Operação Marabá, no mais acanhado dos estádios

Estádio Zinho Oliveira, em Marabá, e o projeto do estádio Olímpico, na mesma cidade

Para avançar às quartas de final da Série C, no mata-mata do acesso, o Santa Cruz passará antes por uma verdadeira provação no estádio Zinho Oliveira, no Pará.

Sem dúvida alguma, é o campo mais precário encarado até o momento pelos tricolores nesta Terceiroma. O local tem capacidade para cinco mil pessoas, sabe-se lá como.

No estádio construído na década de 1960, a  2.728 quilômetros do Recife, o Águia ainda não foi derrotado na competição. São quatro vitórias e quatro empates.

O rendimento coral como visitante é o oposto, com quatro empates e quatro derrotas.

Apesar do gramado irregular, a média de público do time de Marabá não é das maiores. Nas oito partidas foram 7.773 pagantes, com média de apenas 971 torcedores.

O vídeo abaixo mostra a fragilidade nos critérios da CBF para liberar estádios nas divisões inferiores do futebol nacional…

Menos mal que a partir de 2013 a cidade terá um novo estádio, o Olímpico, para até 20 mil pessoas. Será a aposentadoria do acanhado Zinho Oliveira. Já era hora.

Enquanto o futuro não chega, os corais vão ter que encarar o velho estádio mesmo.

Fair Play Financeiro para moderar as gestões nos clubes

Financial Fair Play

No futebol, alguns clubes apresentam um poder de compra ilimitado. Ou pelo menos apresentavam, uma vez que uma nova era se aproxima na administração das equipes.

A gastança promovida por Chelsea e Paris Saint-Germain, turbinados por bilionários sem perspectiva de retorno num prazo aceitável, acendeu a luz amarela na Uefa sobre a competitividade imposta pela soma vultosa de dinheiro no esporte do Velho Mundo.

A partir disso foi elaborado o Fair Play Financeiro. Criado em 2009, o projeto deverá ser implantado de forma oficial a partir da temporada 2013/2014 (veja aqui).

1) Introduzir mais disciplina e racionalidade nas finanças dos clubes;
2) Diminuir a pressão sobre salários e verbas de transferências e limitar a inflação;
3) Encorajar os clubes a competir apenas com valores das suas receitas;
4) Encorajar investimentos a longo prazo no futebol juvenil e em infraestruturas;
5) Proteger a viabilidade a longo prazo do futebol europeu;
6) Assegurar que os clubes resolvem os seus problemas financeiros a tempo e horas.

Os seis pontos visam evitar a bolha econômica que vem se formando nas últimas temporadas com uma elevação das despesas acima da média.

Por fim, a regra será fundamentada na “punição”, que pode ir da perda de pontos à exclusão de campeonatos, dependendo do modelo de gestão.

Abaixo, o debate promovido pela Universidade do Futebol, com comentaristas, representantes do Ministério do Esporte e profissionais de gestão e marketing.

No Brasil, o primeiro passo deste tipo surgiu no Campeonato Paulista. O clube que chegar a três meses de atraso de salário perderá pontos no torneio.

Você aprovaria essa ideia no futebol pernambucano?