Os últimos serão os primeiros

Los Angeles Clippers 100 x 92 Cleveland Cavaliers. Foto: NBA/divulgação

Los Angeles – Caso raríssimo na NBA: uma cidade com duas equipes de basquete. Assim é LA, terra do gigante Lakers e do pequeno Clippers.

Clippers na quadra, Staples Center lotado? Nem tanto. Ao contrário do rival e multicampeão, o Clippers nunca venceu o playoff final. Mas tem a sua torcida, fiel.

Cerca de duas horas antes do jogo na manhã deste sábado já era possível ver do hotel, ao lado do ginásio, a turma das camisas tricolores (azul, branco e vermelho) chegando e bebendo no dia mais frio desde que cheguei nos EUA, com 14 graus e muito vento.

Sobre a torcida do Clippers, também de origem mais humilde, os torcedores do Lakers provocaram aqui: “Eles vão para os jogos para assistir aos adversários”.

Brincadeira relacionado ao histórico fraco desempenho da franquia (veja o site AQUI).

Mas a turma do time criado em 1970 (e que adotou LA em 1984) diz que isso deverá mudar em até “três anos”. Prazo para a maturação do jovem time liderado pelo ala Blake Griffin, de 22 anos e cujo aniversário foi na última quarta.

Griffin (foto) foi o cestinha da vitória por 100 x 92 sobre o Cleveland Cavaliers com 30 pontos, 8 assistências e belas jogadas. Ele foi apontado como o melhor jogador universitário em 2009, durante o draft (seleção de novatos) da NBA.

Então, como ele foi parar no Clippers? Pela regra da liga, para equilibrar a disputa, o pior time do ano anterior tem o direito de escolher primeiro…

Não surpreendeu a lanterninha. Até hoje foram 1.195 vitórias e 2.100 derrotas!

Na atual temporada, m 69 jogos, o Clippers só venceu 26, com 37% de aproveitamento. Imagine o desempenho sem o Griffin…

Ainda assim, a torcida compra, e muito, os produtos do time. Vai entender!

Loja do Los Angeles Clippers no Staples Center. Foto: Cassio Zirpoli

NFL volta à Hollywood

Oakland Raiders e Saint Louis Rams, ex-times de Los Angeles na NFL

Los Angeles – A franquia como algo inerente ao esporte dos Estados Unidos havia sido o tema da postagem publicada na sexta-feira (veja aqui). Eis que no mesmo dia, à tarde, a entrevista com a cúpula da AEG Facilities – que vai desenvolver a estrutura de entretenimento da Arena Pernambuco – ampliou o assunto com novidades. Apesar de ser a segunda maior cidade do país, com quase 4 milhões de habitantes (e uma região metropolitana de 17 milhões de pessoas), Los Angeles não conta com representante algum na NFL, a liga de futebol americano, a mais rica dos EUA.

Nem sempre foi assim… Até 1995, L.A. contava com dois times, o Raiders e o Rams.

O primeiro – tricampeão do Superbowl – é conhecido como uma equipe de torcida mais violenta, além de ser a preferência dos “motoqueiros das estradas”, já no folclore. O Rams, por sua vez, era o time de torcida em todas áreas da cidade. De uma só vez, ambos mudaram de cidade. O Raiders retornou para Oakland (onde jogava até 1982), enquanto o Rams se mandou para Saint Louis, após a venda da franquia. Afinal, são negócios. Um cheque acabou com todo o amor dos antigos fãs.

Foi um golpe duro na torcida, que passou a acompanhar a NFL apenas pela TV. Numa comparação brazuca, é como se o Recife deixasse de ter os seus três grandes clubes de futebol!

Agora, essa espera em Los Angeles tem data para acabar: 2015. A ideia é construir um estádio com 78 mil lugares ao lado do ginásio Staples Center, ao custo de quase US$ 1 bilhão. Será chamado de Farmers Field, num contrato de naming rights com uma empresa de seguros. O time? Ainda não foi revelado…

Ao blog, o vice-presidente da AEG, Ted Tanner, comentou:

“O estádio não existe, o time ainda não foi divulgado, mas já temos um contrato para o nome do local com 30 anos de duração (no valor de US$ 700 milhões). Vamos comprar alguma franquia que já existe, mas não posso dizer para você qual será.”

Como a NFL é fechada com 32 times (sem acesso e descenso), alguém vai ceder. Perguntei se poderia ser a volta do Rams ou Raiders e Ted disse: “Provavelmente, não”. Porém, o executivo não deu 100% de certeza. Portanto, a conferir.

Até o fim do hiato serão 20 anos sem football na cidade, proporcionados por (falta de) interesses econômicos. Que o futebol não copie esta linha de negociações…

O “dono” do Staples Center

Los Angeles Lakers 106 x 98 Minnesota Timberwolves. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Los Angeles “MVP, MVP, MVP!” A sigla significa Most Valuable Player, ou “jogador mais valioso”. A torcida do Lakers grita isso a todo instante, direcionando a um só jogador, o astro Kobe Bryant, MVP das duas últimas finais da liga norte-americana de basquete. Não por acaso, o Los Angeles Lakers é o atual bicampeão da NBA.

Na noite desta sexta, Kobe, de 32 anos, não teve uma de suas melhores atuações. Ainda assim, o ala de camisa número 24 marcou 18 pontos e deu cinco assistências. Mas bastava uma lance de mais habilidade e força para o Staples Center ir abaixo.

Os 20 mil presentes aguardavam toques de genialidade do maior jogador de basquete da última década. Lotação esgotada para a temporada inteira. Haja cambistas…

Um sparring perfeito. O vice-lanterna da Conferência Oeste, o Minnesota Timberwolves.

E o Lakers venceu mesmo? Sim… Mas a partida foi equilibradíssima, com o adversário mostrando o verdadeiro “Espírito de Libertadores” em três quartos do confronto! Chegou a cravar 91 x 90, a poucos minutos do fim da partida.

A tensão no placar se refletiu na quadra com uma cena rara: expulsão dupla, um de cada lado, e duas faltas técnicas no mesmo lance. Mas deu Lakers: 106 x 98.

Kobe sabe que não foi bem. Para o público, pouco importa. O grito na quadra era um só: “MVP… MVP…” Saiba mais sobre a carreira de Kobe Bryant AQUI.

Abaixo, o vídeo que eu gravei na entrada do camarote da AEG Facilities . Espaço luxuoso para 12 pessoas. Preço? Pela temporada inteira, incluindo todas as partidas das modalidades disputadas no ginásio, além dos shows, a bagatela de US$ 500 mil.

Na nossa moeda, R$ 835 mil. E olhe que a empresa assinou por cinco anos…

Sala da tranquilidade

LA Live. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Los Angeles – Mais um post sobre o LA Live, o megacomplexo de entretenimento de 2,5 bilhõesde dólares na California.

A tarefa é simples. Tente identificar o que é a imagem acima…

Bar? Restaurante? Boliche? Biblioteca? Sala de espera do Staples Center? Área VIP?

Tudo isso tem por lá, mas trata-se de outra opção.

Mesmo com 20 mil pessoas, a lotação máxima do ginásio, e um volume enorme de jornalistas, esse local é a sala de imprensa da quadra onde o Lakers manda as suas partidas desde 1999.

Vazio, vazio… Parece até que a partida estava desinteressante.

A verdade é que o espaço é gigante. Vou torcer para que a estrutura para a mídia nos estádios brasileiros da Copa do Mundo de 2014 seja semelhante…

A moral do forasteiro no bar da ESPN

ESPN Zone, em Los Angeles. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Los Angeles – Já imaginou um cardápio que muda a cada rodada, ao gosto do torcedor do time visitante? Assim funciona o menu do ESPN Zone, última unidade da antiga cadeia de bares da ESPN, o maior canal de esportes na TV por assinatura no mundo.

O ESPN Zone fica dentro do complexo do AEG Center, também conhecido como LA Live.

Parte do menu é moldada para o estilo de cada torcida forasteira (“away”) presente no calendário de jogos em Los Angeles, com comidas tradicionais de sedes como Nova York, Miami, Chicago, Dallas…

Ou seja: se algum dia um time pernambucano de basquete “disputar” uma partida na casa do Lakers, peça uma tapioca no ESPN Zone, pois certamente vão servir…

Equipado com um painel com 13 televisões de alta definição, o lugar conta com uma gama incrível de transmissões esportivas, via Direct TV.

O bar funciona com uma verdadeira prévia dos eventos esportivos do Staples Center, a menos de 100 metros dali. A cerveja corre solta, lembrando que nos Estados Unidos apenas maiores de 21 anos podem consumir bebida alcoólica.