América 18 – Prazer, Brasil

Copa América 2011: Brasil 4x2 Equador. Foto: CBF/divulgação

Buenos Aires – Futebol, futebol, futebol… Uma hora teria que aparecer, né? O time mais criticado da competição encerrou a primeira fase revertando toda a avalanche de cobranças, com o melhor ataque e a liderança.

De ameaçado a único favorito em primeiro lugar no seu grupo, no caso, o B.

Mas, para isso, o mesmo sofrimento das primeiras rodadas. O jogo já estava no segundo tempo, com 15 minutos, e o placar seguia 2 x 2. Felipe Caicedo, em duas falhas do goleiro Júlio César, insistia pelo lado equatoriano…

Mas, como já foi dito, o ataque funcionou. Literalmente, o ataque.

Quatro gols, sendo dois de Alexandre Pato, preciso na cabeçada e atento no rebote, e mais dois de Neymar, finalizando uma assistência de Ganso e escorando um cruzamento de Maicon, com um volume de jogo incrível pelo lado direito da Seleção.

Sim, a zaga voltou a ser vazada, mas, dessa vez, o ataque correspondeu com sobras e a Canarinha venceu, na noite desta quarta-feira, por 4 x 2.

O Brasil, enfim, está nas quartas de final da Copa América. O susto do vexame passou e o sonho pelo tricampeonato está mais vivo do que nunca.

Os comandados de Mano Menezes vão para onde queriam, La Plata, mas para enfrentar um adversário que não estava nos planos.

O Paraguai, vale lembrar, é o adversário sul-americano de melhor retrospecto contra a Seleção desde 2000, com 4 vitórias para cada lado e dois empates.

Copa América 2011: Brasil 4x2 Equador. Foto: CBF/divulgação

América 17 – Chuva de respeito em Salta

Copa América 2011: Venezuela 3x3 Paraguai. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Recorde de gols na fase de grupos da Copa América. Foram seis tentos em Salta, nesta quarta, em um movimentando Venezuela x Paraguai.

O time da camisa vinho tinto abriu o placar logo aos 5 minutos, em um chutaço de Rondon. Mostrando personalidade, como nas rodadas anteriores, a Venezuela, outrorora saco de pancadas do continente, seguiu criando chances e aquase ampliou.

Em uma reação com bolas paradas, o Paraguai virou para 3 x 1, mas o adversário foi buscar o empate aos 44 e 47, com Miku e Perozo, em um eletrizante 3 x 3.

Decepção para os oito mil torcedores do , que tomaram o estádio – apesar da classificação das duas seleções. Com uma vitória e dois empates, a Venezuela encerra a 1ª fase com uma bela campanha. Agora, vai por uma inédita semifinal.

Essa mudança, em uma década, foi provocada pelo investimento no futebol local, com atletas estrangeiros – sobretudo argentinos. Ainda assim, o país é o único membro da Conmebol onde o futebol não é o esporte mais popular. Lá, perde para o basebol.

Após o empate, o técnico Cesar Farias, do país de Hugo Chavez, disse na lata:

“A Venezuela grita para toda a America do Sul por respeito no futebol.”

Nos últimos oito jogos pela Copa América, a seleção só perdeu uma vez… Pois é.

Copa América 2011: Venezuela 3x3 Paraguai. Foto: AFA/divulgação

Melhor do mundo x Melhor do Mundial

Lionel Messi x Diego Forlán. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Assim como 1987, argentinos e uruguaios voltam a se enfrentar em um mata-mata na Copa América na Argentina. Clássico mudar o rumo do Rio da Prata.

Há 24 anos, em pleno Monumental de Nuñez, com 75 mil pessoas, a Celeste venceu a semifinal por 1 x 0, gol de Alzamendi. O adversário contava com um tal de Maradona…

Agora, pelas quartas de final, no estádio Cemitério de Elefantes, neste sábado, um duelo à parte com dois craques. Lionel Messi, apontado pela Fifa como o melhor do mundo em 2009 e 2010, versus Diego Forlán, craque da última Copa do Mundo.

Cada um já entrou em campo três vezes. Nenhum deles balançou as redes… Apesar disso, Messi já foi escolhido pela organização do torneio como o melhor em dois jogos, enquanto o Forlán ganhou o prêmio em uma partida.

Abaixo, um comparativo com as estatísticas dos dois meias na Copa América de 2011.

Legenda: PC – passes certos; PE – passes errados; CC – cruzamentos certos; CE – cruzamentos errados; LC – lançamentos certos; DC – dribles certos; DC – desarmes certos; DE – desarmes errados – FC – finalizações certas; FE – finalizações erradas

Lionel Messi x Diego Forlán. Foto: AFA/divulgação

Pacotes à venda, implorando pela Seleção

Agência de turismo em Buenos Aires com pacotes para a Seleção Brasileira. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – A presença das torcidas estrangeiras na Copa América vem sendo algo surpreendente nesta edição de 2011.

Em Córdoba foram mais de 16 mil paraguaios diante do Brasil.

Em Mendoza, duas vezes, e San Juan, o Chile levou 20 mil hinchas em cada jogo. Tanto apoio rendeu a primeira colocação no grupo C.

Em La Plata, quase 30 mil uruguaios atravessaram o Rio da Prata para curtir a classificação da Celeste sobre o  México.

Os brasileiros, apesar da quantidade inesgotável de turistas na capital argentina, ainda não tiveram uma presença absoluta em um estádio nesta Copa América.

Apesar disso, os pacotes estão à venda buscando este público verde e amarelo.

No centro da cidade as agências de turismo vem fazendo a festa, com pacotes de até 1.200 pesos para Córdoba, no duelo contra o Equador (veja outros locais aqui).

Pacotes para todo o mata-mata também estão na lista. Por isso, as agências portenhas estão torcendo – acredite – pelo sucesso da Seleção, pelo menos até a final.

Vale até vestir camisas genéricas da Seleção e falar portunhol…

Marcação implacável em Forlán

Diego Forlán na zona mista da Copa América após Uruguai 1x0 México. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Após brilhar em campo e ser eleito o melhor da partida pela organização da Copa América, Diego Forlán precisou encarar uma muralha de repórteres.

Na desorganizada zona mista na sequência de Uruguai 1 x 0 México, com jornaistas, voluntários, torcedores e curiosos, os jogadores das duas seleções passaram em um corredor de cerca de 50 metros, com painéis dos patrocinadores no fundo.

A cada passo, uma novas entrevistas. Alguns atletas, ainda desconhecidos, saíram rapidamente para os ônibus oficiais, mas falaram pelo menos uma vez.

Forlán não… O blog acompanhou o trajeto do camisa 10 da Celeste do começo ao fim.

Foram quase 20 minutos para percorrer 50 metros. Ele parou em seis focos diferentes com câmeras de TV e radialistas.

Paciente, o uruguaio procurou atender à imprensa, sobretudo a de seu país, com preferência na hora das respostas, pois eram dez perguntas feitas ao mesmo tempo.

Agora, imagine essa zona mista no estádio Cemitério de Elefantes, no sábado.

Diego Forlán e Lionel Messi no mesmo corredor. Coragem…