Patrocínio do poder público banca o futebol no Nordeste

Patrocínios dos clubes do Nordestee em 2011

Dos 98 clubes que participaram da primeira divisão dos campeonatos estaduais do Nordeste deste ano, um total de 14,2% foi patrocinado pelas prefeituras municipais.

O apoio do poder público, que em Pernambuco se estende aos ingressos, parece ser vital para a saúde financeira dos clubes, uma vez que a região foi a que apresentou o maior grau de dependência de patrocínios de prefeituras. Não surpreendeu (veja aqui).

O número está inserido na pesquisa sobre a economia do futebol brasileiro produzida pela Global Sports Network (GSN), que contemplou 301 clubes de todos os estados do país (gráfico acima). Ao todo, foram levantados 463 contratos de patrocínio em 2011.

De acordo com o estudo, as empresas investiram R$ 330 milhões neste ano para expor as suas marcas nos uniformes do futebol.

Sem muita surpresa, o banco BMG ficou em primeiro lugar entre as marcas mais estampadas nas camisas dos clubes brasileiros, com 31 times, ou 10,3%. O domínio do BMG no mercado da bola já havia sido tema de um post no blog (relembre aqui).

Ao todo, 17,9% dos clubes pesquisados não tem patrocínio algum. Confira abaixo todos os dados da pesquisa, separados pelas cinco regiões.

O Náutico mais rico da história

Twitter de André Campos, do Náutico

Considerando o acesso do Náutico à Série A como algo consumado, a cúpula alvirrubra já projeta a receita do clube para a próxima temporada.

Com a verba da Arena Pernambuco, o Todos com a Nota com ingressos mais valorizados, a cota de TV da elite do Brasileiro, patrocínios e – ainda que a média prazo – o dinheiro da área dos Aflitos, o Timbu poderá arrecadar até 40 milhões de reais.

O montante foi revelado pelo presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, André Campos, nesta terça-feira, através do Twitter.

Sobre a receita, Campos definiu de forma simples: “A maior da história do clube”.

Por mês, a renda chegaria a R$ 3,3 milhões.

Para se ter uma ideia, esse valor é aproximadamente o dobro da receita atual.

Não é à toa que a eleição para o biênio 2012/2013 promete ser tão acirrada…

Torcedor alvirrubro, qual seria a sua prioridade de investimentos em 2012 com um orçamento de R$ 40 milhões?

Volta olímpica, só na Arena Pernambuco

Arena Pernambuco. Crédito: Odebrecht/divulgação

De fato, a Arena Pernambuco deverá mudar a cara do futebol local.

Inicialmente para a Copa do Mundo, mas agora encaminhado para a Copa das Confederações e confirmado para receber o Náutico, o estádio poderá fazer parte de forma ainda mais “direta” do Campeonato Pernambucano…

Para 2014, a FPF poderá articular a utilização do futuro melhor palco do estado para a fase final do Estadual. Ou seja, todos os seis jogos das semifinais e finais.

O objetivo seria agregar um valor de mercado maior à fase nobre da competição, aumentando, assim, a receita das cotas de televisionamento e patrocínios.

Para evitar qualquer tipo de vantagem para o time da casa, o Alvirrubro, a divisão das torcidas mandante e visitante nos clássicos, nessas fases decisivas, passaria dos atuais 80% e 20%, respectivamente, para 50% e 50%. Nos torneios nacionais, é bom lembrar, a relação é de 90% e 10%.

Esse modelo de mando de campo em campeonatos estaduais sob domínio das respectivas federações já é aplicado há algum tempo em São Paulo. Lá, em 2004, por exemplo, São Caetano e Paulista disputaram os dois jogos da decisão no Pacaembu.

Qual é a sua opinião sobre a possível realização de toda a fase final do Estadual na Arena Pernambuco a partir de 2014?

Confira a opinião de Carlos Alberto Oliveira sobre o assunto em março de 2010 aqui.