Mais quatro anos de naming rights no Pernambucano

Campeonato Pernambucano Coca-Cola 2014. Crédito: FPF

O Estadual foi rebatizado pela primeira vez em 2011. Após firmar um contrato através do naming rigths, a FPF cedeu os direitos sobre o nome da competição.

Assim, o torneio tornou-se oficialmente “Campeonato Pernambucano Coca-Cola”. O acordo de quatro anos renderia R$ 600 mil por edição.

Valor abaixo da estimativa de R$ 800 mil em 2009, quando o torneio quase se chamou “Campeonato Pernambucano Brahma Fresh de Futebol”. O veto à venda de bebidas alcoólicas nos estádios inviabilizou o acordo.

Com a Coca-Cola, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, garante ter elevado a cota nos últimos dois anos, apesar de não revelar a quantia.

O modelo foi aprovado pela cúpula da entidade e a competição continuará tendo o nome atrelado a um patrocinador. O mesmo ocorre na Copa do Brasil (Sadia), Libertadores (Bridgestone) e Sul-Americana (Total), por exemplo.

O novo contrato já está sendo formulado, novamente com quatro anos de duração. Entre 2015 e 2018, a competição local terá um novo nome.

São quatro empresas na briga, incluindo a própria Coca-Cola.

Quantas temporadas são necessárias para que a denominação comercial do torneio seja adotada pelo torcedor?

Rubro-negros, tricolores e alvirrubros entre os 367 mil usuários do TCN

Cartão do Todos com a Nota

O programa estatal do Todos com a Nota, com ingressos promocionais no futebol pernambucano, conta atualmente com 367.619 usuários cadastrados na Região Metropolitana do Recife, portadores de cartões magnéticos.

Inscrições de novos cartões nos últimos anos:
2011 – 200 mil
2012 – 100 mil
2013 – 67 mil

O coordenador do Todos com a Nota, Gustavo Aguiar, informou ao blog os dados absolutos das três maiores torcidas da capital na distribuição de todos os cartões solicitados desde o primeiro semestre de 2010, quando o processo foi informatizado. Os percentuais são praticamente os mesmos até hoje (veja aqui).

Sport – 48,27%
177.448 pessoas

Santa Cruz – 29,90%
109.931 pessoas

Náutico – 21,83%
80.240 pessoas

Este cenário é o reflexo geral das três maiores torcidas de Pernambuco?

Talvez o mais correto seja dizer o óbvio, que este quadro mostra uma camada da população local em sua maioria formada por torcedores de menor poder aquisitivo. Aquela que consome o futebol via TCN, na troca por notas fiscais.

De toda forma, também serve como mais um indício na velha discussão.

Direitos de transmissão do Estadual seguem com a Globo de 2015 a 2018

Rede Globo Nordeste

O Campeonato Pernambucano é transmitido na televisão aberta de forma regular desde 1999. O sucesso na TV Pernambuco, com picos de audiência no público local, chamou a atenção da Rede Globo Nordeste. No ano seguinte, a emissora adquiriu os direitos de transmissão por R$ 850 mil – Luciano do Valle, que havia idealizado a exibição na tevê estatal, comprara por R$ 500 mil.

Desde então, a Globo mantém a exclusividade na transmisão do Estadual. O contrato atual foi assinado em 2010, com duração até 2014.

O acordo se encerra nesta temporada. Contudo, a negociação para a renovação já foi concretizada. Serão mais quatro anos, de 2015 a 2018.

O presidente da FPF, Evandro Carvalho, confimou ao blog a assinatura. No novo contrato, a emissora pode compartilhar a transmissão com o Sportv. Além disso, foi mantido o pay-per-view através do PFC, em uma opção pouco utilizada nas últimas edições, mas com previsão de melhora no pacote.

Em relação aos valores, o dirigente diz que a cláusula de confidencialidade impede a divulgação. Porém, garante estar no mesmo patamar dos campeonatos da Bahia e do Paraná. No caso da Boa Terra, também nas mãos da Globo – Rede Bahia por lá -, o valor gira em aproximadamente R$ 3 milhões por edição, com R$ 750 mil de cota para Bahia e Vitória.

“Conversamos com outras redes de televisão, mas acabamos conseguindo o reajuste no contrato com a própria Globo. Colocamos o valor do campeonato só abaixo dos estados de São Paulo, Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.”

Ao todo, o Estadual chegará a 19 temporadas na tela da mesma emissora.

Segundo a FPF, o Ypiranga conseguiu a vaga na Copa do Brasil. Não para a CBF

Regulamento do Campeonato Pernambucano 2013.

A Confederação Brasileira de Futebol revelou a lista de participantes na Copa do Brasil de 2014. Serão 87 clubes, dos quais três pernambucanos.

Santa Cruz, Sport e Náutico.

Campeão, vice e 3º lugar do Estadual de 2013. Porém, está faltando algo…

O Campeonato Pernambucano do ano passado previa quatro vagas para o futebol local no torneio nacional. O regulamento era claríssimo.

Além dos três primeiros colocados na classificação geral, ainda haveria uma vaga para o campeão do primeiro turno. No caso, foi o Náutico. Como o Timbu foi o 3º lugar geral, a vaga foi destinada ao 4º colocado. No caso, o Ypiranga.

O alviazulino de Santa Cruz do Capibaribe vivia a expectativa de se tornar o sétimo time do estado a disputar a Copa do Brasil.

A surpresa veio nesta quinta-feira, com a notícia no site da CBF, com a divulgação de todos os participantes (veja aqui).

Pernambuco só foi contemplado com três vagas. A Bahia conseguiu quatro.

Veremos a posição da FPF sobre a ausência do Ypiranga…

Atualização: em entrevista ao blog, o presidente da FPF, Evandro Carvalho, afirmou que a fórmula do Estadual foi feita segundo o Ranking da CBF de 2013. Em 8º lugar, o futebol local perdeu a vaga. Assim, segundo o dirigente, a quarta vaga não estava “garantida”, por mais que o regulamento apontasse o contrário. A explicação fica mais confusa porque Pernambuco já estava em 8º em 2012. Ou seja, teoricamente a vaga nunca existiu, num erro da federação…

Quando a imagem pode ser prejudicial, não ao patrocinador, mas ao clube

Anúncio do contrato entre Botafogo e Telexfree. Crédito: Youtube/reprodução

Ao estampar a sua marca em um uniforme de um clube de futebol, a empresa patrocinadora espera receber uma visibilidade em boa escala, além da valorização de sua imagem, claro.

Melhorar a imagem no mercado, junto ao público consumidor, é essencial.

Por isso, a Nissan encerrou o patrocínio com o Vasco após a briga generalizada entre integrantes das uniformizadas do clube de São Januário e do Atlético-PR. O acordo girava em torno de R$ 21 milhões.

É possível o oposto, com a marca sendo prejudicial ao clube? Em tese, sim.

Essa foi reação do mercado no primeiro dia após o anúncio do contrato entre o também alvinegro carioca Botafogo e a TelexFree, válido em 2014.

Para compreender a dúvida, vale lembrar a situação da TelexFree no Brasil…

A empresa funciona vendendo pacotes de telefonia VoIP através de um grande sistema de divulgação. O Ministério Público do Acre entendeu que era a estrutura era, na verdade, um esquema de “pirâmide financeira”, dependendo da entrada de novos divulgadores – são mais de 350 mil  -, e não da venda de produtos. E assim a justiça proibiu a operação no país.

O bloqueio à atividade e aos bens vem desde junho de 2013 (saiba mais aqui).

Os valores do acordo entre a Estrela Solitária e a TelexFree não foram revelados, mas especula-se a maior soma já obtidas pelo clube.

Assista ao vídeo oficial do anúncio do patrocinador. No caso, a assinatura foi com o braço internacional da empresa, direto de Miami, nos EUA.

“Antes que a mídia critique, quero afirmar que o acordo foi feito fora do Brasil”.

“A nação TelexFree agora tem time. Olha a nossa segunda pele aqui, é o Botafogo”.

O fato de a empresa sequer operar no Brasil, devido à decisão judicial, pode atrelar uma imagem negativa ao clube do Rio de Janeiro? Ao que parece, pesou apenas o cheque, credibilidade à parte.