Uma arena para mudar o futebol no Recife em todos os sentidos, à sua escolha

Arena Pernambuco após o jogo Uruguai 8x0 Taiti, pela Copa das Confederações. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

“Com mais esse grande jogo, a Itaipava Arena Pernambuco inicia a sua variedade de atuações e demonstra a vocação de multifuncionalidade. Já recebemos a Copa das Confederações e jogos do Naútico. Encaramos esta partida como mais um espetáculo, como teremos outros, ligados não apenas ao futebol, como também a shows, eventos e entretenimento. Estamos preparados para oferecer as melhores condições possíveis”.

A declaração é de Sinval Andrade, presidente do consórcio Arena Pernambuco, se referindo ao clássico carioca Botafogo x Fluminense, no estado.

Obviamente, ele enxerga da melhor forma possível (e rentável) esta agenda. Foi o clássico do Rio de Janeiro que deu início às discussões sobre o tema.

A palavra “provincianismo” foi bastante utilizada nos dois lados da discussão.

Entre os que defendem jogos tipo, seria provincianismo achar que uma partida assim poderia influenciar no perfil das torcidas pernambucanas, com o aumento a longo prazo de torcedores de times de outros estados no Recife.

Entre os que não gostaram, seria provincianismo o fato de receber esse jogo, pois outras cidades com tradição no futebol, como Belo Horizonte e Porto Alegre, não foram cogitadas, levando em conta o poder das massas locais.

O blog, desde o começo, não tratou o clássico como um caso isolado. Mas sim como  o início de uma tendência, numa transição não imaginada até então.

A frase da operadora do estádio do consórcio confirma isso.

Tanto que o jogo Flamengo x Grêmio, também pela Série A, já estaria engatilhado. Depende do resultado financeiro de Bota x Flu.

O clássico carioca terá ingressos por R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Os sócios dos Botafogo, o “mandante”, poderão comprar ingressos de sócio.

Com 50% de desconto, atendendo à vontade do clube, que alugou o estádio.

Nos jogos do Náutico, num contrato mais longo, o associado timbu terá 30%.

Não faz muito sentido.

O consórcio já ajudou bastante o Timbu, melhorando o centro de treinamento, com direito à instalação de refletores, e com um aditivo mensal de R$ 500 mil até o início da operação regular, neste mês.

No entanto, as ações mais recentes vêm batendo de frente com esse princípio.

Mudança na data do jogo, justamente para receber outro jogo, desconto menor para sócio, demora na marcação de horários para treinos etc.

Paralelamente a isso, a Arena segue buscando formas de gerar receita – e é uma necessidade. Mas ao agendar partidas do Rio de Janeiro, alvo de polêmicas, o consórcio deixa uma série de questionamentos no ar…

Na parceria público-privada, o governo do estado terá que suprir o rombo no faturamento anual caso a receita da temporada seja abaixo de 50% da previsão inicial, de R$ 73,2 milhões, segundo aditivo assinado em 21 dezembro de 2010.

A estimativa, aliás, é altíssima. Foi calculada considerando a presença de Santa Cruz e Sport, como o governo garantiu ao parceiro privado. Contaram com ovo antes da galinha, pois tricolores e rubro-negros ainda não assinaram.

Ou seja, para que o governo (o povo, consequentemente) não pague a conta – com três décadas pela frente -, os jogos de fora “precisam” ser um sucesso.

Logo, não serão poucos jogos…

Botafogo x Fluminense é, sim, uma partida emblemática para o futebol local.

Por mais que os torcedores sigam discutindo, jogos assim vão acontecer.

Comparações com os benefícios do Náutico, único cliente até o momento, serão onipresentes. A preocupação com a receita anual ainda mais.

É inegável o ganho ao estado proporcionado pela Copa das Confederações e pela Copa do Mundo. Pernambuco não poderia ficar de fora disso.

Mas o ônus, contudo, virá. Por enquanto, uma surpresa a cada semana.

Mudança cultural, econômica… Tudo a dezenove quilômetros do Marco Zero.

Projetando os adversários internacionais dos brasileiros na Sul-americana

Copa Sul-americana

A Conmebol realizou o sorteio oficial da Copa Sul-americana.

Ao todo serão 47 clubes na décima segunda edição do torneio, que envolverá os dez países membros da confederação sul-americana de futebol.

Serão nove brasileiros, sendo oito na tradicional fase nacional e o São Paulo, atual campeão e que entrará só nas oitavas de final. Por sinal, as oitavas correspondem à “fase internacional”, seguinte aos mata-matas entre brasileiros.

Curiosamente, apenas o Brasil não teve seus clubes definidos no sorteio, uma vez que o complexo sistema reunindo Série A/2012 e Copa do Brasil/2013 ainda não foi concluído. Náutico e Coritiba estão garantidos, mas aguardam as suas posições na “lista”. Saiba mais sobre esta fórmula de classificação aqui.

Com a estrutura do chaveamento definida agora  é possível projetar possíveis adversários dos futuros representantes do país.

Pelo caminho, times tradicionais como Colo Colo e Nacional de Medellín, campeões da Libertadores, além de Libertad e Barcelona do Equador. Espaço também para figuras como Inti Gás, El Tanque Sisley e Mineros de Guayana.

Brasil 8 x Brasil 1
O vencedor será o O4 e enfrentará O13, com o ganhador da chave G1 x G10
G1 – Montevidéu Wanderers (Uruguai) x Libertad (Paraguai)
G10 – Mineros de Guayana (Venezuela) x Barcelona (Equador)

Brasil 5 x Brasil 4
O vencedor será o O8 e enfrentará O9, com o ganhador da chave G14x G19
G4 –  Guaraní (Paraguai) x Oriente Petrolero (Bolívia)
G9 – Inti Gas (Peru) x Atlético Nacional (Colômbia)

Brasil 6 x Brasil 3
O vencedor será o O14 e enfrentará O3, com o ganhador da chave G5 x G14
G5 – El Tanque Sisley (Uruguai) x Colo Colo (Chile)
G14 – Deportivo Pasto (Colômbia) x Melgar (Peru)

Brasil 7 x Brasil 2
O vencedor será o O12 e enfrentará O5, com o ganhador da chave G6 x G12
G6 – Blooming (Bolívia) x River Plate (Uruguai)
G12 – Itagui Ditaires (Colômbia) x Juan Aurich (Peru)