104.241 torcedores e 18 gols na Arena Pernambuco na Copa das Confederações

Arena Pernambuco após o jogo Uruguai 8x0 Taiti, pela Copa das Confederações. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Uma lua cheia na despedida…

Encerrada a participação pernambucana na Copa das Confederações.

Passagem com a classe do toque de bola espanhol, a emoção do duelo entre italianos e japoneses, a supergoleada uruguaia e a despedida taitiana.

Em uma semana, foram três jogos no novo estádio em São Lourenço da Mata, com cinco países diferentes, sérios problemas de mobilidade, soluções emergenciais, melhora e ótimos públicos na Arena Pernambuco.

Nessas três partidas, com 84,5% do borderô composto por torcedores do estado, o palco recebeu ao todo 104.241 pessoas.

41.705 – Espanha 2 x 1 Uruguai
40.489 – Itália 4 x 3 Japão
22.047 – Uruguai 8 x 0 Taiti

Como contrapartida, o público presente viu vários craques e seleções tradicionais, com todo respeito aos taitianos, e muitos gols.

A média foi de 34.747 torcedores, excelente. Com 18 gols no campo, o índice de bolas na rede foi de incríveis 6 tentos a cada noventa minutos.

Você assistiu a algum jogo na arena nesta Copa? Qual será a maior lembrança?

Esse clima diferente em torneios da Fifa voltará ao estado apenas em 2014, numa escala ainda maior, com cinco jogos, numa tal de Copa do Mundo.

Com show de bola, o Brasil conquistou o tetra no 3 x 0 sobre a Espanha.

Arena Pernambuco no jogo Itália 4x3 Japão. Foto: Fifa/divulgação

Supersemifinal das Confederações com quatro campeões mundiais

Semifinalistas da Copa das Confederações 2013: Brasil, Espanha, Uruguai e Itália. Fotos: Fifa/divulgação

Após quase duas décadas, enfim sul-americanos e europeus voltarão a decidir o título da Copa das Confederações. Brasileiros, italianos, espanhóis e uruguaios confirmaram o amplo favoritismo na fase de grupos e seguem na disputa pela taça da 9ª edição da competição, em solo brasileiro.

As duas escolas mais tradicionais só estiveram numa final, em 1995, quando a Dinamarca venceu a Argentina por 2 x 0 na então chamada Copa Rei Fahd. Neste ano teremos o eterno clássico de 1950 e um revival da última Euro. Há uma clara diferença técnica, da Espanha ao Uruguai, mas com um quarteto campeão mundial não há garantia nas previsões da bola. Eis a análise do blog.

Semifinais
26/06 – Brasil x Uruguai (Mineirão, 16h)
27/06 – Espanha x Itália (Castelão, 16h)

A final será realizada em 30 de junho, no Maracanã.

Confira as história de uma semifinal com quatro campeões mundiais aqui.

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Brasil 2x0 México. Foto: Clive Rose/Fifa

A Seleção Brasileira é um time em formação há várias temporadas. Desde 2010 o Brasil busca uma equipe ideal. Felipão parece ter dado essa cara. Alguns jogadores ainda são alvos de contestação, mas a espinha dorsal da próxima Copa está formada. O ótimo desempenho de Neymar é vital para este encaixe, além do apoio das arquibancadas, que realmente vem fazendo a diferença até aqui, com 100% e um ataque avassalador. Na defesa, Thiago Silva, absoluto, e David Luiz fecharam o setor.

Líder do grupo A – 3 jogos, 3 vitórias, 9 GP, 2 GC
Brasil 3 x 0 Japão
Brasil 2 x 0 México
Brasil 4 x 2 Itália

7ª participação no torneio
Melhor campanha: campeão (1997, 2005 e 2009)

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Uruguai 2x1 Nigéria. Foto: Robert Cianflone/Fifa

A semifinal no Mundial 2010 e o título da Copa América em 2011 reergueram o futebol do Uruguai. No entanto, o time começa a sentir o desgaste da idade. Diego Forlán, de 34 anos, com 100 jogos pela seleção, é o principal exemplo. Está sem seu ciclo final no time de Tabárez. A equipe também carece de um articulador. Seu meio-campo é formado basicamente por destruidores. Na frente, Luis Suarez e Cavani vêm recebendo poucas bolas.

Segundo lugar do grupo B – 3 jogos, 2 vitórias, 1 derrota, 11 GP, 3 GC
Uruguai 1 x 2 Espanha
Uruguai 2 x 1 Nigéria
Uruguai 8 x 0 Taiti

2ª participação no torneio
Melhor campanha: 4º lugar (1997)

Copa ds Confederações 2013, 1ª fase: Espanha 10x0 Taiti. Foto: Laurence Griffiths/Fifa

A Fúria chegou como favorita e não teve trabalho algum para ratificar o status na primeira fase, controlando a bola como sempre, com no mínimo 60% de posse. Iniesta aparece como a principal apoiador da Espanha. Inteligente, o meia do Barça tem um passe certeiro. Na frente, apesar da falta pressa em alguns momentos para definir, conta com Torres, David Villa e Soldado, num revezamento na escalação de Del Bosque.

Líder do grupo B – 3 jogos, 3 vitórias, 15 GP, 1 GC
Espanha 2 x 1 Uruguai
Espanha 10 x 0 Taiti
Espanha 3 x 0 Nigéria

2ª participação no torneio
Melhor campanha: 3º lugar (2009)

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Itália 4x3 Japão. Foto: Laurence Griffiths/Fifa

Os italianos mudaram a sua característica histórica. Nada de ferrolhos e contragolpes. A nova Itália sai para o jogo e marca muitos gols, apesar de mostrar um certo desordenamento em alguns momentos do jogo – o que vem resultando na mesma quantidade de gols sofridos. O técnico Prandelli gosta de ter Balotelli mais isolado à frente, com o meio-campo chegando com força. Andrea Pirlo, desfalque na terceira rodada, é peça imprescindível para a semi. A Azzurra conta com ele.

Segundo lugar do grupo A – 3 jogos, 2 vitórias, 1 derrota, 8 GP, 8 GC
Itália 2 x 1 México
Itália 4 x 3 Japão
Itália 2 x 4 Brasil

2ª participação no torneio
Melhor campanha: fase de grupos (2009)

Doze títulos mundiais em jogo numa semifinal, recorde no futebol

Semifinalistas da Copa das Confederações 2013: Brasil, Espanha, Uruguai e Itália

Brasil x Uruguai e Espanha x Itália.

A definição da fase decisiva da Copa das Confederações de 2013 promoveu uma composição histórica entre os semifinalistas do segundo torneio mais importante organizado pela Fifa. Em toda a história, esta é apenas a terceira vez em uma disputa senior reúne quatro campeões do mundo na semifinal.

Mundial, Copa das Confederações, Olimpíada, Eurocopa, Copa América etc.

Anteriormente, apenas os Mundiais de 1970 (Brasil, Itália, Alemanha e Uruguai) e 1990 (Alemanha, Argentina, Itália e Inglaterra) tiveram este contexto. Mas não é só isso. No evento teste em vigor, brasileiros, italianos, uruguaios e espanhóis somam 12 conquistas mundiais, no maior número já visto de taças agregadas.

A marca passada também foi estabalecida na Copa das Confederações, em 2005, com o penta Brasil, a tri Alemanha e a bi Argentina, somando dez títulos.

Desta vez, o penta Brasil, a tetra Itália, o bi Uruguai e a atual campeã Espanha.

Títulos mundiais em campo: 1930, 1934, 1938, 1950, 1958, 1962, 1970, 1982, 1994, 2002, 2006 e 2010.

Haja tradição em campo…

Sobre conquistas na Copa das Confederações, em sua 9ª edição, apenas a Seleção já levou o torneio, e em três oportunidades.

Taiti leva na bagagem a pior defesa da história e lembranças eternas

Taiti agradece ao torcedor brasileiro na Arena Pernambuco. Foto: Nando Chiappetta/DP/D.A Press

Nunca uma seleção sofreu tantos gols em um torneio senior da Fifa.

Em três partidas, atuando no Mineirão, Maracanã e Arena Pernambuco, o Taiti levou nada menos que 24 tentos de nigerianos, espanhóis e uruguaios.

O recorde durava exatos 60 anos, com a campanha da Coreia do Sul no Mundial de 1954. Na ocasião, em dois jogos, os asiáticos foram vazados 16 vezes.

Assim, segundo a fria estatística, o pequeno país da Oceania entrou na história pela porta dos fundos. Contudo, o Taiti deixa uma imagem muito mais grandiosa, através do fair play. Esbanjando carisma, o time foi abraçado pelo público brasileiro, numa paixão curiosa. De tão frágil, virou atração por onde jogou.

Aos jogadores amadores da equipe do pequeno arquipélago a campanha neste torneio era um verdadeiro sonho, desejando não acordar nunca.

Taiti agradece ao torcedor brasileiro na Arena Pernambuco. Foto: Gil Vicente/DP/D.A Press

Sonho que chega ao fim neste domingo, com mais uma goleada daquelas…

Até esta tarde, esses humildes desconhecidos defendiam o Taiti em uma Copa das Confederações, com partidas exibidas para todo o mundo.

Após o apito final do árbitro português Pedro Proença, nomes como Tehau, Meriel, Caroine, Hnanyine e Chong Hue tiveram um gesto emocionante.

Agradecimento ao carinho recebido em todos os jogos, eles deram uma verdadeira volta olímpica com a bandeira do Brasil. O público aplaudiu de pé.

A viagem de volta será longa, até o outro lado do mundo. Lá, deverão cair no esquecimento. Voltam à pacata rotina no Taiti, como estudantes, contadores, entregadores, vendedores de celulares, alpinistas e até desempregados…

O padrão vermelho e branco na competição de 2013 é a prova viva para sempre de uma viagem inacreditável proporcionada pelo futebol. Obrigado, Taiti.

Vestiário do Taiti na Arena Pernambuco. Foto: Fifa/divulgação

A história celeste de Abel Hernández em 90 minutos na Arena

Abel Hernández comemora um de seus gols na Copa das Confederações de 2013 na Arena Pernambuco. Foto: Fifa/divulgação

O atacante Abel Hernández foi revelado pelo Central Español de Montevidéu em 2007, ainda adolescente. Tinha apenas 17 anos.

No ano seguinte, o forte centroavante de 1,86m foi contratado pelo tradicional Peñarol, onde ficou apenas uma temporada.

Tempo suficiente para assinar com o Palermo da Itália, onde atua até hoje. Na Celeste, porém, é quase desconhecido. Até este domingo eram apenas 9 jogos.

Também pudera, pois o ataque charrúa dirigido pelo maestro Oscar Tabárez conta com Cavani e Luis Suárez, além do veterano Diego Forlán. Qualidade.

Diante do fraco Taiti, neste domingo, o Uruguai precisava de uma vitória simples. O treinador, sem medo e consciente o abismo técnico, escalou um time reserva.

Chance para Hernández. O atleta de 22 anos, nascido em Pando, na região metropolitana da capital nacional, aproveitou bem a chance…

Marcou quatro gols, metade do placar estabelecido pela Celeste, 8 x 0.

La Joya, como é conhecido, só havia anotado 3 gols pela seleção, cuja estreia ocorreu em agosto de 2010. Turbinou sua estatística para 7 gols em 10 jogos.

Se tem alguém que vai sair bem feliz desta Copa, esse é o agora menos desconhecido Abel Hernández…

Copa das Confederações 2013, 1ª fase: Uruguai 8x0 Taiti. Foto: Heitor Cunha/DP/D.A Press

Fuleco enfim aprovado pela torcida pernambucana

Fuleco na Arena Pernambuco, no jogo Uruguai x Taiti. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O mascote Fuleco foi duramente criticado ao ser anunciado oficialmente pela Fifa. Afinal, francamente, o nome é um tanto fuleiro, como muitos disseram…

Mas aos poucos o tatu-bola, com uma boa dose de publicidade, foi caindo nas graças do torcedor. Nas lojas oficiais da Copa das Confederações, no Aeroporto dos Guararapes e no entorno da Arena Pernambuco, o mascote de pelúcia é um dos mais procurados.

Se no primeiro jogo o público ainda se mostrou tímido para posar para fotos com o mascote na entrada do estádio em São Lourenço, na despedida, com o duelo entre uruguaios e taitianos, a fila foi grande.

Vale lembrar que Fuleco de 48% na votação popular. Venceu as inacreditáveis opções Zuzeco e Amijubi…

Fuleco na Arena Pernambuco, no jogo Uruguai x Taiti. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

LED na Arena, só no Mundial. Até lá, manutenção na cobertura

Cobertura da Arena Pernambuco. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

A Arena Pernambuco foi selecionada para receber três jogos na Copa das Confederações de 2013. A contrapartida para isso seria antecipar a obra em oito meses, o que aconteceu.

Contudo, ainda há trabalhar a fazer no empreendimento, sobretudo no acabamento. Para o público, uma lacuna perceptível foi a iluminação da cobertura lateral do estádio, inspirada na Allianz Arena de Munique.

As membranas da fachada, com 25 mil metros quadrados, são formadas de almofadas de etileno tetrafluoretileno. Já no evento teste algumas dessas almofadas apresentaram desgaste

Além disso, a fachada de 12 milhões de euros deveria, ser combinada com LED, proporcionando uma iluminação especial – a cor fica a critério dos organizadores a cada partida.

Ao todo são quatro quilômetros de componentes de LED. Mas a instalação ainda não foi sequer iniciada. Ou seja, a versão final da Arena Pernambuco será conhecida apenas na Copa 2014…