A relação extraoficial de dirigentes e torcidas organizadas

Presidente de Náutico (Paulo Wanderley), Santa Cruz (Antônio Luiz Neto) e Sport (Luciano Bivar), com símbolos de Fanáutico, Inferno Coral e Torcida Jovem

A relação das torcidas organizadas com as direções dos clubes de futebol é quase umbilical. As primeiras aglomerações organizadas de torcedores surgiram em Pernambuco na década de 1970, num cenário completamente diferente, inclusive pela estrutura de comunicação da época.

Acredite, as torcidas dividiam o mesmo espaço nas arquibancadas. O objetivo era cantar mais alto, levar mais sacos de papel picado e bandeiras.

É difícil precisar o momento exato em que essas torcidas ganharam um poder além da conta, mas foi nos anos 1990. Um fenômeno de norte a sul. Ganharam espaços nos estádios, salas nas sedes dos clubes, caminho livre.

Foram ganhando dinheiro com produtos de suas próprias marcas, elevando o status entre os torcedores, sobretudo os mais jovens, em busca de uma identidade. E os gritos do clube foram abafados pela autoexaltação.

Aos poucos, 50 viraram 500, que viraram 5 mil e hoje são 50 mil.

No Recife não foi diferente. Disputas internas acabaram os grupos menores, incorporados à Fanáutico (20 mil), Inferno Coral (80 mil) e Torcida Jovem (90 mil). Uma massa humana assim, num processo democrático, pode ser utilizada de inúmeras formas. Nos jogos, determina a pressão ou apoio a um jogador ou dirigente na arquibancada. Nas eleições, uma conta exata de votos.

Conscientes disso, os diretores locais abraçaram as organizadas, alheios aos problemas causados pelas mesmas, responsáveis por 800 crimes em cinco anos, segundo o Ministério Público. Brigas, roubos, depredação etc.

Tudo via uma contrapartida extraoficial, de apoio financeiro por apoio maciço nas urnas, com mensalidades quitadas faltando poucos dias para o pleito.

Contudo, no palanque o tom até de presidentes é de apoio à presença das uniformizadas nas partidas, dentro e fora de casa. Tratam casos de violência como pontuais, por mais que a sensação seja onipresente em relação aos episódios envolvendo os supostos integrantes dessas facções.

Vestir uma camisa ou colocar um boné de uma organizada pode até gerar o apoio segmentado de parte da torcida a um dirigente.

Na maioria do público, o ato não parece ser encarado da melhor forma.

Os dirigentes também sabem disso. Mas enquanto isso não influenciar nas urnas, dentro e fora dos clubes, não deverá fazer muita diferença…

11 Replies to “A relação extraoficial de dirigentes e torcidas organizadas”

  1. por favor ! vcs não usa pesquisa pra tudo ? porque vcs não usa os dados do ibope No dia 25 de abril de 1992, integrantes de três torcidas organizadas do Santa Cruz (Santamante, Força Jovem e Os Cobrões) resolveram se unir para que, juntos, pudessem formar uma grande torcida organizada. Com o intuito de transformar o Estádio do Arruda como um grande “caldeirão”, o nome escolhido para a nova torcida criada foi Inferno Coral. No ano de 1994, surge mais uma fusão entre as torcidas do Santa Cruz, formando então a mais nova torcida organizada do Santa Cruz, de nome Santa Explosão, fusão esta que não deu certo, e que veio acabar no ano seguinte. Atualmente, a Inferno Coral possui aproximadamente 76.000 componentes, entre sócios e simpatizantes em todo território brasileiro. Conta também com um grande “Núcleo Feminino”. E pela pesquisa do IBOPE 2010 – 2012 foi considerada a Maior Torcida Organizada do Nordeste, seguido por Bamor do Bahia e Jovem do Sport, respectivamente.

  2. A realidade é que não precisamos de torcida marginalizada. Eu não gosto de ir clássicos, devido à violência destas torcidas. Pois o que acontecem com uns, podem acontecer com quaisquer torcedores e até mesmo, filhos de alguns dirigentes, reporteres; ninguém está imune à violência. A segurança não existe com as TM. A vida é mais importante que as TM. Os jogos clássicos deveriam serem de torcidas únicas, isto não é um absurdo. É a punição pra as TM. Liberdade e responsabilidade à vida é mais essencial. Eles que apóiam estas TM, não dão valor à vida. Não compreenderam ainda o que é a vida, não dão valor à vida. Eles não sabem como é difícil o início da vida e permanecer vivo, neste universo.Só Deus sabem o verdadeiro sentido da vida. Nós devemos lutar pra alongar e conservar a vida.

  3. Não podemos chamar desses grupos de torcidas organizadas, e sim de torcida marginalizada. Só porque gritam gol, tocam tambores e usam sem respeito algum a camisa de algum clube, e como estão suas fichas extensas criminais. Isso é o que vamos dizer para nossos filhos que eles são também torcedores? O que significa ser torcedor. E nós que pagamos como sócio, trabalhamos honestamente, cumpridos com os nossos deveres como cidadão e não podemos ir aos estádios de futebol com segurança por causa desses marginais apoiados por esses dirigentes hipócritas, que alem disso usam as nossas camisas dos nossos clubes de CORAÇÃO. E são esses mesmo marginais que chegam aos estádios acompanhados pelos policias, com seguranças e com lugares reservados. E nós cidadãos? O peso maior de culpa dessa realidade são os dirigentes dos clubes pernambucanos. Quando alguns desses marginais cometessem mais um delito, poderiam chamar primeiramente aqueles que dão lhe cobertura. Os dirigentes!

  4. A unica coisa que pude fazer eu ja fiz. DEIXEI DE IR AOS ESTÁDIOS. É uma pena pois eu amo ver meu Sport jogar mas amo muito mais a minha vida e ir ao estádio hoje em dia trata-se de uma tividade de altissimo risco. Que os presidentes fiquem com “suas torcidas” pois quem com os porcos se junta na lama chafurda.

  5. O que esses caras fazem é mera politicagem, que o diga o senhor Antônio Luiz Neto, que nunca dependeu disso pra se eleger como vereador, mas que usa essa torcida meramente pra se fortalecer politicamente, assim como muitos outros também o fazem!

  6. Por causa dessas famigeradas organizadas nós, torcedores “comuns”, somos alvos de atos de violência. Temos sofrido na pele por causa da guerra que esses imbecis resolveram criar.

    Hoje, por saber que a organizada do SPORT tem apoio da diretoria rubro-negra, estou repensando se voltarei a ser sócio do SPORT. Como posso colocar meu dinheiro dentro de um clube que acoberta os CRIMES cometidos por seus torcedores. Que postura é essa?
    Todos os amantes do futebol de Pernambuco, de todas as torcidas não organizadas, deveriam se juntar e fazer um ato em prol do futebol. Famílias deixaram de ir a campo por causa dos marginais que são apadrinhados pelos presidentes de clube. Essa postura dos presidentes dos grandes clubes da capital mostra que, há muito tempo, tais presidentes rasgaram de seus dicionários a palavra ÉTICA, substituindo por outra, BARGANHA! Isso mesmo, eles barganham a sua manutenção no poder com o DIREITO DE IR A CAMPO que o VERDADEIRO TORCEDOR DE SPORT, SANTA E NÁUTICO TEM.
    Diante de um quadro de total desrespeito ao BOM TORCEDOR, desrespeito que parte inclusive dos que dirigem seus clubes, SÓ TENHO QUE LAMENTAR e externar minha INDIGNAÇÃO!

  7. Só me informe uma coisa…De onde vocês tiraram as informações que a fanautico tem 20 mil…inferno coral 80 mil e torcida jovem 90 mil…Eles não vai ter isso nunca dentro de um estadio e também nunca vão ter essa quantidade de integrantes cadastrado.

  8. Essas fotos são tensas pácaraio kkkkkkkkkkkkkkk
    O Grande problema das organizadas são as ideologias deles, pra eles primeiro vem a torcida depois o time….
    e ainda tem a violência que eles mesmo se contradizem quando falam que querem paz, ué? quer paz? e por que no estádio vc canta que vai por terror na cidade?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

*