Sampaio Corrêa quebra tabu contra o Sport em noite de desleixo do visitante

Copa do Nordeste 2015, 1ª rodada: Sampaio Corrêa 3x2 Sport. Foto: HONÓRIO MOREIRA/FUTURA PRESS

O Sport perdeu do Sampaio Corrêa pela primeira vez. No 8º jogo oficial entre as equipes, a Bolívia Querida virou o placar em dois minutos, ampliou no finzinho e expôs o ritmo do Leão, cadenciado demais durante as partidas.

Com empate entre Coruripe e Socorrense, o atual campeão nordestino largou na lanterna do grupo B. Sem dúvida, foi punido pela falta de ímpeto ofensivo para matar o jogo no primeiro tempo, quando controlou as ações, e pelo desleixo na etapa final, cedendo espaço demais ao mandante, estreante no Nordestão.

O Leão começou dominando as ações no Castelão, mais aceso que no Clássico das Multidões. Aos 14, abriu o placar com Rithely, escorando de cabeça o escanteio cobrado por Danilo. Diego Souza, que chegara de última hora, após a regularização, entrou jogando fácil. Chegou a deixar Joelinton livre para marcar. Oscilante, o jovem centroavante perdeu a “bola” da noite.

Se o time de Eduardo Batista voltou do intervalo num ritmo disperso, a equipe de Oliveira Canindé foi para o abafa. Mostrou vontade e foi tecnicamente bem. Aos 14 e aos 15, virou com Edivânio e Válber. Às pressas, o rubro-negro promoveu todas as mudanças, incluindo Régis, que deu mais velocidade. Exposto, o time pernambucano sofreu outro gol aos 43, com Robert, 3 x 2.

Aos 50 minutos, Régis descontou. Não adiantou. Que fique a lição.

O favoritismo é do Sport, mas precisa fazer o óbvio, mostrar superioridade…

Copa do Nordeste 2015, 1ª rodada: Sampaio Corrêa 3x2 Sport. Foto: HONÓRIO MOREIRA/FUTURA PRESS

Casarão da Estrada do Arraial, símbolo do futebol pernambucano, leiloado pela justiça

Sede do América, na Estrada do Arraial. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press

Uma dívida de R$ 109.919,20 custou a sede do América Futebol Clube. O tradicionalíssimo casarão verde na Estrada do Arraial, inaugurado em 16 de dezembro de 1951, pode se transformar numa loja de eletroeletrônicos.

Tudo por causa de um leilão para abater uma dívida de fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), segundo determinação da justiça (veja aqui).

O curioso é que, de acordo com a Prefeitura do Recife, o imóvel – o único patrimônio do Mequinha – estava avaliado em R$ 5,3 milhões, a partir do cálculo do imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI).

Ou seja, a dívida abatida representa apenas 2% do valor de mercado da sede. É no mínimo estranha essa decisão, sem qualquer outra alternativa, até porque bens de Náutico, Santa Cruz e Sport também já foram ameaçados de leilão pela justiça, mas jamais foram executados. Pobre, Mequinha.

Francamente, o casarão já deveria ter entrado em processo de tombamento pela Fundarpe e pelo Iphan há tempos, como a sede de Rosa e Silva, por exemplo. Agora, deve ser demolido. Lá, uma placa relembra a inauguração.

“Construído e incorporado ao patrimônio do América Futebol Clube”

Era, também, um patrimônio do futebol pernambucano. O despejo fere a todos.

Sede do América, na Estrada do Arraial. Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press

Com uma rodada, hexagonal do título eleva a média de público do Estadual

Jogos da 1ª rodada do hexagonal do Pernambucano 2015: Santa Cruz 0x3 Sport, Central 1x0 Serra Talhada, Náutico x Salgueiro. João de Andrade Neto/DP/D.A Press e TV Criativa/reprodução

Bastou uma rodada com a presença dos grandes clubes para subir a média do Pernambucano de 2015. Passou de 2.451 pessoas, num dado com 56 partidas, para 2.846, nos 62 jogos disputados. Um reflexo direto dos 24.143 torcedores presentes no Clássico das Multidões, no Arruda, que abriu o hexagonal do título. Com esse borderô, o Santa Cruz, claro, assumiu a liderança no ranking de público – que será atualizada pelo blog até o fim da competição. Contando apenas a fase principal, o índice foi de 12 mil espectadores.

Com o fim da rodada de abertura dos dos dois hexagonais, do título e do rebaixamento, eis os dados sobre público e renda do Estadual, segundo o borderô oficial da FPF. Confira todas as médias de 1990 a 2014 clicando aqui.

1º) Santa Cruz (1 jogo como mandante, no Arruda)
Total: 24.143
Média: 24.143
Taxa de ocupação: 40,20%
Renda: R$ 475.175
Média: R$ 475.175
Presença contra intermediários: nenhum jogo

2º) Náutico (1 jogo como mandante, na Arena)
Total: 5.429
Média: 5.429
Taxa de ocupação: 11,74%
Renda: R$ 86.980
Média: R$ 86.980
Presença contra intermediários (1): T: 5.429 / M: 5.429

3º) Central (8 jogos mandante, no Lacerdão)
Total: 32.877 pessoas
Média: 4.109
Taxa de ocupação: 21,09%
Renda: R$ 266.825
Média: R$ 33.353

4º) Serra Talhada (7 jogos como mandante, no Nildo Pereira)
Total: 23.995 pessoas
Média: 3.427
Taxa de ocupação: 68,54%
Renda: R$ 179.001
Média: R$ 25.571

* Sport e Salgueiro ainda vão estrear como mandantes, no hexagonal.

As capacidades (oficiais) dos estádios usadas para calcular a taxa de ocupação: Arruda (60.044), Arena Pernambuco (46.214), Ilha do Retiro (32.983), Lacerdão (19.478), Cornélio de Barros (9.916) e Nildo Pereira (5.000).

Geral – 62 jogos (1ª fase, hexagonal do título e hexagonal da permanência)
Público total: 176.484
Média: 2.846 pessoas
TCN: 145.711 (82.56% da torcida)
Média: 2.350 bilhetes
Arrecadação: R$ 1.696.607
Média: R$ 27.364

Fase principal – 3 jogos (hexagonal do título e mata-mata)
Público total: 36.215
Média: 12.071 pessoas
TCN: 15.880 (43,84% da torcida)
Média: 5.293 bilhetes
Arrecadação total: R$ 613.615
Média: R$ 204.538