A primeira contribuição de Oscar Niemeyer no Nordeste

Projeto do Estádio Presidente Médici, do Sport, em 1971. Foto: Arquivo/Diario de Pernambuco

Faleceu aos 104 anos o arquiteto mais famoso do país, Oscar Niemeyer.

São inúmeros os projetos com a sua assinatura, como o Conjunto Pampulha, em Belo Horizonte, a cidade de Brasília, a Passarela do Samba, no Rio de Janeiro, o Museu de Arte Contemporânea, em Niterói, e o Memorial da América Latina, em São Paulo. Entre outras centenas de traços conceituados, ou curvas, como gostava.

O Nordeste também entrou na rota criativa de Niemeyer. No Recife, a história.

Uma obra inacreditável, apontada como a “mais bela praça de desportos do mundo”, segundo o Diario de Pernambuco há 41 anos. Era a primeira vez que Oscar Niemeyer apresentava um projeto para a região. Em um ensaio de megalomania futebolística, o segundo maior estádio do mundo, inferior apenas ao Maracanã. Seriam 140 mil lugares.

Era esse o audacioso projeto do Sport, lançado oficialmente em 6 de agosto de 1971.

O estádio Presidente Médici – cujo nome foi autorizado pelo então presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici – ficaria na Joana Bezerra, a menos de um quilômetro da Ilha do Retiro. O palco seria coberto, dividido por quatro setores: arquibancada (90 mil lugares); popular (25 mil); cadeiras (24 mil) e camarotes (1 mil).

O complexo seria construído pela Hofmann Bosworth Eng. S/A, com previsão de 36 meses. Além do estádio, um estacionamento para cinco mil carros.

O fato de o Arruda, em seus primeiros módulos, ter sido escolhido pelo governo do estado para a ser a sede local em 1972 na Copa da Independência do Brasil, com 20 países, recebendo todo o investimento, acabou atrapalhando o sonho rubro-negro.

O projeto parou na maquete e na terraplanagem. O motivo? Dívidas. O próprio terreno, cedido ao Leão pela família Brennand, foi utilizado em 1974 para amortizar os débitos.

Em 1971, Santa Cruz e Náutico também lançaram projetos. Confira aqui e aqui.

Projeto do Estádio Presidente Médici, do Sport, em 1971. Foto: Arquivo/Diario de Pernambuco

As várias faces econômicas da Libertadores

Copa Libertadores e os seus nomes no naming rights

Copa Libertadores da América, a denominação popular no meio futebolístico para a maior competição interclubes do continente. São mais de cinquenta anos de disputa.

Acredite, o torneio organizado pela Conmebol terá o 5º nome oficial a partir de 2013.

Ao contrário do que se imagina, a Libertadores foi batizada com outro nome. Nas cinco primeiras edições, o nome oficial era Copa dos Campeões da América.

Criada em 1960 como um paralelo à Copa dos Campeões da Europa, a atual Liga dos Campeões da Uefa, o torneio sul-americano imitou o nome do Velho Mundo.

A partir de 1964, a estruturação da tradição, com três décadas mantendo a alcunha.

Até a implantação no continente do modelo econômico com o naming rights (veja aqui).

O pioneirismo mercadológico coube à montadora Toyota, em 1998. Após uma década incorporando o nome da empresa à marca da Copa Libertadores, já com alguns torcedores aceitando a nomenclatura, houve uma mudança.

Entrou o banco espanhol Santander. Com o recente fim do contrato, a fábrica de pneus Bridgestone ganhou a disputa e irá estampar o logotipo oficial até 2017.

Curiosamente, a empresa tem outro contrato de naming rights assinado com a Conmebol, para a Copa Sul-americana, o segundo torneio de clubes da entidade.

A Bridgestone assumiu a Sul-americana em 2011, no lugar da Nissan.

Será possível associar o nome da mesma marca aos dois torneios ou a empresa abrirá mão da Sul-americana? Neste caso, em pouquíssimo tempo a copa teria três nomes…

Por essas e outras o naming rights não é o modelo mais fácil de emplacar no mercado…

1960/1964 – Copa dos Campeões da América
1965/1997 – Copa Libertadores da América
1998/2007 – Copa Toyota Libertadores
2008/2012 – Copa Santander Libertadores
2013/2017 – Copa Bridgestone Libertadores