco processo. Aqui, por sinal, são mais de seis milhões de eleitores, de um total de 135,8 milhões espalhados nas 27 unidades federativas do país.

Especial do Diario nas eleições de 2010Antes mesmo do anúncio dos vencedores nas urnas, o Diario de Pernambuco lançou, neste domingo, o especial Que estado é este? Que país é este?, abordando vários pontos que devem ser observados a partir de agora, como a expectativa de crescimento e a necessidade de melhora.

Entre eles, o Mundial da Fifa. Leia os textos sobre o papel do governo (Pernambuco e Brasil) nessa competição AQUI e AQUI. Abaixo, um trecho.

O momento econômico do Brasil permite grandes sonhos. No campo esportivo isso é apontado pela dobradinha histórica com a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Para se ter uma ideia do que isso significa, basta dizer que o último país a conseguir isso foi a superpotência econômica, os Estados Unidos, entre 1994 (Copa) e 1996 (Olimpíada). Economia sólida, dinheiro “guardado” no pré-sal e bons olhos do mercado internacional formaram o lastro político do Brasil nesta década para que a meta fosse alcançada. O país tem, agora, a possibilidade de se “apresentar” de vez ao mundo como uma nação capaz de evoluir além da sigla Bric, a expressão que congrega importantes países em desenvolvimento, e que conta ainda com Rússia, Índia e China. O tal “país do futuro” quer fincar os pés no presente. O novo – ou nova – presidente terá em sua gestão esse grande salto, com uma responsabilidade grande. Muito além de um campo de futebol ou disputa por medalhas.