A 30ª classificação da Segundona 2014

Classificação da Série B 2014, na 30ª rodada. Crédito: Superesportes

Após muitas rodadas, a Série B de 2014 enfim apresenta o mesmo número de jogos para todos os vinte participantes. O Santa, que tinha um jogo adiado, aproveitou bem a semana, vencendo duas vezes, chegando a 45 pontos e empatando com o Náutico, que ficou no 1 x 1 no Maranhão. Ambos a sete pontos da zona de classificação a elite. Faltam apenas oito rodadas…

No G4, dois catarinenses, um paulista (líder) e um carioca.

A 31ª rodada dos representantes pernambucanos
21/10 – Boa Esporte Náutico x (20h50)
28/10 – Santa Cruz x Vila Nova (18h30)

Apagado no primeiro tempo e brigador no segundo, Timbu empata no Maranhão

Série B 2014, 30ª rodada: Sampaio Corrêa 1x1 Náutico. Foto: Site Oficial do Sampaio Corrêa/Assessoria

Com a derrota do Avaí na terça-feira, uma vitória no sábado deixaria o Náutico a cinco pontos do G4. Era mais uma grande chance batendo na porta. Claro, não seria fácil vencer o Sampaio Corrêa no Maranhão. Portanto, seria preciso uma dedicação absoluta nos 90 minutos. Infelizmente, faltou atitude na primeira metade. Não há como pensar diferente.

O time pernambucano ficou preso na marcação adversária até com certa facilidade. Nos primeiros minutos, faltou buscar mais tabelas, impor um ritmo mais rápido. Para piorar o cenário, o Náutico foi vazado rapidamente. Aos 12 minutos, liberdade no escanteio para Mimica, que aproveitou o desvio para mandar de cabeça para as redes.

Relembrando o contexto do jogo, somente a vitória importava para uma chance mais clara de acesso. A pressão pelo resultado parece mesmo ter feito a diferença, sem qualquer reação.

No intervalo, Dado Cavalcanti cobrou mais organização tática de sua equipe. Mais gana em um campeonato tão complicado. Enquanto isso, do outro lado, nada de treinador. O ex-alvirrubro Lisca cumpria suspensão e assistia a tudo, nervoso como sempre, num camarote.

E de fato, o segundo tempo pareceu até outro jogo. Um Alvirrubro mais aceso, mais brigador. O mínimo que a torcida esperava. Com Júlio César se garantindo embaixo da trave, o empate em 1 x 1 veio com o volante Paulinho, marcando pela quarta vez nesta Série B. O maior volume na etapa final só não foi realmente premiado por causa do pênalti não assinado em Cañete, no finzinho. O lance deixou os alvirrubros na bronca. Uma pena que esse esforço todo não tenha começado logo às 16h10…

Os tricolores encheram a arena e saíram com os três pontos diante do Vasco

Série B 2014: Santa Cruz 1x0 Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Antes do jogo contra o Vasco, os tricolores viveram dias turbulentos. Sobretudo na quinta-feira, com a paralisação dos atletas devido aos dois meses de salários atrasados. Havia a expectativa acerca do desempenho contra um integrante do G4 após o episódio.

Em campo, não foi possível perceber tal lacuna, numa vitória de muita raça, 1 x 0. Numa Arena Pernambuco com presença maciça do povão, o Santa começou afoito, partindo com tudo. Tanto que foi preciso pisar no freio e atuar com mais segurança, tomando consciência do adversário em questão.

A melhor chance no primeiro tempo foi num chute de canhota de Tiago Costa. Isso mesmo, só uma chance (de ambos os lados). O jogo acabou ficando pegado, com muitas reclamações de ambos lados – inclusive um pênalti não marcado a favor dos corais.

Série B 2014: Santa Cruz x Vasco. Foto: Jamil Gomes/Santa Cruz/Assessoria

O segundo tempo cresceu tecnicamente. A isso, uma bela atuação do vascaíno Maxi Rodríguez, dando trabalho demais. Porém, as chances continuaram escassas. A melhor delas, desta vez, foi para o Vasco, com Tiago Cardoso salvando.

Com o visitante pressionando cada vez mais e o empate sendo um “bom negócio”, o Tricolor levantou a arena, já aos 40 minutos do segundo tempo. Num longo lançamento, Cassiano dominou – aquele mesmo, que passou oito meses se recuperando de uma lesão. Limpou a jogada e bateu no cantinho.

O gol para manter o sonho vivo, ainda que distante, a sete pontos do G4. À parte disso, levantou a Arena Pernambuco e quebrou a invencibilidade carioca no returno.

Já valeu o sábado.

Série B 2014: Santa Cruz x Vasco. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Domínio pernambucano no hóquei sobre patins

Time do Sport no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2014. Foto: Sport/facebook

O hóquei pernambucano conquistou o seu 11º título nacional masculino.

São dois títulos na extinta Taça Brasil e nove no Campeonato Brasileiro.

O triunfo de 2014, em Sertãozinho, vai para a galeria do Sport, que pela primeira vez em sua história venceu nacional em dois anos consecutivos. Foi também a primeira vez que o Leão sagrou-se campeão brasileiro fora do Recife.

Títulos nacionais de Pernambuco
Português: 1966 e 1967 (ambos na Taça Brasil), 1980, 1981, 1998 e 2000
Sport: 1993, 1997, 2010, 2013 e 2014

Apesar de atualmente contar com um campeonato estadual de hóquei sobre patins com apenas três equipes – incluindo aí o Náutico, campeão nordestino em 2013 -, quase sem patrocínios, a modalidade é uma das mais vitoriosas do esporte pernambucano. Não por acaso, a capital sediou o Campeonato Mundial em 1995.

Time do Náutico no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2014. Foto: Náutico/facebook

A modalidade foi introduzida no estado por Elísio Gomes, ex-presidente do Clube Português. O ano era 1953, na montagem da primeira equipe pernambucana. Todos os materiais (stick, bola, patins, joelheiras e luvas) foram importados de Portugal.

O tradicional Campeonato Pernambucano seria criado em 1959, tendo até hoje 32 títulos do Português, 21 do Sport e 2 do Náutico. O formato atual conta com três turnos, com cada um tendo jogos de ida e volta.

Já o Brasileiro, realizado nesta temporada no interior paulista, teve outro sistema. Foram sete equipes e turno único. E os três representantes locais conseguiram vitórias. Coube ao Sport a campanha perfeita na quadra, com seis vitórias, incluindo uma virada na última rodada, contra o Mogiana, então invicto.

Aos sobreviventes de uma modalidade sem recursos e com tantos títulos, parabéns!

Saiba mais sobre o hóquei pernambucano aqui.

Time do Clube Português no Brasileiro de hóquei sobre partins de 2013. Foto: Português/facebook

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8… Gol do Náutico! Há 25 anos, o gol mais rápido do Brasileirão

Lance a lance de Nivaldo no gol mais rápido do Brasileirão, em 1989. Crédito: Youtube/Rede Globo

Nos mínimos detalhes, deu tudo certo para o Náutico. Do primeiro toque na bola, no drible, na arrancada e na finalização de fora da área.

Foram necessários apenas 8 segundos para o atacante Nivaldo abrir o placar contra o Atlético Mineiro no estádio dos Aflitos, lá na barra do country. É, até hoje, o gol mais rápido da história da Série A do Campeonato Brasileiro.

Neste 18 de outubro de 2014, o lance completa 25 anos. Ainda é surpreendente. Durante um bom tempo, como diz a narração da época, o gol teve “9 segundos”. Até que alguém cronometrou o lance e viu que o tento foi ainda mais rápido.

Aquele gol foi o primeiro de uma tarde movimentada, terminando com vitória alvirrubra por 3 x 2, com mais dois gols de Bizu, diante de 5.266 pagantes. Treinado por Paulo César Carpeggiani, o Timbu atuou com Mauri; Levi, Freitas, Romildo e Junior Guimarães; Gena, Erasmo, Leo e Nivaldo; Bizu e Augusto.

Vale reviver a história, ainda recorde, ainda alvirrubra…

No Eládio de Barros Carvalho, o futebol não foi tão rápido.