Sombrinhas de frevo nas ilhas do Taiti

Taiti recebendo presentes dos voluntários pernambucanos. Foto: Fifa/divulgação

Último dia de trabalho na Arena Pernambuco.

Jogadores, voluntários e uma interação incomum nos dias anteriores.

Compenetrados na função durante duas semanas, os voluntários enfim tiveram uma folga, podendo sair um pouco da rigidez do programa da Fifa.

A troca de lembranças com as delegações foi algo comum.

A seleção do Taiti saiu do estádio de malas quase vazias. Deixaram camisas, colares e até uma bandeira.

Mas também levaram lembranças bem pernambucanas.

As sombrinhas de frevo.

Um pouquinho de Pernambuco na Polinésia Francesa…

Gramados pernambucanos correndo contra o tempo para a retomada pós-Copa

A intertemporada do futebol nacional forçada pela realização da Copa das Confederações está na reta final. Enquanto Náutico, Santa Cruz e Sport continuam aprimorando as equipes em Natal, Camaragibe e Chã Grande, respectivamente, uma outra atividade, estrutural, corre contra o tempo.

Apesar da paralisação, todos os campos foram castigados pelas chuvas intensas em junho. Numa temporada marcada pela enorme seca, bastaram algumas pancadas de chuva. Confira a situação de cada um.

Hora de recuperar o piso para a sequência do Campeonato Brasileiro.

Gramado da Arena Pernambuco após os 3 jogos da Copa das Confederações. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A Arena Pernambuco enfim passa a ser a nova casa do Náutico, que disputou as duas primeiras partidas como mandante na Série A nos Aflitos. O estádio teve apenas três jogos no evento teste da Fifa. No terceiro, contudo, a grama do tipo bemuda e colocada em março apresentou alguns pontos claros. Apesar da ótima drenagem, a falta de luz natural mais intensa durantes alguns dias atrapalhou o cultivo do campo. Por sinal, esse episódio deve acarretar na necessidade de adquirir uma máquina de luz artificial para a Copa 2014.

Intervalo: 13 dias
Última partida: Uruguai 8 x 0 Taiti, em 23 de junho
Próximo jogo: Náutico x Ponte Preta, em 7 de julho

Gramado do Arruda após o período sob a tutela da Fifa. Foto: Emanuel Leite Jr.

O Arruda deveria ter recebido três seleções durante a fase de treinamentos da Copa das Confederações. No entanto, mesmo sob a coordenação de técnicos da Fifa, o gramado piorou no período, inviabilizando o uso pelas delegações. Os corais alegam que os membros da entidade tiveram duas semanas para o trabalho, mas acabaram atrasando a realização, feita às pressas. Até a apresentação do tricampeão estadual será preciso perfurar o campo para uma forração de areia, o que ajudaria a escoação de água acumulada das chuvas.

Intervalo: 34 dias
Última partida: Santa Cruz 2 x 0 Luverdense, em 2 de junho
Próximo jogo: Santa Cruz x Cuiabá, em 7 de julho

Tratamento no gramado da Ilha do Retiro. Foto: Alvaro Claudino/Site Oficial do Sport

Nos jogos contra Palmeiras e Bragantino o campo da Ilha do Retiro ficou alagado. Enormes poças d’água atrapalharam bastante as equipes. O Sport aproveitou o intervalo para reforçar a drenagem, o verdadeiro problema – até porque o gramado foi trocado recentemente. De fato, era preciso fazer algo, uma vez que o sistema tem trinta anos. O clube investiu R$ 100 mil. São 16 horas por dia de trabalho, com 22 homens envolvidos ao todo. Tudo para concluir a instalação de 1,6 mil metros de tubos e 200 conectores.

Intervalo: 34 dias
Última partida: Sport 0 x 2 Bragantino, em 11 de junho
Próximo jogo: Sport x Avaí, em 16 de julho

As farras no futebol a uma língua soltinha da fúria

Mulheres e futebol

Impressiona a similaridade.

Começa em um viagem mais extensa, com clausura e treinos.

Uma folguinha aqui, outra ali.

E um rápido passeio para conhecer a cidade.

Sem alarde, a volta para o hotel, para dar sequência ao cronograma da comissão, com atividades, alimentação, preleção e vídeos de adversários.

Intertemporadas, torneios, sequência de jogos fora de casa, tanto faz.

Pode ser de um time da quarta divisão brasileira ou até a… Espanha.

Nível cultural e poder aquisitivo podem até separar esses mundos. A libido não.

Não são poucas as histórias no futebol com jogadores em farras suspeitas e declarações desencontradas em seguida, constrangidas.

Instiga num pagode, marcado por um amigo do amigo de um conhecido.

Segue a animação com baralho e dominó, muitas vezes a dinheiro.

Ah, as mulheres. As amiguinhas, presentes em qualquer cidade.

Lotam um carro, ou até dois. Surgem nos corredores do hotel, sob olhares desconfiados da gerência. Esta, aliás, mantém o sigilo.

Nos quartos, festa com doses a gosto até o sol raiar.

O futebol ainda flertava com o profissionalismo e já existiam histórias do tipo.

Veio a era digital, de fácil captação audiovisual, mas não o temor por um flagra.

Mas basta sumir um punhado de euros, dólares ou reais e uma língua soltinha, no sentido cabueta, e a farra vira polêmica.

Esposas, noivas e namoradas atônitas. Algumas até conscientes do perigo, mas sempre envoltas numa cortina de fumaça.

Difícil é explicar no dia seguinte…

Geralmente a coletiva é desmarcada. É preciso blindar o grupo.

Do XV de Novembro de onde Judas perdeu as botas à seleção campeã mundial.