No currículo, uma longa invencibilidade do Salgueiro em seu reduto nesta competição, com nove vitórias e dois empates. Um retrospecto respeitável e que o Salgueiro soube valorizar bastante neste domingo, vencendo na raça por 2 x 1.
Sob um sol escaldante, com uma vital parada técnica para hidratação, no primeiro tempo, os dois times lutaram muito no Cornélio de Barros, tomado por 8.740 pessoas.
Os 11 titulares do Salgueiro entraram em campo com as camisas dos outros times do interior. Neste momento, era este o sentimento de todos. O do título ainda inédito, após 98 anos. Não é uma tarefa fácil, mas o Carcará de Neco vai aprontando.
Na primeira etapa, porém, poucas chances. Na etapa complementar, um jogo lá e cá, quando Zé Teodoro resolveu soltar um pouquinho a retranca, afiada no 3-5-2.
Saiu para o jogo e cedeu espaços. Aos 10, a melhor chance do Carcará até então. Fabrício Ceará recebeu na área, matou no pênalti e perdeu um gol embaixo da trave.
O atacante bateu forte demais, por cima. A resposta coral foi através de Renatinho, cria sertaneja, acertando o travessão. Foi só o aviso. Aos 26 minutos, o gol coral.
No rebote do goleiro Luciano, após um chute de Renatinho, Branquinho mandou para as redes. Tento que deixava os tricolores com uma vantagem gigante no confronto.
Por pouco tempo. Quase abatido, o Carcará chegou ao empate, num lance de sorte, aos 32 minutos. O lateral-direito Tamandaré cruzou na área e Tiago Cardoso aceitou.
Foi um golaço sem querer. Desestabilizou o Santa Cruz, animou o Salgueiro. Ainda mais com a expulsão do atacante Geilson, peça nula.
Aos 43, Edmar virou a partida escorando de carrinho, fazendo o Carcará voar de novo. O sonho do Sertão, aos poucos, vai se tornando real. A um empate da final.
No jogo de volta, o Santa precisará como nunca de sua torcida no Mundão…