Prestou continência ao Duque

Série B 2011: Náutico 1 x 0 Duque de Caxias. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

No Recife, os grandes clubes prestaram continência ao Duque de Caxias.

O lanterninha, com míseros 13,5% de aproveitamento nesta Série B, provocou um estrago nesta temporada em Rosa e Silva e na Ilha do Retiro.

Em quatro jogos contra Náutico e Sport, quatro empates. O mesmo time que perdeu 18 jogos em 27 partidas até aqui.

Ou seja, foram oito pontos perdidos diante de um clube moribundo no Brasileiro, praticamente rebaixado à Terceirona.

Na noite desta sexta-feira, o último confronto, no estádio dos Aflitos.

O então vice-líder Náutico tinha a chance de alcançar a 11ª vitória em casa, aumentando o lastro no G4 e a sua caminhada para o título.

Com quase 15 mil pessoas na arquibancada, o Alvirrubro tentou impor a blitz de sempre. Se parecia fácil, dessa vez o time teve muito trabalhar para pressionar o Duque.

Na verdade, não conseguiu. Pois é, o jogo foi equilibrado do começo ao fim.

Nos primeiros 45 minutos, o Duque chegou a criar duas boas chances para abrir o placar. Em uma delas, o atacante só não marcou porque “cheirou” a bola.

Enquanto isso, Eduardo Ramos, sozinho na criação, estava muito marcado. Derley sem a mesma movimentação na frente e Elicarlos e Everton presos apenas na contenção.

O meio-campo não foi o coração da equipe… E os outros setores seguiram a linha.

Ainda assim, mesmo sem jogar bem e passando certo sufoco no comecinho do segundo tempo, o time comandado por Waldermar Lemos abriu o marcador.

Impedido, Kieza aproveitou um cruzamento de Eduardo Ramos e mandou para as redes, anotando o seu 15º gol. É o artilheiro isolado. Na comemoração, rolou um cara-crachá.

O alívio da vitória parecia garantido para os torcedores… Parecia.

Aos 44 minutos, num péssimo rebote do goleiro Glédson, Júlio César empatou o jogo, no desespero e de meia-bicicleta. Sim, empate em 1 x 1.

O Náutico se mantém invicto em casa, com 10 vitórias e 4 empates, na sua melhor sequência em Brasileiros, mas nunca uma marca foi tão pouco comemorada.

Combalido, o Duque de Caxias minou a caminhada recifense à Série A.

Série B 2011: Náutico 1 x 0 Duque de Caxias. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Sem a colaboração do ataque e sem pontos

Série B 2011: Ponte Preta 1x0 Salgueiro. Foto: Agência Estado

Foram 72 minutos suportando a pressão da Ponte Preta.

Pressão só no campo mesmo, pois na arquibancada eram apenas 1.396 pessoas no último jogo da punição com a perda de mando de campo, em Araraquara.

O Salgueiro fez o que pôde para segurar o ímpeto do clube de Campinas.

Infelizmente, havia um limite técnico.

A Macaca marcou o solitário gol da vitória aos 28 minutos do segundo tempo.

O meia João Paulo Silva arriscou da intermediária, 1 x 0.

A retranca sertaneja caiu mais uma vez diante de um adversário paulista, novamente pelo placar mínimo. Nota-se que o ataque não colaborou nos últimos 180 minutos…

Sem ataque, sem pontos. Sem pontos, sem permanência na Série B.

México “listo” para o Pan

Confira um vídeo sobre os Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, no México.

O evento, com cerca de seis mil atletas, vai ocorrer de 14 a 30 de outubro. O vídeo se chama ¡Estamos Listos!. Traduzindo: “Estamos prontos”.

Ao todo, 42 países das Américas do Sul, Central e Norte estarão representados…

Confira outros vídeos oficiais do 16º Pan clicando aqui.

Caravanas do destino

Excursão do Sport. Foto: Sport/divulgação

Rodovia federal, BR-101.

Partindo do Marco Zero, no Recife, 287 quilômetros para o norte e 343 para o sul.

São as duas caravanas das multidões, em um sábado marcado por futebol na estrada.

Mais de cinco mil pessoas vão encarar o desafio. Haja esperança longe de casa.

Metade formada por rubro-negros e metade tricolor. Torcidas separadas por 630 quilômetros de asfalto duplicado, triplicado, em reforma, esburacado…

Os leoninos tem um trajeto levemente mais curto, de aproximadamente 3h45min.

O objetivo é ocupar o módulo 3 do estádio Frasqueirão, em Natal, às 16h20. Trata-se de um setor inteiro do estádio, atrás de uma das metas. O Leão não irá jogar sozinho…

Tampouco a Cobra-Coral, no acanhado estádio Gerson Amaral, em Coruripe. Lá, os tricolores devem ocupar mais de 40% do espaço.

Para chegar até o pacato município alagoano, já perto de Sergipe, será necessário suportar 4h20min de expectativa dentro de ônibus ou carros. Jogo? Só à noite, às 20h.

O Sport precisa de um resultado positivo para se manter firme na briga pelo G4 da Série B. O Santa, em situação delicada, joga a sua vida para seguir em frente na Série D.

Que o domingo guarde um retorno positivo para as duas massas…

Excursão do Santa Cruz. Foto: Blog do Santinha/divulgação

Os hermanos levaram olé várias vezes

Capas do Olé de 29/09/2011 e 30/06/2005

Perder um título para a Argentina, seja ele com o time principal ou não, é chato.

Do lado de lá, idem. O Olé, o periódico esportivo mais popular do país vizinho, praticamente ignorou o resultado final do Superclássico das Américas, após o vice.

O fato lembrou a histórica capa – naquele caso, num toque de genialidade jornalística – de 30 de junho de 2005, no dia seguinte à decisão da Copa das Confederações.

Na ocasião, o Brasil deu show e goleou por 4 x 1… Com direito a “olé”, como em Belém.

Neste caso de 2011 teria sido mesmo desinteresse pelo torneio ou bossa?

Confira as duas capas acima numa resolução maior clicando aqui.

Abaixo, outras duas capas após o clássico, nas quais os rivais acusaram o golpe…

Primeiro, em 3 de junho de 2004, sobre o 3 x 1 brasileiro nas Eliminatórias da Copa do Mundo, no mesmo dia em que o tenista Gustavo Kuerten foi eliminado pelo argentino David Nalbandian no grand slam de Roland Garros.

À direita, a capa pós-final da Copa América de 2007, em 16 de julho, com um categórico 3 x 0 da Canarinha, com a sigla QEPD: “Que en paz descanse“, como num túmulo.

Perceba que nas quatro edições não aparece sequer um jogador brasileiro.

Os argentinos perdem bastante, mas perdem com muito estilo…

Capas do Olé de 03/06/2004 e 16/07/2007

Alçapão do Hulk

Estádio Gerson Amaral, em Coruripe. Foto: Henrique Silva/Flickr

Acanhado, o estádio Gerson Amaral, em Coruripe, foi inaugurado em 1993, mas somente dez anos depois foi construída a arquibancada principal.

São apenas seis mil lugares, no formato alçapão. Na estrutura, dez cabines de rádio.

As fotos deste post são de 29 de janeiro deste ano, produzidas por Henrique Silva, torcedor do CRB, durante o campeonato alagoano.

Campo modesto, mas bem cuidado, a 343 quilômetros do Recife. Lá, pela primeira vez nesta Série D, o Santa Cruz irá entrar em campo diante de uma torcida “rival”.

Nos quatro jogos como visitante na 1ª fase, três ocorreram em João Pessoa, nos quais os adversários tiveram o objetivo de arrecadar mais com a “colaboração” do povão.

O outro duelo foi em Belo Jardim, contra o Porto, com maioria absoluta de tricolores. Agora, não teve jeito. O Gerson Amaral terá um visual de “clássico” neste sábado…

Na teoria, seriam 600 ingressos para os corais neste jogo de volta das oitavas de final do Brasileiro, ou 10%. Porém, serão 2.500, o que corresponde a 41%.

De fato, os dirigentes locais confiam numa invasão do Santa, mas, é bom lembrar, o restante do estádio será mesmo ocupado pela barulhenta torcida do “Hulk”…

Estádio Gerson Amaral, em Coruripe. Foto: Henrique Silva/Flickr

Serviço extra para o capitão da Seleção

Superclássico das Américas: Brasil 2 x 0 Argentina. Foto: CBF/divulgação

Dois anos e três meses de espera…

O último grito de campeão havia sido em 28 de junho de 2009, quando a Seleção venceu os EUA por 3 x 2, de virada, conquistando a Copa das Confederações.

Depois, fiasco na Copa do Mundo, na Copa América, em amistosos…

Nesta quarta-feira, ainda que em uma disputa mais modesta, um lampejo de glória.

Em um duelo sem as estrelas internacionais, o Brasil venceu a Argentina por 2 x 0, diante de 43 mil pessoas no Mangueirão, em Belém.

Assim, levou o primeiro título do Superclássico das Américas.

Nada de Messi, Kaká, Tevez ou Robinho. Espaço no gramado, então, para candidatos a novos ídolos, nos dois lados, diga-se.

No primeiro gol, um pique de 85 metros, de uma área até a outra. Em 12 segundos, Lucas armou o contragolpe e ainda concluiu a jogada, com categoria.

Depois, o meia Diego Souza observou bem e cruzou para Neymar empurrar para as redes. Gol merecido para um jogador que cansou de driblar os hermanos.

Lucas e Neymar, diferenciados. Garantidos no time “principal” do Brasil, comandado por Mano Menezes, agora com um pouco de oxigênio para trabalhar.

A vitória sobre o tradicional rival foi justa, com um futebol bem superior ao apresentado no insosso empate sem gols em Córdoba, no jogo de ida da nova copa.

Agora capitão, o meia Ronaldinho Gaúcho precisou de todas as suas forças para erguer o troféu de 17,2 quilos.

Certamente, o capitão brazuca já estava com saudades desse serviço extra.

Superclássico das Américas 2011: Brasil 2 x 0 Argentina. Foto: CBF/divulgação

Dezoito marcas em 2010. Quantas em 2014?

Patrocinadores da Fifa

Haja patrocínio no grande show do futebol…

A Copa do Mundo, como modelo de excelência em infraestrutura e visibilidade, é o grande trunfo da Fifa para obter receitas regulares em números exorbitantes.

Basta dizer que nos últimos quatro anos, 87% do faturamento da entidade, de US$ 4,19 bilhões, foi através de contratos relacionados diretamente ao Mundial da África do Sul.

Em 2010, a Fifa chegou a um acordo com 18 empresas (veja aqui).

Acima, os patrocínios já garantidos para a edição de 2014. A três anos da próxima Copa do Mundo, o número já foi igualado. Lembrando que a cota ainda não está fechada…

Sempre cabe mais uma cifra.

O primeiro título de nossas vidas

Mano Menezes e Alejandro Sabella, técnicos do Brasil e da Argentina. Foto: CBF/divulgação

Nos bastidores do estádio Mangueirão, em Belém, um encontro de pura rivalidade.

Mano Menezes, o contestado técnico da Seleção Brasileira, de 49 anos.

Alesandro Sabella, o treinador da Argentina, de 56 anos, mais conhecido por ter sido assistente de Daniel Passarella. Virou técnico somente há dois anos.

Entre o treino da Canarinha e a movimentação dos hermanos, na véspera, uma conversa rápida em portunhol, com um “boa sorte” mandrake para cada lado e pronto.

Agora, a decisão do primeiro Superclássico das Américas.

Em jogo, na noite desta quarta-feira, o primeiro título de Mano e Sabella no comando de duas das principais seleções do futebol mundial.

Para o brasileiro, o vice pode representar o limite da tolerância. Para o argentino, a sequência de resultados adversos desde o seu antecessor, na Copa América.

Duas escolas em crise, a três anos de uma Copa do Mundo na América do Sul.

A nova taça poderá amenizar o sufoco… De Mano Menezes ou Alejandro Sabella. E só.