Participação na Libertadores e Copa do Nordeste? Não simultaneamente, diz CBF

Manoel Flores, o diretor de competições da CBF, durante o sorteio o Nordestão de 2016. Crédito: Esporte Interativo/reprodução

Natal – Um time do Nordeste pode disputar a Taça Libertadores e o Nordestão ao mesmo tempo? A dúvida existe desde o retorno do regional, em 2013, pois não consta no regulamento. Claro, trata-se de um cenário difícil, tanto que até hoje os nordestinos só disputaram a maior competição do continente seis vezes, sendo uma nos últimos 25 anos. No lançamento da Lampions League de 2016, em Natal, o blog questionou o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, sobre o assunto. O dirigente, que assumiu o lugar de Virgílio Elísio, afastado após duas décadas por problemas de saúde, foi direto na resposta.

“Não, um clube não pode disputar as duas simultaneamente, por causa do choque de datas (ambas nas quartas e quintas do primeiro semestre). A preferência, claro, é a Libertadores, com outro time do estado ocupando o lugar na Copa do Nordeste.”

Também presente no evento, o diretor de competições da FPF, Murilo Falcão, comentou que no caso de Pernambuco, considerando alguma classificação à Liberta, a vaga no regional seria repassada automaticamente ao 4º colocado do Estadual. Esse tipo de dúvida acerca das brechas nacionais gerou o impasse entre Ceará e CBF, em 2015, com o time alencarino brigando na justiça para disputar no segundo semestre a Sul-Americana, na condição de campeão regional, e a Copa do Brasil, na qual obteve no campo a vaga às oitavas. Tudo porque, ao contrário do regulamento do Campeonato Brasileiro, não havia a restrição no Nordestão. Posteriormente, o Vozão recuou e abriu mão da Sula.

Nordestinos na Libertadores:
Bahia (1960, 1964 e 1989), Sport (1988 e 2009) e Náutico (1968). 

É difícil ir à Liberta, mas não custa nada esclarecer as possibilidades…

Del Nero garante continuidade do Nordestão após fim do acordo judicial

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, no sorteio do Nordestão de 2016, em Natal.

Natal – Com o turbulento cenário político na CBF, com a troca de presidente e polêmicas, é difícil imaginar quem será o mandatário da entidade em 2023. Neste ano, já não haverá o acordo judicial que obriga a confederação a reservar parte do calendário do futebol nacional à Copa do Nordeste. Ainda falta bastante para o cumprimento da decisão, com dez edições seguidas, mas o futuro aberto abre o questionamento sobre a continuidade, sobretudo pelo passado, quando a CBF riscou a competição do mapa, em 2003 – não por acaso, o imbróglio acabou na justiça. Após o sorteio da Lampions League de 2016, o atual presidente da confederação, Marco Polo Del Nero, conversou com jornalistas no saguão do evento. Lá, o blog tocou no assunto numa rápida entrevista.

O contrato da Copa do Nordeste vai até 2022, que foi a medida de um acordo judicial. A partir de 2023 a Copa do Nordeste corre risco de sair do calendário?

“Não. Foram tempos diferentes. Foram outros tempos. Hoje, nós estamos aqui, presentes, constantemente. A federação está presente. A federação organiza essa competição. Toda essa parte de logística da competição é da CBF. Ela quer fazer, ela quer continuar fazendo, mas quem determina o que fazer não é a Confederação Brasileira de Futebol. São as federações, são os clubes. Os clubes pedem às federações, as federações pedem à CBF e a CBF concorda, mas precisa haver unidade e respeito à administração do futebol brasileiro. Por isso, vai longe. E a Copa do Nordeste não vai parar aí não. Ela vai ser centenária logo, logo. Nós vamos chegar lá.”

Na sequência, o dirigente justificou a tese com a Copa Verde, que reúne equipes do Norte e Centro-Oeste. Espécie de “derivado” do Nordestão, a outra copa regional só entrou no calendário por causa do interesse da televisão.

“A Copa Verde foi criada à mercê de um trabalho muito forte da Confederação Brasileira de Futebol junto às televisões, porque alguém tem que pagar essa conta. Nessa oportunidade, o Esporte Interativo aceitou pagar a conta. Está fazendo a competição e já já começa a dar lucro.” 

Como curiosidade, o fato de que o mandato de Del Nero, de quatro anos, vai até 2019, podendo se estender, no máximo, até 2023, com uma reeleição. Logo, as suas palavras podem ter peso até lá. Se ele continuar, é claro.

O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, no sorteio do Nordestão de 2016, em Natal. Foto: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Asa Branca 3 e a evolução das bolas oficiais da Copa do Nordeste

A bola oficial da Copa do Nordeste de 2016, a Asa Branca III. Fotos: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

Natal – Objeto nobre no trabalho de marketing sobre a Copa do Nordeste, a bola oficial ganhou uma nova versão para a edição de 2016. A pelota produzida pela Penalty agora se chamará Asa Branca III, dando sequência à ideia original, cujo nome foi escolhido há dois anos numa votação que ainda teve Maria Bonita e Arretada. Apresentada durante o lançamento da 13ª edição do Nordestão, através do mascote Zeca Brito, a bola mantém os detalhes azuis e dourados das anteriores, mas com um novo design, além do emblema da competição.

Esta versão será utilizada nas 74 partidas previstas. No entanto, nos seis últimos jogos, considerando semifinais e finais, serão feitas pequenas alterações, gravando os escudos dos clubes presentes nas disputas, como ocorreu em 2015 (relembre aqui). Ao todo, serão produzidas mais de 500 bolas oficiais, novamente em fábrica da região, em Itabuna, no interior baiano.

As bolas oficiais da Lampions: Asa Branca I, Asa Branca II e Asa Branca III.

Qual foi a versão mais bonita até agora?

As primeiras impressões dos clubes sobre os grupos do Nordestão de 2016

Natal – Logo após a definição dos cinco grupos da Copa do Nordeste de 2016, o blog ouviu a opinião dos representantes dos clubes pernambucanos no evento, com as primeiras impressões de cada um sobre os adversários na primeira fase. Clássico regional, importância da logística e “sorte” nas bolinhas do sorteio. Pontos de vista de um mesmo torneio, o mais importante do primeiro semestre para os times locais.

Constantino Júnior, vice-presidente do Santa Cruz

Clebel Cordeiro, presidente do Salgueiro

Nei Pandolfo, superintendente de futebol do Sport