Léo Gamalho garante a primeira das duas supercotas da Copa do Brasil ao Santa

Copa do Brasil 2014, 2ª fase: Santa Cruz x Botafogo-PB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A seca de gols já estava incomodando faz tempo. Desde maio! A pressão sobre Léo Gamalho só aumentava no Santa Cruz…

Apesar da boa técnica, o jogador não vem bem na Série B, mas soube aproveitar a oportunidade na Copa do Brasil, num confronto milionário.

Mesmo num Arruda de portões fechados, havia muita grana em jogo. Uma eventual classificação coral renderia R$ 430 mil de cota pela participação na terceira fase. Já tinha recebido duas de R$ 160 mil.

Em João Pessoa, na ida, empate em 1 x 1 com o Botafogo, antes do Mundial. Nesta quarta, a disputa paralela foi vital para as finanças do Tricolor.

Sem o apoio da torcida, cumprindo o último jogo da punição aplicada pelo STJD, o Tricolor venceu por 2 x 1, com dois gols do centroavante de camisa 9.

O time pernambucano jogou bem melhor que o adversário, o que não quer dizer necessariamente que atuou bem. Abriu o placar aos 21, com destaque para Tony (na vaga do apagado Nininho) e só foi para o intervalo com a igualdade por causa de um lance ridículo da defesa, comprovando a má fase do setor.

O segundo tempo foi mais amarrado, com direito ao retorno de Natan, e já parecia caminhar para os pênaltis. Aí, Gamalho foi lançado e definiu bem.

Manteve o Santa na Copa do Brasil, agora contra o modesto Santa Rita de Alagoas, que eliminou Guarani-SP e Potiguar-RN. Ainda assim, é impossível não apontar o favoritismo aos corais…

E aí é preciso deixar claro o quanto valerá a próxima classificação.

Fora a arredacação, quando o Mundão enfim terá os seus portões abertos, vale uma cota de R$ 530 mil. Portanto, só com premiações o Tricolor chegaria às oitavas com R$ 1,28 milhão. Nada mal. Os gols de Gamalho valeram demais.

Copa do Brasil 2014, 2ª fase: Santa Cruz x Botafogo-PB. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

“Felicidade é torcer pelo Sport”, de Ariano Suassuna para a eternidade

Ariano Suassuna na Ilha do Retiro, com Fumagalli, em 2007. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press

“O Sport, pra mim, é – e sempre foi – uma das coisas mais importantes na minha vida.”

“Felicidade é torcer pelo Sport.”

As frases foram ditas há tempos por Ariano Suassuna, paraibano de nascimento e pernambucano de coração. Ambas tornaram-se inerentes ao escritor, um frequentador assíduo da Ilha do Retiro desde 1938, levado ainda criança pelo compositor tricolor Capiba, amigo da família.

Um rubro-negro na essência, sempre vestido de vermelho e preto, ou “Sport Fino” segundo a descrição do próprio, presente nas grandes conquistas do clube. Tamanha paixão pelo Sport lhe rendeu uma homenagem especial.

Em julho de 2013, as declarações foram gravadas no uniforme do Leão, numa linha inspirada nos traços armoriais, o estilo regional criado pelo autor.

“Agora estando ou não no estádio, estou sempre presente. Estarei lá por meio da camisa.”

Ali, já tratava-se de uma grande verdade.

Em 13 de maio deste ano, Ariano comemorou o último aniversário do clube, gravando um vídeo de parabéns destinado à torcida leonina.

Aos 87 anos, após resistir o quanto pôde, Ariano nos deixou, ficando na eternidade. Dono de uma personalidade com nuances na cultura, no esporte e na política, o escritor de O Auto da Compadecida está marcado na história.

Clubismo à parte, ficará na memória de rubro-negros, alvirrubros e tricolores.

Admiradores de um pernambucano nato.

Camisa especial do Sport para Ariano Suassuna. Foto: Alexandre Barbosa/DP/D.A Press

As ligas de futebol mais populares do mundo na temporada 2013/2014

Média de público dos campeonatos nacionais de 2013 e 2014. Crédito: Pluri Consultoria

O Brasileirão de 2013 foi o primeiro no país denro do novo momento estrutural, com as arenas da Copa do Mundo. Fizeram parte da competição o Maracanã, a Arena Pernambuco, o Mineirão, o Mané Garrincha, a Fonte Nova e o Castelão.

A novidade deste padrão de conforto deve se estabelecer de vez na edição de 2014, com outras seis arenas, além dos novos estádios de Grêmio e Palmeiras. No ano passado, contudo, foi tímido o acréscimo na média de público da Série A, com 1.980 pessoas a mais por jogo (+15%).

A taxa de ocupação (um ponto importante na pesquisa) foi de 39%. Baixo.

Para um país que organizou o Mundial com a segunda maior média da história (53 mil espectadores), é decepcionante a colocação atual no quesito clubístico, em 15º. Vice-campeã do mundo, a Argentina tem uma média de 20 mil…

Sem surpresa, a Alemanha, agora campeã mundial, mantém a liga mais popular do futebol. A Bundesliga registrou uma média de 43 mil pessoas, segundo o levantamento da Pluri Consultoria. A considerável vantagem sobre o segundo lugar (Premier League) é de 6,5 mil torcedores. Há tempos é assim.

Os 25 principais campeonatos reuniram 127,6 milhões de torcedores na temporada 2013/2014, com uma média de 18,5 mil. O avanço em relação ao ano anterior foi de 0,6%. Ainda assim, o futebol segue atrás das principais ligas esportivas dos EUA (futebol americano, baseball, basquete e hóquei sobre o gelo), com 161,2 milhões de público absoluto e índice de 23,9 mil.

Quanto ao País do Futebol, vale conferir o rescaldo da Copa nos números…