Produção ofensiva, tensão defensiva. Esse é o Timbu em busca de equilíbrio

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

No mais ingrato dos horários no futebol pernambucano, com a partida iniciando às 20h de sábado, o Náutico voltou a mostrar uma instabilidade no seu sistema defensivo. Como ocorreu contra o Pesqueira, o Timbu sofreu novamente três gols de um estreante no Estadual. Agora foi diante do Chã Grande, nos Aflitos.

Com o estádio quase às moscas, com menos de seis mil torcedores, o Alvirrubro empatava com a Raposa até os 37 minutos do segundo tempo. Um movimentado 3 x 3, recheado de reviravoltas. Foi quando o volante Marcos Paulo aproveitou um rebote. No embalo, o atacante e agora artilheiro Elton completou o seu hat-trick, definindo o 5 x 3 a favor do Alvirrubro.

Vitória suada, mantendo em alta o rendimento ofensivo. São 15 gols em três partidas neste turno, com uma incrível média de cinco tentos. Ainda assim, o técnico Vágner Mancini admite a dor de cabeça com a estrutura defensiva, mesmo mudando a dupla de zaga, reposicionando os volantes e instruindo os alas. A marcação segue frouxa, longe da contundência na reta final do Brasileiro.

O seis gols sofridos nos últimos 180 minutos de bola rolando, diante de adversários bem inferiores tecnicamente, acenderam a luz amarela, ainda que em uma intensidade baixa. Mas deve servir para deixar o time mais alerta em campo. Ao Náutico, segue a busca pelo equilíbrio para mirar a taça.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 5x3 Chã Grande. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Jérôme Valcke volta a Pernambuco para sair novamente do discurso padrão

Jérôme Valcke em visita na Arena Pernambuco em 26 de junho de 2012. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Principal figura da Fifa em relação à preparação brasileira para a Copa das Confederações de 2013 e, sobretudo, a Copa do Mundo de 2014, o francês Jérôme Valcke é disparado o tom mais crítico em relação às obras no país.

Ao contrário dos gestores brasileiros, que sem surpresa alguma focam sempre o otimismo máximo, o secretário-geral da entidade que comanda o futebol não costuma economizar nos comentários.

No próximo dia 5 de março de 2013, o executivo visitará a Arena Pernambuco pela segunda vez. Na primeira, em 26 de junho de 2012, encontrou o canteiro com 43% de avanço. Na época, o temor era de que o Recife virasse uma nova Port Elizabeth, a cidade sul-africana cortada da última Copa das Confederações.

A esta altura, com milhares de ingressos do Festival de Campeões vendidos para os três jogos no estado, essa possibilidade tornou-se irreal. O que não significa que esteja tudo perfeito. Não está, mas a correria para a alcançar o prazo de conclusão agendado para abril elevou o panorama atual para 90%.

Na nova visita, o mesmo script, com Ronaldo e Bebeto atraindo as atenções, o governador de Pernambuco reforçando a parceria com o Comitê Organizador Local e, no fim, Valcke listando as verdadeiras prioridades.

Há oito meses, falou do estádio, da rede hoteleira, do aeroporto e da mobilidade urbana da capital. A sua última declaração expõe a situação (veja aqui).

“Não adianta fazer o estádio mais bonito do mundo, no meio do nada.”

Agora fica a expectativa sobre o que ele tem a dizer sobre a inauguração do estádio, uma vez que o Castelão e o Mineirão abriram os portões sob críticas.

Jérôme Valcke em visita na Arena Pernambuco em 26 de junho de 2012. Foto: Odebrecht/divulgação