Sub 23, o novo caminho para a elite pernambucana, com e sem profissionais

Clubes do Pernambucano Sub 23 de 2014 (segunda divisão). Crédito: Cassio Zirpoli

A segunda divisão do Campeonato Pernambucano foi instituída de forma regular em 1995, tendo como primeiro campeão o Sete de Setembro de Garanhuns.

Deficitária desde sempre, a competição se manteve aos trancos e barrancos com estádios vazios, jogos ruins e tendo como único ponto a favor o acesso. A movimentação do interior era quase uma falácia, com arremedos em campo.

Demorou quase duas décadas, mas a FPF tomou uma atitude e reformulou o torneio de forma drástica, dando um sentido a mais além das vagas. A partir de agora, a segundona, a popular Série A2, passa a ser o Pernambucano Sub 23.

Os dois lugares na elite do futebol local seguem em disputa. Porém, para isso as equipes postulantes terão que seguir o mesmíssmo modelo.

Em cada jogo, os time podem inscrever 22 jogadores, com pelo menos 18 tendo no máximo 23 anos (nascidos a partir de 1992). O formato é semelhante ao da Olimpíada, mas aqui cinco nomes sequer precisam ser profissionais…

Até a conquista do título, os 15 clubes vão passar por cinco fases, sendo duas etapas em grupos e o restante em mata-mata. Acesso somado às revelações.

Elogio à parte, a federação precisa mudar outro cenário, o das arquibancadas. A segundona (“Sub 23”) começou com campos precários e vazios, como sempre.

Grupo A: Araripina, Afogados, Altinho e Petrolina.
Grupo B: Belo Jardim, Centro Limoeirense, Sete de Setembro e Timbaúba.
Grupo C: Barreiros, Ferroviário do Cabo, Jaguar e Vera Cruz.
Grupo D: Atlético/PE Íbis e Olinda.

O Decisão, que integraria a chave D, desistiu. Favoritos ao acesso?

Jogos da rodada de abertura do Pernambucano Sub 23 de 2014. Fotos: FPF/site oficial

4 Replies to “Sub 23, o novo caminho para a elite pernambucana, com e sem profissionais”

  1. CONCORDO EM PARTE EM SER COM O SUB 23 PQ HAVERÁ MUITO JOGADOR DESEMPREGADO, DEVERIA TER UMA COTA PARA CADA TIME!!!!!!!!!

  2. Não Concordei,

    1º Pernambucano SUB 23??? SEM SANTA,NAUTICO E SPORT???
    Vai começar a times ridiculos terem status de campeão Pernambucano.. rebaixando ainda mais nosso futebol.

    2º Incentivar a Base? Otimo sim!! agora provocar desemprego? AI não!! Acho a cota pra jogadores acima dos 23 muito pequena.

  3. Lucas David,

    1) Esse jogadores mais velhos sequer tinham contrato com os clubes em questão, que são sazonais (há tempos), firmando contratos só em maio/junho, quando começa o período de treinamento. Os clubes não abriraram mão desses jogadores. Eles simplesmente não foram contratados (com a regra de 4 por time, apenas 60 atletas acima de 23 anos entraram na competição). É preciso lembrar que não havia vínculo.

    Acho um erro tratar o campeonato como um cabide de emprego. Que os 60 jogadores escolhidos para a disputa da nova 2ª divisão tenham qualidade, e não porque tinham que jogar de todo jeito após o fim da 1ª divisão estadual (aliás, que nível técnico é esse que os mesmos jogadores jogam as duas divisões no mesmo ano?!)

    2) Você tem razão nesse ponto. Está longe de ser um ponto restrito à FPF (ou à CBF). Cabe aos clubes e/ou prefeituras (donas dos campos). Citei a FPF por liberar tais estádios. Se o clube não tem condições de jogar em casa, nem deveria participar. Mas acontece o seguinte (e aí é, sim, culpa da federação): o estádio do clube A não tem condições (nem tem e nem terá), mas ele é liberado para atuar em outra cidade, no estádio B.

    Isso ocorreu até mesmo na 1ª divisão pernambucana, com o Chã Grande atuando em Vitória de Santo Antão. Na minha opinião, ter um estádio é condição básica para a participação. Sem estádio, sem participação (disputa em outros campos, somente com punições de perda de mando de campo).

  4. Só duas ressalvas:

    1) Numa época onde o Bom Senso FC discute tanto a manutenção do emprego dos jogadores ao longo ano, que ficam desempregados logo com o final dos campeonatos estaduais, como ficam os jogadores acima de 23 anos que contavam com a A2 para se manterem ativos e, em poucos casos, recebendo dinheiro?

    2) Até que ponto as arquibancadas vazias são culpa federação? Ou até mesmo da CBF, já que é uma discussão que também tá na pauta da Série A? Acho que é um argumento bem simplista, deixa os clubes numa zona de conforto absurda, tirando a responsabilidade que lhes cabe. Tá aí o Recife Mariners que não nos deixa mentir. Num esporte que nem federação tem, que inclusive sofre muito preconceito, consegue ter públicos maiores que a maior parte dos times da A1 (excluindo os fantasmas com a nota) e que todos da A2, num trabalho feito única e exclusivamente pelo time.

    A A2 tem um monte de time e mcidade que não tem time ao redor, cadê eles trabalhando para criar e fidelizar torcedores?

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