Torcidas uniformizadas liberadas no Recife, mais uma vez

Camisas das uniformizadas Inferno Coral, Torcida Jovem e Fanáutico

As torcidas organizadas estão de volta aos jogos de futebol na capital. Em uma audiência no Juizado Especial do Torcedor, Torcida Jovem, Inferno Coral e Fanáutico, acompanhadas de seus advogados, conseguiram nesta segunda um termo de conciliação. Para isso, “ajudou” o fato de a FPF não ter enviado um representante para a audiência. A proibição vigorava desde 20 de fevereiro.

Camisas, bandeiras e baterias foram liberadas para a festa. Que o ônus não seja o de sempre nessas decisões, com o aumento da violência.

A notícia da liberação foi logo repercutida nas páginas das três organizadas no facebook. Impressiona a quantidade de seguidores de cada uma. São 7.475 alvirrubros, 30.378 tricolores e 62.731 rubro-negros. Mais de 100 mil pessoas…

Na prática, vários integrantes das três maiores organizadas do estado continuavam presentes nas partidas no Recife, com os gritos de guerra e aglomerações em setores característicos dos estádios, como a geral da Ilha, no lado esquerdo das cabines, e atrás das barras no Arruda e nos Aflitos, no lado direito. Inclusive com escolta policial, fato comum nas uniformizadas

Nos últimos dez anos foram inúmeras proibições após brigas dentro e fora dos estádios, tiros e confusões em ônibus. As determinações da justiça sempre foram de curto prazo, como agora. Qual é a sua opinião o termo de conciliação?

Decisão liberando as torcidas organizadas no Recife em 3 de junho de 2013

A despedida do Timbu

Charge do Diario de Pernambuco em 03 de junho de 2013. Arte: Jarbas/DP/D.A Press

Foram 96 anos atuando no campo na Avenida Rosa e Silva.

De 1917 a 2013.

O estádio é mais velho que o próprio mascote. O Timbu surgiu em 1934.

Na despedida, após tanto tempo de casa, um futebol ingrato do Náutico, nos traços de Jarbas Domingos, no Diario de Pernambuco desta segunda.

Campeonatos estaduais cada vez mais esvaziados, arenas à parte

Média de público dos campeonatos estaduais de 2013. Crédito: Pluri Consultoria

Em tempos de modernas arenas no país, com a polêmica elitização do público e projeções sobre o aumento na média de assistência nas arquibancadas, é um choque notar a realidade do futebol brasileiro, com o pífio índice registrado nos campeonatos estaduais desta temporada.

Em 2013, as 25 competições com dados oficiais das federações registraram uma média de apenas 2.526 pagantes, com uma queda de 9,4% em relação ao ano passado. Ao todo foram 6,2 milhões de torcedores em 2.467 partidas. Isso corresponde a uma redução de 868 mil pessoas nos jogos locais.

A maior queda na média aconteceu justamente em Pernambuco, segundo o estudo da Pluri Consultoria. Líder disparado nos últimos anos, o Estadual caiu de 9,1 mil para 5,3 mil pessoas a cada partida, ou 42% a menos. Perdeu o posto de maior índice do país, feito usado inclusive em publicidade (veja aqui).

8, o número de campeonatos que tiveram uma elevação na média de público.

14, a quantidade de competições cuja média passou de 1.000 pessoas.

83%, o aumento na média de público do certame do Distrito Federal, potencializada pela final, na abertura do Mané Garrincha, com 22 mil pessoas.

1 milhão, marca alcançada pelo campeonato paulista, o único a ultrapassar esta barreira de torcedores.

11.675, o total de pagantes no campeonato rondoniense, o menor.

Apenas o estado de Roraima não forneceu os dados sobre o borderô. Enquanto isso, o torneio do Amapá começará apenas no segundo semestre.

Últimas imagens e reações nos Aflitos

Time-lapse, gols e reações da torcida no último jogo oficial dos Aflitos, numa videorreportagem produzida por Brenno Costa e Daniel Leal, do Superesportes.

Náutico 2 x 2 Portuguesa, em 2 de junho de 2013, com 15.014 pessoas presentes na 1.763ª apresentação alvirrubra em Rosa e Silva.