América 9 – A história ainda será feita em Mendoza

Copa América 2011: Argentina 1x1 Uruguai. Foto: AFA/divulgaçao

Buenos Aires – Se a cidade de Jujuy já se despediu da Copa América após dois jogos, agora finalmente ocorreu a estreia de Mendoza, a quarta maior cidade do país.

Com 1 milhão de habitantes e um estádio com 45 mil lugares (Malvinas Argentinas), Mendoza estará presente até a semifinal do torneio.

Lá, a história do futebol já se fez presente. Em 1978, no último Mundial na América do Sul, o holandês Resenbrink anotou o gol nº 1.000 das Copas.

A noite desta sexta-feira, certamente, não foi um dos maiores capítulos esportivos de Mendoza, mas Uruguai e Chile fizeram uma partida de muita luta, com sete cartões.

Na Celeste, ressabiada pelo tropeço diante do time do Peru, duas chances perdidas nos primeiros 45 minutos com Suárez (travessão) e Forlán. E só.

No segundo tempo, aos 8, Pereira, após boa trama dentro da área, finalizou rasteiro. Festa uruguaia, curta. Maior aposta da Roja, Alexis Sanchéz empatou.

O empate em 1 x 1 deixou o caminho aberto para a história,, inclusive em Mendoza.

Copa América 2011: Uruguai 1x1 Chile. Foto: AFA/divulgaçao

Trilha das batalhas pela América

Buenos Aires – Antes de todos os eventos oficiais do torneio nos estádios e na TV argentina é realizado algo de praxe: música. No caso, Creo en America, a canção oficial da Copa América, cantada por Diego Torres, Ivete Sangalo e Choquitown.

Assista ao videoclipe oficial da trilha sonora em busca do troféu.

Em vez de gols, votos

Eleição em Buenos Aires, em 2011. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Neste domingo, nada de jogos na capital. Nas ruas, em vez de bandeiras, propaganda eleitoral, em todos os cantos. A população portenha irá às urnas.

Nas principais avenidas do centro foi quase impossível não encontrar esta semana militantes distribuindo santinhos de candidatos ao cargo de Jefe de Gobierno, para comandar Buenos Aires. Um deles chama a atenção… Javier Castrilli.

O ex-árbitro é conhecido de tricolores e rubro-negros por causa de uma atuação polêmica em um Clássico das Multidões em 1996, vencido pelo Sport, no Arruda.

Castrilli, que trabalhou nos gramados até 2008, faz parte do partido Acción Ciudadana.

O baixo índice de popularidade de Javier Castrilli, de 54 anos e que teve menos de 5% no último pleito, deve ser reflexo de seu comportamento nos gramados…

Curiosamente, o cargo atual de prefeito também está ligado ao futebol, com Mauricio Macri, ex-presidente do Boca Juniors entre 1995 e 2007.

Vale destacar que esta não é uma eleição para a região metropolitana de 12,8 milhões de habitantes, mas uma disputa pela capita federal, com 2,8 milhões de moradores e centro político do país, sob os olhares da presidente Cristina Kirchner.

Eleição também sob os olhares de Maradona, é claro.

Toque de bola de Pedra a Ganso

Paulo Henrique Ganso no treino da Seleção Brasileiro em Los Cardales, na Copa América 2011. Foto: CBF/divulgação

Buenos Aires – Camisa 10 da Seleção na Copa América, o meia Paulo Henrique Ganso tem um estilo bem diferente do amigo e companheiro de Santos, Neymar.

Comedido nas entrevistas, no Twitter e no corte de cabelo. Em campo, a personalidade de um jogador diferenciado. Mesmo caladão, Ganso já virou referência entre os demais jogadores do Brasil. Eis uma expressão constante nos treinos em Los Cardales:

“Boa, Ganso!”

Neste exemplo, o grito foi dado por André Santos ao também lateral-esquerdo Adriano Correia, após um cruzamento na medida para Pato, que cabeceou para as redes em um treino de fundamentos. Sim… O passe certeiro ganhou o apelido de “Ganso”.

Por outro lado, quando o passe sai desordenado, os jogadores não perdoam…

“Segura essa pedrada!”

Ganso e Neymar na Seleção. Foto: Nike/divulgação

Terra de torcedores, hinchas e heróis

Buenos Aires – Mesmo que não estivesse sediando a Copa América, a capital argentina ainda estaria respirando futebol dia e noite. Com mais de 15 clubes na região metropolitana, Buenos Aires é recheada de bares temáticos, exalando rivalidade.

Em novembro de 2010, na viagem anterior, o blog postou um exemplo de bares assim, com o Locos por el Fútbol. Agora é a vez do Tierra de Heroes, reduto de fanáticos.

Ao contrário do primeiro, mais moderno e localizado na nobre Recoleta, este fica na Avenida Corrientes, a 300 metros do Obelisco, no centro da cidade.

Se não conta com 15 televisões de LCD, o Tierra de Heroes tem um acervo histórico impressionante, com bolas de várias épocas, camisas de seleções e clubes argentinos assinadas por craques como Riquelme, além de um uniforme exclusivo do Santos, de Pelé. É possível ver até o primeiro cartão de acesso de Messi no Barcelona!

Chama a atenção as réplicas dos troféus da Copa do Mundo (Taça Fifa e Taça Jules Rimet), Liga dos Campeões da Uefa e Libertadores. Com esta, basta pagar 10 pesos (R$ 4) para tirar uma foto erguendo o troféu. Ponto para assistir à Copa América.

Ambiente legal, mas faltou uma coisa… Faltou a réplica da Copa América.

Aquecido pelo distintivo nacional

Cachecol das seleções da Copa América. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Dos 26 jogos programados para a Copa América de 2011, na Argentina, 18 vão começar no mínimo às 18h30, já no início da noite.

Obviamente, esse horário colabora para um frio mais intenso nos estádios durante a competição, abaixo de 8 graus, como o blog já havia postado (veja aqui).

Então, para os torcedores/hinchas, o jeito é ir aos jogos com bons agasalhos. Na Rua Florida, a venda de cachecol é o destaque nas “ofertas” espalhadas pelo chão.

A peça “genérica”, com os símbolos das seleções, custa 35 pesos, ou R$ 14. Nota-se que seis países participantes foram preteridos…