A torcida rubro-negra estava impaciente neste início de temporada, que marca a volta à elite. O ataque não funcionava, as vitórias não surgiam…
Ao perder em Sobral, em sua quarta apresentação no Nordestão, o time deixou o Junco praticamente fora da disputa. Nenhum cálculo de classificação de eliminação foi elaborado, mas menos de 99% seria até otimismo.
Incrivelmente, o resultados alheios vieram. Nesta tarde, por exemplo, a vitória do Botafogo sobre o Guarany deixou o Clássico dos Clássicos instigadíssimo.
O lado vencedor daria um grande passo na classificação. O Timbu e a provavável vaga ou o Leão, até então morto, vivíssimo. Na superação de um time merecidamente criticado, o Sport bem foi além e goleou por 3 x 0.
Em uma arena sem tanta gente, o Alvirrubro teve mais posse de bola, mas assustou pouco. A sua principal chance foi logo a primeira da noite, aos 13 minutos, com a bola passando rente à linha de Magrão, após falha enorme de Renê – a surpresa no 3-5-2 do interino Eduardo Batista.
No minuto seguinte, o primeiro gol de uma partida cirúrgica dos visitantes. Cruzamento de Ailton e cabeçada de Ananias, apesar da notória estatuta.
Tecnicamente, o jogo foi fraco, mas o Rubro-negro se mostrava mais produtivo, girando mais. Com a bola – mais tempo -, o Timbu esteve desorganizado.
O grande pecado da noite foi na parte disciplinar da arbitragem, com as duas equipes reclamando bastante de Emerson Sobral.
Voltando ao futebol, o meia Ailton, apagado nas rodadas anteriores, conduziu bem o Sport, se aproveitando do mau futebol da equipe de Lisca – aplicada como no primeiro clássico, mas nada além disso.
Colabora para a análise a pegada do Leão. Segundo o Footstats, somente no primeiro tempo, o time desarmou 17 bolas, contra apenas 4 do Náutico.
E assim, roubando bolas, os leoninos praticamente definiram o jogo no início do segundo tempo. Aos 2 minutos, João Ananias saiu mal, Neto Baiano recuperou e arriscou de longe. Gideão bateu roupa e Érico Júnior concluiu, ampliando.
A partir daí, o Sport passou a controlar o jogo, saindo apenas na “boa”. Mesmo assim, perdeu duas ótimas chances. No finzinho, ainda teve um pênalti a favor.
Neto Baiano, numa seca duradoura neste ano, encheu o pé mais uma vez, mas desta vez acertou as redes. Definiu a goleada.
O resultado na Arena Pernambuco criou uma situação até então improvável, com os dois pernambucanos com boas chances de classificação às quartas.
O sorriso, contudo, foi apenas dos rubro-negros…