América 25 – Cubillas já pode descansar

Copa América 2011: Peru 4x1 Venezuela. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – A última grande geração de futebolistas peruanos acabou em 1975, no auge, em um time com Cubillas, Oblitas e Chumpitaz. Aquela seleção chegou ao topo do continente, conquistando a Copa América. Desde então, apenas campanhas medianas.

Várias delas vexatórias, inclusive. A hinchada sempre esperou pela redenção.

Neste sábado, o time alvirrubro voltou a dar alegria aos 30 milhões de peruanos, conquistando a medalha de bronze na maior competição das Américas, na sua melhor colocação em 36 anos, ou 13 edições depois daquela volta olímpica inesquecível.

Agora é a vez da geração de Vargas, Guerrero e Chiroque. Eles mostraram que o país irá brigar com força por uma vaga na Copa do Mundo do Brasil, em 2014, após a última colocação nas Eliminatórias para o Mundial da África do Sul.

Depois da eliminação diante do Uruguai, restava o consolo pela medalha de bronze no estádio Único. Time e torcida entraram motivados – mesmo com o clima de ressaca na partida -, justificando o empenho com uma goleada sobre a Venezuela por 4 x 1.

Destaque para os três gols de José Paolo Guerrero, agora o artilheiro disparado da Copa Amérdca, com cinco gols, se garantindo na seleção na última rodada…

Parabéns também aos venezuelanos, em sua melhor performance, com o “cobre”.

Medalha de ouro em La Plata

Musa venezuela em La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Clima de absoluta tranquilidade no jogo Venezuela x Peru até que surge na tribuna de imprensa, de biquini, mesmo com o frio no estádio Único, a modelo Vianca Dugarte, entregando um folheto de divulgação com a frase:

“Una diosa recorriendo Venezuela”

Uma deusa rodando a Venezuela. Neste sábado, fez uma visita na Argentina também.

Capa da Playboy do país de Hugo Chávez em 2010.

No post, os dois lados da medalha de ouro da Venezuela.

Por alguns minutos a Copa América foi deixada de lado pela torcida, e parte da imprensa. Basta reparar quantos ficaram de costas para o jogo…

Musa venezuela em La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Aliviado, Blatter reaparece na Argentina

Joseph Blatter na decisão do 3º lugar da Copa América de 2011, entre Venezuela e Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Presença ilustre na Copa América. Com uma agenda bem apertada, o suíço Joseph Blatter, presidente da Fifa, desembarcou em Ezeira para participar de todos os eventos finais da principal competição da Conmebol.

Ações ao lado do mandatário da entidade, o paraguaio Nicolás Leoz. O primeiro ato foi já na disputa pelo terceiro lugar, neste sábado.

Após conseguir contornar daquele jeito o escândalo de corrupção durante o processo eleitoral da Fifa, Blatter agora se mostra mais aliviado para visitar os filiados…

Aqui na Argentina ele esteve o tempo todo cercado por três seguranças. Trio de terno, óculos escuros e mão no ouvido o tempo todo para captar o som dos eletrônicos.

Sepp Blatter até acenou para a torcida no estádio Único após cumprimentar os jogadores no campo. Depois, se dirigiu ao camarote exclusivo da organização da Copa América. Evitou o batalhão de repórteres na beira do surrado gramado.

Blatter, de 75 anos, está à frente da Fifa desde 1998. Trabalha no 4º mandato.

Leoz, de 83 anos, comanda a Conmebol desde 1986. Já está no 6º mandato.

Parece coincidência… Talvez seja mesmo!

Joseph Blatter na decisão do 3º lugar da Copa América de 2011, entre Venezuela e Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Duelo da ressaca

Copa América 2011: Venezuela x Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Cada vez mais, a disputa pelo 3º lugar cai em desuso no futebol. Torneios eliminatórios de grande porte, como a Eurocopa, já não contam mais com essa fase.

Outros, incluindo uma tal de Copa do Mundo, ainda reservam o dia mais sem graça da competição. No entanto, é inegável que a animação não é mesma. O clima de ressaca contamina as arquibancadas, dos dois lados.

Muitas vezes, o público sequer comparece. Esse é o caso da peleja valendo a medalha de bronze na Copa América de 2011, além da medalha de cobre, para o 4º lugar.

No estádio Único, pouca movimentação no entorno da arena argentina, uma bandeira aqui e outra ali e, no fim, o protocolo obrigatório de decidir o terceiro melhor time do torneio, com a partida deste sábado entre venezuelanos e peruanos.

A sala de imprensa, porém, segue cheia… Não há como pular o cronograma!

Mas vale a pergunta…

Todos as competições entre seleções deveriam ter a decisão de terceiro lugar?

Você costuma assistir…?

Sala de imprensa do estádio Único, em La Plata, no jogo Venezuela x Peru. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Vale uma vaga para a Copa no Brasil, em 2013

Copa América 2004: Uruguai 3x1 Paraguai. Foto: Conmebol/divulgação

Buenos Aires – Uruguai e Paraguai não se enfrentavam na Copa América desde 2004, com o registro da foto acima (Celeste 3 x 1).

O hiato será quebrado com o episódio mais importante da história deste confronto, em uma inédita final na 43ª edição do torneio de seleções mais antigo do mundo.

Veja a relação de jogos envolvendo os rivais na Copa América aqui.

Porém, ainda tem mais em jogo neste domingo, no Monumental de Nuñez…

Além do título continental, o time charrúa e a equipe guarani vão disputar a vaga sul-americana na Copa das Confederações de 2013, a ser disputada no Brasil.

A Copa América vai definir a 4ª vaga por índice técnico para o vestibular do Mundial. Ao todo, serão oito países divididos em dois grupos de quatro, com semifinal e final.

1) Brasil – País-sede
2) Espanha – Campeã mundial em 2010
3) Japão – Campeão da Ásia 2011
4) México – Campeão da Concacaf 2011
5) Uruguai ou Paraguai – Copa América 2011

Demais vagas: Eurocopa 2012, Copa da Oceania 2012 e Copa da África 2013.

O importante é competir

 

Medalhas oficiais da Copa América 2011. Foto: Conmebol/divulgação

Buenos Aires – A Conmebol realmente gosta de “inovar”, ainda que de forma curiosa, quase sempre para tentar agradar todos os filiados, mesmo sem necessidade.

A entidade apresentou nesta quinta-feira as medalhas oficiais da Copa América de 2011.

Acima, o quadro com quatro modelos autorizados pela Conmebol.

Ao campeão, ouro.

Ao vice, prata.

Ao terceiro lugar, bronze.

Ao quarto lugar, cobre. Cobre?!

Ou seja, Venezuela e Peru poderão jogar tranquilamente no sábado, em La Plata, pois ninguém sairá de mãos vazias no confronto…

Cada seleção classificada à semifinal vai ganhar 30 medalhas, de acordo com a posição, é claro. Os outros oito países vão ganhar diplomas pela participação.

Para o Brasil, então, o importante foi competir…

Depois de tricolores x rubro-negros, uruguaios x paraguaios

Sálvio Spínola, árbitro da final da Copa América de 2011. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Em 15 de maio deste ano, no Arruda, o árbitro Sálvio Spínola comandou a finalíssima do Campeonato Pernambucano, entre Santa Cruz e Sport.

A histórica conquista coral foi marcada por um jogo sem polêmicas, apesar do clima adverso do Clássico das Multidões. Agora, dois meses depois, Spínola foi escalado para outra decisão, agora no torneio de seleções mais antigo do mundo.

Depois de conseguir conter os ânimos de tricolores e rubro-negros, será que Spínola vai ter pulso para garantir um mínimo de catimba entre uruguaios e paraguaios…?

Nesta Copa América, Spínola já apitou dois jogos, o empate 0 x 0 entre Argentina e Colômbia e a vitória do Chile sobre o Peru por 1 x 0.

O último brasileiro a apitar uma final da Copa América havia sido Márcio Rezende de Freitas, em 1993, quando a Argentina derrotou o México.

Esse hiato, na verdade, significa que o Brasil vinha chegando na fase decisiva…

Confira um post sobre Sálvio Spínola, também advogado, clicando aqui.

E a Copa Bolívia vai para…

Troféus da Copa América e da Copa Bolívia. Fotos: Conmebol/divulgação

Buenos Aires – Ao campeão no domingo, o tradicional troféu da Copa América, com direito a uma nova placa na base de madeira da peça ornada em prata.

O modelo é o da esquerda na imagem acima.

A taça para a melhor seleção das Américas, comprada por 2.000 francos suíços em uma joalheria de Buenos Aires, foi doada a Conmebol em 1916 pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, que realizou a primeira edição do torneio, naquele mesmo ano.

De cara, foi conquistada pelo Uruguai.

À direita, a curiosa Copa Bolívia, destinada ao vice-campeão.

Sim. Trata-se de um troféu oficial para o vice…

Pela Copa, na casa alheia

Bola oficial da Copa América 2011. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Definida a final da Copa América. Após 24 partidas realizadas, confira com ficou a classificação da primeira fase e das primeiras fases eliminatórias aqui.

Abaixo, as estatísticas da final entre uruguaios e paraguaios, somando todas as fases do torneio: PJ – jogos, PC – passes certos, FC – finalizações certas, I – impedimentos.

Uruguai x Paraguai, domingo, às 16h, em Buenos Aires (Monumental de Nuñez)

Copa América 2011, final: Uruguai x Paraguai

Em sua 43ª edição, a Copa América terá uma final inédita. Inédita, mas justa, sobretudo pelo desempenho no período de um ano. Uruguaios e paraguaios vão decidir o título com o respaldo das boas campanhas na última Copa do Mundo, na África do Sul.

A Celeste de Diego Forlán acabou em 4º lugar, enquanto o time guarani, comandado com pulso pelo técnico Gerardo Martino, alcançou as quartas de final pela primeira vez em sua história – foi eliminado pela Espanha, que seria a grande vencedora.

Nesta Copa América, no entanto, a Celeste mostrou mais. Tecnicamente superior, o time uruguaio se defende bastante, mas não desiste do ataque. O Paraguai, em 510 minutos de futebol (incluindo duas prorrogações), não somou uma vitória sequer. Falta um “enganche” para criar algo.  Previsão de muita marcação…

Com duas grandes colônias na capital argentina, o Monumental terá cara de clássico!

América 24 – Finalista legítimo, quase

Copa América 2011: Paraguai vence a Venezuela nos pênaltis na semifinal após 0x0 em 120 minutos. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Tecnicamente, um jogo fraquíssimo. Possivelmente, o pior da Copa América de 2011. O público, certamente, foi o menor, com menos de dez mil pessoas.

O frio de 1 grau congelou ainda mais o insosso duelo entre paraguaios e venezuelanos, que disputaram uma vaga na decisão da competição na noite desta quarta-feira, em Mendoza. Nos primeiros 90 minutos, absolutamente nada em campo…

Os dois times se negavam a atacar. Até queriam, mas o nível técnico não deixou, com muitos passes errados e chutes sem direção.

Foram 90 minutos sem nenhum tipo de ação. O empate  sem gols levou a semifinal a uma prorrogação que se encaminhava com o mesmo ritmo.

Mas até que o tempo extra no estádio Malvinas Argentinas foi um pouco mais animado. Logo no começo, o time da camisa vinho tinto acertou a trave duas vezes e passou a correr, exigindo muito esforço da equipe guarani. Mesmo assim, seguiu 0 x 0.

Nos pênaltis, como ocorreu no mata-mata contra o Brasil, o insípido time do Paraguai eliminou a surpreendente Venezuela por 5 x 3.

Com 5 empates em 5 jogos, o Paraguai faz história. Da forma mais curiosa possível. Mas, até aqui, vai sendo eficiente. Agora, a meta é repetir as glórias de 1953 e 1979…

Copa América 2011: Paraguai vence a Venezuela nos pênaltis na semifinal após 0x0 em 120 minutos. Foto: AFA/divulgação