Impossível na Série B, o Náutico só não lidera a competição, apesar do aproveitamento de quase 89% após seis rodadas, porque o Botafogo tem um saldo de gols melhor (10 x 7). Ainda assim, a vitória alvirrubra sobre o América Mineiro, 2 x 1, deixou o time com quatro pontos de vantagem sobre o 5º colocado, já dando uma margem de segurança no G4. Enquanto isso, lá embaixo, o Santa Cruz conseguiu respirar, após o suado empate em 2 x 2 com o Luverdense. O complemento da rodada, na noite de sábado, deixou o Tricolor em 16º lugar, fora do Z4 devido ao número de gols marcados. Agora, enfim, deve ter uma sequência de partidas no Mundão.
No G4, dois cariocas (incluindo o líder), um pernambucano e um baiano.
A 7ª rodada dos representantes pernambucanos
12/06 (21h50) – Santa Cruz x Boa Esporte (Arruda)
13/06 (16h30) – Atlético-GO x Náutico (Serra Dourada)
O melhor momento do Náutico sob a gestão do MTA, com a presença folgada no G4 da Série B, incluindo o papel de Lisca no processo, abre a nova edição do 45 minutos, que analisou ainda as consequências do empate do Santa Cruz em Lucas do Rio Verde, parando uma série de três derrotas no Brasileiro. Acalmou o ambiente? Ainda é preciso mudar? Respondemos no programa. A venda de Joelinton, por 2,2 milhões de euros, também entrou na pauta, assim como a categórica conquista do Barcelona na Champions Leagues, com a consagração de Neymar.
O podcast, com 1h20min, conta com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!
O gol de Nathan aos 33 minutos do segundo tempo, no Passo das Emas, foi de uma importância ímpar para o Santa Cruz. Até ali, o campeão pernambucano ia somando a quinta derrota, numa crise sem fim na Série B. Perdia de virada, com todos os gols anotados na primeira etapa, e o Luverdense parecia mais próximo de ampliar do que o contrário. O visitante pouco fazia, ainda mais com um zagueiro expulso. Foi assim até o lançamento do meio campo e uma arrancada fulminante, com um toquinho deslocando o atabalhoado goleiro, 2 x 2.
O empate foi visto basicamente pela torcida tricolor, uma vez que o restante do mundo estava sintonizado na final da Champions League, mas a sua consequência poderá ser sentida por todos. O resultado acalma, em tese, o ambiente no Arruda, conturbado após o entrevero entre o técnico Ricardinho e o gerente de futebol Sandro Barbosa. O segundo deixou o clube por não concordar com a permanência do treinador, que “cobrava bastante”.
A cobrança principal do treinador? Salário em dia e um centro de treinamento (prometido) para trabalhar. Os bastidores do Mundão ainda devem se agitar mais um pouco até a próxima sexta-feira, data da partida contra o Boa Esporte, em casa. Até lá, mais pedidos por reforços e por um ambiente estável. À diretoria, o dever de proporcionar esse cenário. Acredite, o gol de Nathan pode ter sido o primeiro passo para um entendimento entre as partes.
O Barcelona joga mais futebol do que os outros, é preciso admitir. Foi assim sob o comando de Guardiola e é também agora, com Luis Henrique, outro ex-jogador que sabe como poucos como funciona a engrenagem blaugrana. Em Berlim, o Barça fez 3 x 1 na Juventus, com direito ao gol de Neymar aos 51 minutos do segundo tempo, encerrando a peleja.
Por mais aguerrida que a Juve seja, com craques como Tévez, Pirlo e Buffon, sem contar a boa partida realizada, a diferença era enorme, sobretudo na hora de decidir. Foi assim no controle de bola, beirando 70%, na intensidade e na qualidade dos ataques.
É bonito demais ver esse time jogar, dando sinais de carne e osso a uma perfeição vista nos videogames, onde Messi, Neymar e Suárez são destruidores através dos joysticks. E assim foram nesta temporada também. Além do gol do Rakitic aos 4 minutos, o 4º mais rápido em uma final de Champions League, marcaram Luisito e o menino Neymar, fazendo com que o trio sul-americano “MSN” se tornasse o ataque mais ofensivo da história do futebol espanhol, recheado por ataques demolidores.
Ao todo, os atacantes marcaram 122 gols em 60 partidas, sendo 58 do argentino Messi, 39 do brasileiro Neymar e 25 do uruguaio Suárez. O time todo fez 175. Ou seja, somente o trio titular foi responsável por 69% dos tentos anotados em jogos oficiais em uma jornada vitoriosa. Na temporada 2014/2015, por sinal, o clube catalão conquistou a tríplice coroa, com a orelhuda da Champions se juntando à liga espanhola e à Copa do Rei.
No estádio Olímpico, o Barcelona chegou ao pentacampeonato europeu.
1992, 2006, 2009, 2011 e 2015.
À Velha Senhora, vice-campeã pela sexta vez, fica um consolo. Qualquer outro clube, hoje, teria saído com a medalha de prata. A diferença no futebol assusta. Pois é. Imagine agora o nível técnico do Barcelona no game Fifa 2016…
E um último registro: essa bola que Neymar está jogando é extremamente necessária para revigorar a combalida Seleção Brasileira.