Atuação rubro-negra expõe risco real de eliminação precoce no regional

Copa do Nordeste 2014 , 3ª rodada: Sport x Guarany de Sobral. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Empate sem gols com o Guarany de Sobral, na Ilha do Retiro.

Em outra atuação pífia no Nordestão, contra um rival de potencial econômico muito menor, o Sport assustou a sua torcida. Já são quatro jogos sem vitória em 2014, sendo um amistoso e três pelo regional, com três empates e uma derrota.

O empate em 0 x 0 na noite deste domingo marcou a reestreia do zagueiro Durval, após quatro temporadas no Santos. Defensivamente, o time comandado por Geninho até que não enfrentou tantos problemas.

Ofensivamente, foi fraquíssimo. Até teve vontade. Faltou qualidade técnica. Os passes errados subiram o tom na arquibancada, numa irritação fora do normal. Os deslocamentos se efeito e as firulas completaram o cenário.

E Neto Baiano? Após a provocação no clássico, calou-se. Voltou a finalizar mal e nem acertou a meta. Porém, foi derrubado as 41, num pênalti não marcado.

A etapa final só expôs a desorganização tática do Leão, que teve como ponto positivo (e solitário) o futebol do jovem meia Everton Felipe, de 16 anos. Assim como ocorreu na arena diante do Timbu, o time cearense atuou de forma precavida no primeiro tempo e cresceu no segundo. Brecou o Rubro-negro.

O Leão soma míseros dois pontos em três jogos. Caso não melhore muito, o risco de um vexame na primeira fase do Nordestão é considerável…

Copa do Nordeste 2014 , 3ª rodada: Sport 0x0 Guarany de Sobral. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A.Press

Clássico das Multidões na versão paraibana

Sport de Campina Grande e Santa Cruz de Santa Rita, integrantes da 1ª divisão paraibana de 2014

O Clássico das Multidões entre Sport e Santa Cruz é um dos mais tradicionais do Nordeste e também um dos mais populares, envolvendo diretamente aproximadamente quatro milhões de torcedores.

Disputado desde 1916, o duelo conta com mais de 500 capítulos. Na vizinha Paraíba, em uma escala bem menor, existe outra versão oficial da partida…

Sport Club Campina Grande e Santa Cruz Recreativo Esporte Clube.

Representantes de Campina Grande e Santa Rita. Em 2014, as duas equipes se enfrentaram pela primeira vez na elite estadual. Vitória tricolor, 2 x 0.

Enquanto o Santa Cruz teve uma inspiração umbilical no Tricolor do Arruda – sendo fundado em 1939 -, com as mesmas cores e mascote, o Sport campinense adotou uma nomenclatura bem semelhante, mas com cores (alviverde) e mascote (bode) distintos. A agremiação, que existia apenas com categorias de base, foi profissionalizada em 2012.

Até a estreia na primeira divisão, o “clássico paraibano” havia ocorrido somente na segundona estadual, com ampla vantagem coral.

08/07/2012 – Sport 2 x 6 Santa Cruz
21/07/2012 – Santa Cruz 2 x 1 Sport
03/09/2013 – Sport 0 x 1 Santa Cruz
11/09/2013 – Santa Cruz 4 x 0 Sport

Homônimos à parte, o único clássico entre os recifenses Sport e Santa Cruz fora de Pernambuco aconteceu justamente na Paraíba.

Em 22 de abril de 1951, em João Pessoa, houve um empate sem gols.

Confira uma postagem sobre os genéricos dos clubes pernambucanos aqui.

De Caça-Rato a The Rat Catcher, o apelido definitivo de Flávio

Matéria no jornal inglês The Guardian sobre o Flávio Caça-Rato, atacante do Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

No futebol, o nome é Flávio Caça-Rato. Não há porque negar o apelido. O atacante gosta, a torcida o idolatra, a repercussão na imprensa só aumenta…

Durante um bom tempo, o Santa Cruz insistiu em chamá-lo de “Flávio Recife”. Claro, a ideia não pegou. Aos poucos, o clube cedeu e aceitou o apelido.

Folclórico sim, mas sem denegrir o Tricolor. Na verdade, tal alcunha vai levando o nome coral a distâncias surpreendentes. Ou um perfil de Caça-Rato publicado no tradicionalíssimo jornal britânico The Guardian não chama a atenção?

Flávio the Rat Catcher, na tradução do periódico, é descrito como o jogador que veio da pobreza, numa relação direta com a situação do país (veja aqui).

No embalo, as 60 mil pessoas no acesso tricolor à segundona são citadas como a mistura entre carisma, futebol e paixão, tendo foco em Rat Catcher.

Esta é a terceira vez que o Santa Cruz é citado no jornal londrino. Mérito do norte-irlandês James Armour Young, colaborador do newspaper, que morou alguns anos no Recife e passou a torcer do clube, além do Atlético Mineiro.

No primeiro texto assinado por ele, a pauta foi o lado cultural de torcer pelo time do povão. Em seguida, na estreia na quarta divisão em João Pessoa, com 16 mil tricolores no Almeidão, mesmo sob dilúvio, o deslocamento humano também foi lembrado em uma coluna esportiva.

Agora, uma reportagem para deixar claro que no mundo da bola Flávio é…

The Rat Catcher.