Ranking dos pênaltis e dos cartões vermelhos (1)

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 8x0 Petrolina. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O blog realizou o primeiro levantamento sobre as penalidades marcadas no Campeonato Pernambucano, além do número de cartões vermelhos nos jogos dos grandes clubes, em 2009. Desde então, sempre o mesmo formato, com a lista fcando o turno classificatório, com 22 rodadas.

Neste ano, na 5ª edição do ranking, o blog optou por iniciar a lista apenas no segundo turno, com os doze clubes, para não haver distorção nos dados, uma vez que no primeiro foram apenas nove times.

Desta forma, eis a primeira atualização, após a primeira rodada do segundo turno do Estadual de 2013, com quatro penalidades assinaladas (e convertidas).

Confira as edições anteriores dos rankings: 2009, 2010, 2011 e 2012.

Pênaltis a favor (4)
1 pênalti – Sport, Náutico, Ypiranga e Porto
Nenhum pênalti – Santa Cruz, Central, Chã Grande, Belo Jardim, Pesqueira, Petrolina, Salgueiro e Serra Talhada

Pênaltis cometidos
1 pênalti – Salgueiro, Petrolina, Porto e Ypiranga
Nenhum pênalti – Sport, Náutico, Santa Cruz, Pesqueira, Serra Talhada, Chã Grande, Central e Belo Jardim

Cartões vermelhos (só para os grandes)

1º) Náutico – 1 adversário expulso; nenhum cartão vermelho
2º) Santa e Sport – nenhum adversário expulso, nenhum cartão vermelho

Pernambucano em 2 linhas – 1ª/2013

Uma primeira rodada movimentadíssima no Estadual. Agora com a presença de todos os doze participantes, os seis jogos registraram 25 gols, proporcionando a incrível média de 4,16 tentos. O ritmo daqui por diante será domingo/quarta, frenético. Sem espaço para tropeços, como o Leão, logo na estreia. O Timbu referendou o título do insípiro primeiro turno com uma supergoleada.

No geral, o #PE2013 já teve 98 gols em 42 partidas, com índice de 2,33. Na artilharia da competição, empate entre o alvirrubro Rogério e Diogo, do Ypiranga. Cada um balançou as redes cinco vezes.

Santa Cruz 2 x 1 Pesqueira – Mesmo em uma atuação apagada, os corais viraram o jogo arrancando com três pontos na briga pelo tricampeonato.

Náutico 8 x 0 Petrolina – Mesmo sem Kieza, negociado, o Timbu passou o rodo em cima da Fera. A maior goleada no estado desde 2008.

Salgueiro 2 x 1 Sport – Ambos do Nordestão para o Estadual. O Carcará foi superior durante todo o jogo e venceu o desalmado time de Vadão.

Central 1 x 0 Belo Jardim – Jorge Luís marcou ainda no primeiro tempo. No fim, a Patativa tomou sufoco, mas segurou o importantíssimo resultado.

Ypiranga 3 x 3 Porto – Duelo animado no Limeirão. O Gavião, que só marcara um gol no primeiro turno, deslanchou. A Máquina reagiu bem e empatou.

Serra Talhada 4 x 0 Chã Grande – O Cangaceiro parecia fora de ritmo nas rodadas finais do primeiro turno. Guardou as energias para este momento.

Confira a tabela da competição clicando aqui

Destaque da rodada: Rogério. O alvirrubro marcou três gols. Calibrou o pé.

Carcaça da rodada: Petrolina. So não está rebaixada de véspera por causa do insano regulamento, que só definirá no octogonal.

Classificação do Pernambucano 2013 na 1ª rodada do 2º turno. Crédito: Superesportes

Rogério e Elton deixam a saudade de Kieza para depois nos Aflitos

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico x Petrolina. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Os alvirrubros acordaram com uma bronca no domingo.  Ainda na noite do sábado surgiu a informação de que o atacante Kieza havia deixado a concentração timbu, fato confirmado pelo atacante em sua conta no twitter.

Ele havia, na verdade, definido a sua transferência para o futebol chinês, numa negociação na qual a direção timbu não pôde acompanhar o ritmo financeiro.

Bola pra frente, afinal o contexto não é inédito. Ocorreu dentro dos parâmetros ordinários numa transação profissional. E nem será a última vez.

Então, hora de resolver de cara um problema tático para a estreia no segundo turno, contra o Petrolina, nesta tarde, nos Aflitos.

A mudança de Vágner Mancini foi simples, direta. Entrou Renato. Porém, o atacante baiano Elton, de 27 anos, ganhou de vez a posição ao lado de Rogério. Ele havia tido uma chance parecida no turno inicial. Na ocasião, substituiu Kieza e marcou dois gols. Repetiu o script. O golaço de voleio abriu o placar.

Eles seria o destaque do dia não fosse Rogério, com personalidade após a sua volta. Com aumento salarial e disposição, teve a sua melhor atuação pelo clube. Se antes era conhecido pela velocidade , abrindo espaços e dando assistências para os companheiros, agora Rogério deslanchou.

Um, dois, três gols. Três golaços. Pediu a música. Só não fez quatro porque Jefinho se antecipou e marcou contra…

Enchendo o pé, acertando o ângulo, driblando rapidamente. Rogério costuma dizer que aprendeu o fundamento com Kuki. Pelo visto, aprendeu bem e ainda repassou para Elton, suprindo completamente a ausência de Kieza.

Acredite, a conta do Náutico não parou aí. Renato e Giovanni também entraram na farra. Um chocolate daqueles pra cima do combalido Petrolina, 8 x 0.

A maior goleada da competição nos últimos cinco anos…

Largada de favorito, atitude de favorito. Mesmo “desfalcado”.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico x Petrolina. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

 

Em queda livre, Sport desaba em Salgueiro

Pernambucano 2013, 2º turno: Salgueiro 2x1 Sport. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Os primeiros lances indicavam um jogo equilibrado, parelho, bem disputado. Era a estreia de rubro-negros e salgueirenses no campeonato estadual após a vexatória participação no Nordestão e ambos queriam mudar a imagem.

Com apenas 30 segundos Marcos Aurélio arriscou de longe, no cantinho de Luciano, que espalmou para escanteio. Aos 8 minutos o ala direito do Carcará, Sidny, acertou o travessão de Saulo. Na sequência, Reinaldo quase abriu o placar para os leoninos, exigindo outra boa defesa de Luciano. Em seguida, Elvis, livre, bateu pra fora. Isso tudo em doze minutos. Eletrizante.

Os 8.998 torcedores acompanhavam um duelo lá e cá. O gol era questão de tempo, restava saber a barra. Aos 14 a rede balançou, a do Sport, que a partir daí se perdeu em campo. Clébson recebeu de costas, girou rápido e finalizou, com direito a uma comemoração marrenta. O time sertanejo passou a insistir na bola aérea, com a defesa leonina em pânico.

Contudo, o Salgueiro só ampliou quando pôs a bola no chão. Pegando de primeira, Élvis acertou o ângulo de Saulo. Apático, o Sport, em crise administrativa logo no segundo mês da nova gestão, até diminuiu o placar na etapa complementar, num pênalti cobrado por Marcos Aurélio, mas não evitou a primeira derrota no ano, 2 x 1. Clima segue pesado na Ilha.

Vale lembrar que a fase será de tiro curto. Uma crise duradoura e uma eventual ausência do G4 pode deflagrar um problema de calendário até em 2014.

Pernambucano 2013, 2º turno: Salgueiro 2x1 Sport. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Dente de leite, hoje. Profissional amanhã

Bola dente de leite e Penalty, do Campeonato Pernambucano 2013. Crédito: divulgação

Antes da abertura do verdadeiro Campeonato Pernambucano de futebol desta temporada, a empresa que empresta o nome ao torneio, cujo contrato de naming rights se estenderá até o ano que vem, promoveu a distribuição de duas mil bolas “dente de leite”, no sábado, no Derby.

O lema foi o seguinte: Dente de leite, hoje. Profissional amanhã.

É preciso destacar a formação futebolística desses jovens torcedores (jogadores, quem sabe) ainda na infância.

A parceria da FPF com a sua patrocinadora deve ganhar novos capítulos no contrato vigente. De fato, as ações sociais estão cada vez mais ligadas ao futebol profissional. Neste caso, a Coca-Cola atrelou o projeto ao grupo de mobilização social Novo Jeito. Tendência pra lá de positiva.

Em busca do tri, Santa estreia com vitória pela 8ª vez seguida, suando bastante

Pernambucano 2013, 2º turno: Santa Cruz 2x1 Pesqueira. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Como acontece desde 2006, o Santa Cruz estreou com vitória no Campeonato Pernambucano. Desta vez, um resultado ainda mais importante, pois o turno classificatório será o mais curto nesse tempo todo, com apenas onze jogos. Três pontos para tentar esquecer a dura eliminação no Nordestão e focar de vez o tri estadual, o que não ocorre nas bandas do Arruda há quatro décadas. Só não há como dizer que o time dirigido por Marcelo Martelotte jogou bem.

A vitória por 2 x 1 sobre o Pesqueira, na noite deste sábado, foi bastante suada e repleta de vaias dos 8.501 torcedores presentes durante boa parte do jogo. Bem armado, o time do Agreste travou quase todas as investidas do Santa Cruz, que não conseguia penetrar na área visitante. Aos poucos o Pesqueira passou a explorar os contragolpes, numa estratégia previsível.

O primeiro aviso foi a bola no travessão de Neto Bala. Depois, um gol mal anulado. Aos 39 minutos, a Águia deu bote. Dadá recebeu de cabeça de Téo e deu um tapa na bola, deslocando Tiago Cardoso. Por pouco a cena não se repetiu três minutos depois, mas o paredão coral salvou. Já num ambiente pesado nas arquibancadas, Dênis Marques foi acionado de novo aos 45.

Ele sempre recebia na meia lua. Ajeitava e finalizava. Na primeira, pegou mal na bola. Na segunda foi travado. Na terceira deu tudo certo, mandando no cantinho. Segundo gol em dois jogos, mostrando que DM9 é mesmo diferenciado.

Com Natan se esforçando bastante na partida, a virada veio aos trinta minutos da etapa complementar. Everton Heleno, o estreante da noite, com a camisa 16, recebeu de Dênis Marques, o melhor em campo, e concluiu com perfeição, escolhendo o canto diante de Geday. A vitória veio. Sobraram as vaias.

Pernambucano 2013, 2º turno: Santa Cruz 2x1 Pesqueira. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Vitória no esporte, vitória ainda maior na vida

Mô andando na Comunidade do Caranguejo, no Recife. Crédito: montagem sobre vídeo de Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Para milhares de atletas antes de tentar vencer no esporte é preciso superar uma batalha muito maior, na vida. Vencer as dificuldades impostas pelas condições, nas verdade pela falta de condições na sua realidade. Saúde, educação, segurança, infraestrutura. Tudo.

Vamos a um duro exemplo bem aqui no Recife, com a jogadora de basquete Mô, do Sport. Da Favela do Caranguejo, ela relata as grandes adversidades em uma das comunidades mais carente da capital do estado.

Abaixo, um vídeo produzido pelo repórter Lucas Fitipaldi, cuja matéria estampa duas páginas no Diario de Pernambuco deste domingo. Tocante, reveladora.

Confira a reportagem clicando aqui.

Os grandes clubes e a responsabilidade titânica no G4 do Estadual

Filme: Fúria de Titãs

Onze rodadas, tiro curto. Agora sim teremos o Estadual. Será que Náutico, Santa Cruz e Sport irão confirmar o favoritismo mais uma vez? Nas três torcidas, o índice de confiança beira os 60% com a presença do trio na fase final. Realmente não será tão fácil ir contra a maré da história.

Tirar um dos titãs do futebol local da reta final é algo raro…

Um G4 com apenas dois grandes clubes: último em 2008.
Um G4 com apenas um grande clube: último em 1930.
Um G4 sem grandes clubes: nunca.

Quantos grandes clubes do Recife irão se classificar à semifinal do Campeonato Pernambucano 2013?

Sport – 323 votos
SportTrês – 56,96%, 184 votos
Dois – 20,74%, 67 votos
Um – 16,71%, 54 votos
Zero – 5,57%, 18 votos

Santa Cruz – 258 votos
Santa CruzTrês – 60,07%, 155 votos
Dois – 16,27%, 42 votos
Um – 18,60%, 48 votos
Zero – 5,03%, 13 votos

Náutico – 233 votos
NáuticoTrês – 61,80%, 144 votos
Dois – 20,17%, 47 votos
Um – 15,02%, 35 votos
Zero – 3,00%, 7 votos

Harlem Shake nos esportes

Harlem Shake no mundo esportivo. Crédito: Youtube/reprodução

Mais um viral turbinado nas redes sociais alcançou o campo esportivo. A dança bizarra com fantasias ao som da música Harlem Shake, do dj norte-americano Baauer, vem ganhando inúmeras versões no Youtube mundo afora.

Abaixo, algumas delas. Será que a moda chega ao futebol brasileiro?

UFC, com Jon Jones.

Jogadores do Manchester City.

NBA, no All Star Game.

Futebol na Holanda, com Cambuur.

Futebol americano, na Georgia.

Um campeonato inteiro sem público como punição, a solução?

Libertadores 2013: San José 1x1 Corinthians. Crédito: Pasion Libertadores

A morte de um torcedor boliviano após um sinalizador arremessado pela torcida do Corinthians durante um jogo em Oruro gerou uma severa punição ao clube paulista na Taça Libertadores da América. O atual campeão continental jogará de portões fechados até o fim de sua participação na edição desta temporada. Não um jogo, mas o campeonato inteiro.

Prejuízo direto no bolso. Só na primeira fase o Timão já havia comercializado 85 mil bilhetes. Em 2012, na campanha do título inédito, o alvinegro arrecadou cerca de R$ 15 milhões em bilheteria.

A dura punição deve servir de exemplo aos demais clubes brasileiros, cujas torcidas também protagonizaram atos violentos num passado não tão distante. Na verdade, a decisão já poderia ter sido tomada há tempos pela Conmebol.

Até porque há vários anos na Libertadores é quase cultural, no pior sentido, as pedras arremessadas a cada cobrança de escanteio, o torcedor tratado como gado na arquibancada, os gramados espúrios.

Vamos então além da punição na Libertadores. Tomaremos a medida como um “padrão” para o combate à violência no futebol. E se fosse aplicada, por exemplo, no Pernambucano? Arruaça nos jogos e apresentações com portões fechados. Atos extremos e toda a campanha sem a presença da torcida.

A segurança do público está à frente de qualquer interesse desportivo. Relembrar o clube em questão de forma severa para que ele cumpra as suas obrigações parece algo fora de lógica, mas é o caminho.

Em 1985, na final da Liga dos Campeões da Uefa, 38 torcedores morreram no estádio Heysel, na Bélgica, numa selvageria provocada pelos torcedores do Liverpool contra os da Juventus. Resultou na suspensão de cinco anos dos times ingleses nos torneios europeus. De todos eles.

Naquela época mal existia torcida organizada no Brasil, enquanto os hooligans britânicos já arrasavam os jogos no país há décadas. Como aqui, neste momento, ali também era um problema social, complexo. A pena duríssima, bem além do Liverpool, foi um marco divisório no futebol da Inglaterra.

A exclusão também está prevista na Libertadores vigente, mas em casos de corrupção ou abandono de campo. Poderia ser ampliada à violência? Além disso, teria que mensurar o raio de ocorrências, no estádio ou fora dele.

O fato é que no presente, as tragédias já vão se acumulando no futebol brasileiro. Que não precisemos de um “Heysel” para aprender de uma vez por todas. Pesar no bolso dos clubes, de forma concreta, pode ser o começo.