A nona largada positiva do Santa Cruz no Estadual

Pernambucano 2014, 1ª rodada: Santa Cruz 4x2 Central. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

2006 – Santa Cruz 1 x 0 Porto
2007 – Santa Cruz 2 x 0 Belo Jardim
2008 – Santa Cruz 3 x 2 Ypiranga
2009 – Sete de Setembro 0 x 1 Santa Cruz
2010 – Sete de Setembro 1 x 2 Santa Cruz
2011 – Vitória 0 x 3 Santa Cruz
2012 – Santa Cruz 2 x 1 Belo Jardim
2013 – Santa Cruz 2 x 1 Pesqueira
2014 – Santa Cruz 4 x 2 Central

O Tricolor estreou com vitória no Estadual pela nona vez consecutiva.

Na abertura do hexagonal da competição, que até a noite de sábado não havia sido confirmada, o Santa Cruz fez um jogo disputado contra a Patativa.

Com o ataque funcionando bem, com dois gols de Léo Gamalho, um de Cassiano e outro de Pingo, a equipe de Vica largou bem na busca pelo tetracampeonato.

É verdade que o adversário chegou a virar ainda no primeiro tempo, nos belos gols de Jonathan Goiano e Fernando Pires, mas os corais foram superiores, com 57% de posse de bola, o que levou o visitante a cometer muitas faltas.

A partida na tarde deste domingo serviu também para matar a saudade do povão.

Com a punição na Copa do Nordeste, obrigando o clube a atuar três vezes no Lacerdão, só agora o Santinha conseguiu jogar oficialmente no Arruda.

Vale uma ressalva sobre o público neste domingo, com apenas 8.009 torcedores presentes. Sem Todos com a Nota, com chuva, transmissão ao vivo na televisão e a confirmação do jogo a apenas vinte horas do apito inicial.

Com a boa fase coral e a empolgação no ano do centenário, a tendência levar bem mais gente nas apresentações com mais organização…

Pernambucano 2014, 1ª rodada: Santa Cruz 4x2 Central. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Quando a democracia atrapalha uma tabela, segundo Evandro Carvalho

Exposição "Brasil, um País, um Mundo", no Recife em fevereiro de 2014. Fotos: FPF/assessoria

O presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, acredita que a “democracia” atrapalhou a composição da tabela do Estadual.

Por mais surpreendente que seja a afirmação, não é a primeira vez que o dirigente alega isso após uma confusão administrativa na FPF.

Segundo ele, o fato de ouvir todos os clubes na formatação da tabela oficial, sobretudo as principais camisas do Recife, acaba gerando inúmeros conflitos.

Tal clube quer estrear em casa, um não aceita disputar clássicos à noite e o outro não quer disputar as últimas partidas como visitante.

Tira aqui, encaixa ali, num verdadeiro quebra-cabeças… Nem sempre possível.

De forma inacreditável, a tabela de 2014 saiu somente às 20h do sábado, com a primeira rodada marcada para as 16h de domingo. Na próxima edição, Evandro promete fazer uma tabela sem consulta alguma às equipes.

Na verdade, Evandro, você até pode consultar os clubes, desde que o calendário seja revelado faltando no máximo 60 dias para o início da competição.

A partir daí, ouvir qualquer time e modificar a estrutura vira um problema.

E nem é uma questão democrática, mas sim o que preza o Estatuto do Torcedor.

Bandeira branca a meio mastro após quebra da primeira diretriz do Futebol de Paz

Futebol de Paz. Crédito: facebook.com/fpfpe

No início de 2014, o presidente do Sport, João Humberto Martorelli, teve a boa e necessária ideia de estimular uma campanha para a paz no futebol local.

O projeto Futebol de Paz foi lançado em 22 de janeiro, na sede da FPF, com a presença do dirigente e dos mandatários de Náutico, Glauber Vasconcelos, e Santa Cruz, Antônio Luiz Neto. O discurso, enfim, parecia afinado.

A ideia foi composta por seis diretrizes, todas elas com o objetivo de evitar o aumento do clima hostil no futebol pernambucano, com material de divulgação nos clubes, nos jogos e nas redes sociais. A primeira delas é a seguinte:

“As entrevistas dos três presidentes e dos diretores dos três clubes serão sempre exaltando a paz, nunca de uma rivalidade que gere promoção da rivalidade e da violência.”

Menos de um mês após a bandeira branca tremulada, logo o próprio Martorelli feriu o primeiro ponto do acordo, destinado aos gestores do esporte.

No calor da confusão sobre a tabela do Estadual, que foi parar no STJD e resultou no adiamento do clássico entre Náutico e Sport na primeira rodada – a uma data a ser definida -, o presidente rubro-negro declarou o seguinte à Rádio Jornal.

“É evidente que o Náutico está com medo de enfrentar o Sport. Isso é o que me parece mais óbvio.”

O dirigente é um advogado conceituadíssimo na região, mas à frente do futebol do clube parece ter faltado um pouco de traquejo nesta confusão.

A bandeira branca a meio mastro no Recife, mais uma vez.