Podcast 45 minutos (42º) – Debate com Sidney Moraes, do Náutico à Seleção

Gravação do podcast com o técnico do Náutico, Sidney Moraes, em 22 de julho e 2014

Edição especial do 45 minutos, num debate exclusivo com o técnico do Náutico, Sidney Moraes. Falou sobre o momento do clube, crise financeira, vaias, reforços, transição de jogador a técnico, Seleção, Dunga etc.

No 42º podcast, com mais de uma hora de duração – diretamente do CT alvirrubro -, estou na discussão com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser…

A volta de Dunga à Seleção era algo inacreditável. Mas a notícia era, sim, real

Apresentação de Dunga como novo técnico da Seleção Brasileira em 2014. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

De tão inacreditável, a informação da Placar de que Dunga seria o novo técnico da Seleção parecia mais uma “barriga”, o jargão jornalístico antagônico ao “furo”.

A notícia saiu há seis dias, no site da revista. Desde então, a informação não parou de ganhar força em outras mídias, sempre gerando dúvidas (“Dunga? Por que?”). Faltando um dia para o anúncio da CBF, os grandes portais do país já davam como fato consumado o retorno do capitão do tetra. A confirmação ocorreu nesta terça. Contrato até a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.

A volta é inesperada e não condiz de forma alguma com a necessidade de mudanças na Canarinha. Francamente, como havia de ser diferente com José Maria Marin como presidente e Marco Polo Del Nero como futuro presidente da entidade? Uma fórmula arcaica de gestão, paternalista.

Uma transformação ainda mais necessária passaria justamente no comando organizacional da entidade, na figura desta dupla. Assim, o anúncio só mostra o teor político da escolha, à parte das questões táticas e técnicas.

Ainda assim, é preciso ser justo com o trabalho de Dunga, aquele executado de 2006 a 2010 – o primeiro de sua vida como treinador. Foram 42 vitórias, 12 empates e 6 derrotas, a última delas nas quartas de final do Mundial da África do Sul, com a falha do goleiro Júlio César e a expulsão bizarra de Felipe Melo.

No futebol, Dunga sempre foi um vencedor, apesar do complexo de perseguição no contato com a imprensa. Que Dunga tenha aprendido com os erros para 2018 – o principal deles, a proteção a jogadores sem qualidade como parte de uma “lealdade” por resultados mínimos.

À torcida, o maior recado é que o futebol brasileiro seguirá o mesmo, buscando resultados pelo seu enorme talento, pela falta de lógica no esporte e não por sua estrutura. Não parece ser do interesse da turma de cima esse modelo.

Por que? Eis a resposta a ser procurada a partir de agora…

Apresentação de Dunga como novo técnico da Seleção Brasileira em 2014. Foto: Rafael Ribeiro/CBF