Presidente relembra a responsabilidade de receber o mundo de forma hospitaleira

Dilma Rousseff, presidente do Brasil

O aguardado pronunciamento da presidente Dilma Rousseff em rede nacional sobre as manifestações no país, na noite desta sexta, durou sete minutos.

Falou sobre mobilidade, saúde e prometeu receber os líderes dos movimentos.

Garantiu o uso da verba do petróleo na educação. Um ganho. A presidente citou que o enorme gasto com estádios foi “fruto de financiamentos e será pago”.

“Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal.”

Contudo, não parece tão simples o pagamento desta conta bilionária, através das empresas e governos que irão explorar os estádios. Sobre o Mundial, ela sequer cogitou a não realização do maior torneio de futebol no país em 2014.

No fim, provavelmente pelas manifestações batendo nas portas das arenas em plena Copa das Confederações, Dilma fez um apelo.

O Brasil, único país que participou de todas as Copas, cinco vezes campeão mundial, sempre foi muito bem recebido em toda parte. Precisamos dar aos nossos povos irmãos a mesma acolhida generosa que recebemos deles. Respeito, carinho e alegria, é assim que devemos tratar os nossos hóspedes. O futebol e o esporte são símbolos de paz e convivência pacífica entre os povos. O Brasil merece e vai fazer uma grande Copa.”

Qual é a sua opinião sobre a declaração da presidente em relação à Copa?

Charges da Copa das Manifestações

Charge da Copa das Confederações 2013. Arte: Samuca/DP/D.A Press

Nas ruas, mais de um milhão de pessoas em pelo menos oitenta cidades.

As enormes manifestações país afora aumentaram paralelamente ao início da Copa das Confederações no Brasil.

O que parecia impossível, acabou acontecendo, com o evento teste da Fifa para o Mundial do ano que vem ficando parcialmente ofuscado.

Confira as charges sobre o conturbado e histórico momento brasileiro nos traços de Samuca, do Diario de Pernambuco.

Charge da Copa das Confederações 2013. Arte: Samuca/DP/D.A Press

Felipão/Neymar e Prandelli/Balotelli, modos distintos de tratamento aos ídolos

Scolari e Neymar na Seleção e Prandelli e Balotelli na Itália

Ambos são jovens, milionários e apontados como as principais esperanças de seus países. Duas seleções de peso. Uma é penta e a outra é tetra.

Com características diferentes, mas invariavelmente presentes nos holofotes, Neymar e Maior Balotelli convivem com a pressão da torcida, da imprensa e conscientes da responsabilidade em campo.

Contudo, ambos recebem tratamentos bem distintos dos respectivos técnicos. No Brasil, Neymar foi abraçado por Luiz Felipe Scolari, que virou um verdadeiro escudo para o atacante.

Não aceita críticas sobre o atleta e não discorre sobre qualquer problema, fazendo uma verdadeira blindagem sobre o craque do Barcelona.

“Ele não joga com 11 camisas no corpo. Acho que a imprensa brasileira tem que proteger o ídolo que temos. Parece que a finalidade não é proteger, é execrar”.

Na Azzurra, o ambiento foge do paternalismo. Se no time verde e amarelo Felipão reforça o grupo na base da “família”, na Itália o técnico Cesare Prandelli faz questão de externar que deve partir do próprio atleta uma mudança no perfil.

“Falar do Mario é bem difícil, porque ele sempre muda de uma hora para outra. Mas ele está motivado para vestir a camisa da Azzurra e se juntou a um grupo que já ganhou muito e que quer ganhar mais. Isso o ajudou a amadurecer.”

Entre os treinadores de futebol os dois perfis são tradicionais. Na sua opinião, qual é o melhor modo de trabalho no comando técnico?

Diego Forlán, 100 vezes celeste

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Uruguai 2x1 Nigéria. Foto: Fifa/divulgação

Diego Forlán tornou-se o primeiro jogador a vestir 100 vezes a camisa da seleção do Uruguai. A estreia do atacante com o uniforme da Asociación Uruguaya de Fútbol (AUF) aconteceu em 27 de março de 2002.

Forlám também é o maior artilheiro celeste, com 34 gols. O último deles na Fonte Nova, dando a vitória sobre a Nigéria, pela Copa das Confederações.

No domingo, o melhor jogador do Mundial 2010 estará de novo na Arena.

Assista ao vídeo oficial produzido pela AUF sobre o feito do craque.

A pior seleção, o pior time e o título de campeão de simpatia aos taitianos

Jogador do Taiti e torcedores do Íbis. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Um time amador, o Taiti.

Saiu do outro lado do mundo para disputar o seu primeiro torneio senior da Fifa.

No arquipélago, costumava jogar com 200 espectadores. Sim, 200.

O choque de realidade seria gigantesco aqui no Brasil. Do tamanho do Mineirão e do Maracanã, onde atuou duas vezes nesta Copa das Confederações.

Sem surpresa alguma, o campeão da Oceania foi goleado duas vezes.

Sofreu 16 gols. Marcou 1 e comemorou demais.

Apesar do saldo, a matemática e os deuses do futebol fizeram com que o time desembarcasse no Recife com uma chance ínfima de classificação.

Taiti treinando na Praia de Boa Viagem. Foto: Celso Ishigami/DP/D.A Press

Mas a tendência é ser goleado novamente, desta vez pelo Uruguai.

Ainda assim, sorrisos para a torcida. É a seleção mais simpática do torneio.

Jogadores comuns, quase peladeiros, que se enturmam fácil, saindo do protocolar aceno a caminho do ônibus visto nos demais países.

Partiram para o abraço já na chegada ao hotel em Boa Viagem e na praia…

E ganharam a surreal do torcida do Íbis, logo apresentado à delegação estrangeira como o pior time do mundo, com Mauro Shampoo e tudo.

Pois é, o Taitíbis está na área. Representando todos aqueles peladeiros de fim de semana que já sonharam um dia enfrentar os melhores do mundo…

Jogador do Taiti e torcedores do Íbis. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Volví, Recife

Jornal Ovacion, do Uruguai. Crédito: reprodução/internet

Nos três jogos agendados no Recife, pela Copa das Confederações, apenas uma seleção foi sortetada para atuar duas vezes por aqui.

O Uruguai. Na primeira passagem, o caos tomou conta da delegação celeste.

Começou pela falta de campo para treinar. Era para ser no Arruda, mas o estado do gramado coral e o corredor alagado inviabilizaram os treinamentos.

Partiu, então, para o centro de treinamento do Sport, no limite da cidade.

Com um acesso através de uma encharcada estrada vicinal, após um congestionamento daqueles na rodovia BR-101, o treino acabou cancelado.

Teve que se contentar numa academia. As imagens correram o mundo…

Uma pavimentação meia boca e enfim o ônibus chegou ao CT. No percurso, 1h30 para ir e 1h30 para voltar. Desgastante, sobretudo no Padrão Fifa.

No domingo, perderam da Espanha. Na quinta, se recuperaram com uma vitória sobre os nigerianos, em Salvador. Ficaram a uma vitória simples sobre o fraquíssimo Taiti para alcançar a semifinal do evento teste.

E voltaram para a capital do estado. No dia 23, de novo a Arena Pernambuco. No primeiro dia, novo cronograma no Arruda. E mais uma mudança…

Os uruguaios partiram para o CT Wilson Campos, do Náutico.

A manchete do jornal Ovación retrata a reação uruguaia sobre o retorno…